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Som que cura

T�cnica usa o canto como um saber que se torna ferramenta surpreendente para o autoconhecimento e para melhor e mais ampla express�o de si mesmo no mundo


postado em 28/04/2019 05:06

Encontros são momento de expansão da expressão pessoal, ultrapassando a ideia de uma simples aula de canto(foto: Raquel Lopes/Divulgação %u2013 12/12/18 )
Encontros s�o momento de expans�o da express�o pessoal, ultrapassando a ideia de uma simples aula de canto (foto: Raquel Lopes/Divulga��o %u2013 12/12/18 )


“Quem canta seus males espanta. Por isso � que eu vivo a cantar sem cessar”, s�bia Carmen Miranda. Cibele Oliveira, cantora, professora, instrutora de ioga, pesquisadora e psic�loga, aplica o canto terap�utico para proporcionar prazer, bem-estar e alegria. “No meu m�todo, pratico um canto que se torna terap�utico a partir de suas din�micas e viv�ncias. � um estudo pr�tico. E quando se canta, sobretudo em grupo, ele se torna um instrumento de conex�o consigo mesmo, com o outro, e at� mesmo com o que chamamos de divino, esse aspecto transpessoal que, muitas vezes, nem temos a palavra certa para conceituar.”
Cibele Oliveira conta que, h� mil�nios, a m�sica e o canto s�o usados de forma ritual�stica, curativa, sociogrupal, terap�utica e espiritual. “Todas as religi�es usaram e usam a m�sica para um contato com o ser superior, que vive dentro e fora de n�s, e para atingir n�veis mais elevados de consci�ncia. Trabalho com idosos h� mais de duas d�cadas e percebo, naqueles que s�o portadores de doen�as degenerativas da mem�ria, que eles, muitas vezes, nem se lembram de quem eu sou, mas logo que come�o a cantar alguma can��o que fez parte da hist�ria de vida deles, a mem�ria daquelas can��es est� ali, totalmente presente. Eles cantam a m�sica inteira. Como nos instrui o musicoterapeuta Don Campbell, ‘a m�sica permite que a crian�a dentro de n�s brinque, que o monge em n�s reze, que o jovem em n�s dance, que o her�i em n�s supere todos os obst�culos’”.
O canto, conforme Cibele Oliveira, cura todos, trata de feridas. “O tratamento do som, da m�sica e do canto abrange diversos aspectos e �reas da vida. Recebo in�meros depoimentos, desde o aluno mais jovem, at� o meu aluno mais velho, de 93 anos, de transforma��es que o canto proporcionou em suas vidas. J� levei dois alunos de 90 para gravar um CD para a festa de anivers�rio deles, e isso foi um sonho de juventude realizado. Normalmente, acompanho meus alunos mais idosos at� seu �ltimo suspiro e me sinto imensamente grata quando vou me despedir deles, e cantamos juntos. S�o variados os benef�cios de cantar. J� fiz playlist de mantras at� para quem est� em trabalho de parto, em casa. J� testemunhei transforma��es maravilhosas. Desde uma rinite que se curou por a pessoa ter aprendido a respirar melhor at� uma ferida infantil que cicatrizou ao cantar para a m�e divina e poder agradecer � m�e terrena biol�gica.”
Para Cibele Oliveira, o canto � uma express�o vocal e, no caso das m�sicas universais e devocionais, � um som dotado de poder psicoespiritual. “� um som que d� poder � mente e que vai al�m dela. � um ve�culo meditativo de transforma��o do corpo e da mente. A m�sica tamb�m tem todos esses atributos e valores, mas, dependendo do tipo de m�sica que escutamos, pode ocorrer o contr�rio: o rebaixamento da consci�ncia e a inspira��o a valores humanos mais baixos. Estamos envolvidos por som e vibra��o a todo momento, o fen�meno da resson�ncia musical afeta todas as nossas c�lulas. Os s�bios indianos estudam a rela��o entre som e consci�ncia h� mil�nios, por meio do Nada Brahma ou ioga do som. � s� abrirmos a percep��o para observar como somos sens�veis e suscet�veis aos diversos tipos de som. � totalmente diferente os efeitos que causam em n�s um show de new age ou de mantras, samba, jazz, rock pesado ou MPB.”
A verdade, lembra a professora, � que todos n�s precisamos de m�sica. “E j� existem estudos profundos sobre a influ�ncia da m�sica nos beb�s rec�m-nascidos (e at� dentro do ventre). As plantas e os animais tamb�m s�o afetados. Tenho in�meros vasos em meu apartamento e um dia, um excelente permacultor foi nos visitar, e disse que minhas plantas escutavam meu canto e minha m�sica, por isso estavam crescendo t�o saud�veis. O som influencia os �tomos e as mol�culas, o ritmo da respira��o, o pulso e o metabolismo. Uma boa m�sica permite que a energia flua para integrar corpo e mente. Traz presen�a, libera endorfinas e outras altera��es hormonais e neurol�gicas positivas.”

ALMA Enfim, o canto terap�utico faz bem � alma, ao corpo e � mente. “O ouvido humano � o primeiro �rg�o a se desenvolver no embri�o e torna-se funcional depois de 18 semanas. Os sons podem ter diversos efeitos sobre as c�lulas, tecidos, �rg�os e sistema end�crino. Eles alteram nossa respira��o, pulsa��o, press�o sangu�nea, tens�o muscular, temperatura da pele e outros ritmos internos. Os exerc�cios vocais relaxam as tens�es da mand�bula, trabalham a forma e a energia dos fonemas, expandem e contraem diversas musculaturas fonorrespirat�rias. Do corpo, vamos para a libera��o, canaliza��o e expans�o da energia mental e chegamos � transcend�ncia, que � o que chamamos de alma. N�o posso falar de uma parte, apenas do todo, no ato ou atitude de cantar. Cantamos inteira e integradamente. Por isso, cantar � t�o bendito. No ato de cantar, nossa alma individual pode se conectar com a alma maior, com Deus, com o absoluto ou com o amor. O nome que quiser dar”, ensina a professora.
Cibele Oliveira conta que tem alunos de 7 a 93 anos. E ela tem grupos espec�ficos para mulheres, nos quais s�o feitas partilhas e viv�ncias. “Mas � claro que os homens podem participar, para que o feminino e o masculino possam ser inteiramente trabalhados. Os grupos s�o um espa�o para express�o e conex�o com nosso ser sagrado, por meio de mantras e can��es universais. Estudamos v�rias m�sicas da MPB tamb�m, com letras e melodias transpessoais. O trabalho se faz via for�a do canto coletivo, da express�o corporal, do estudo da respira��o e t�cnicas vocais. Al�m de din�micas ligadas ao canto terap�utico, da medita��o e do som dos tambores, em um profundo e bonito processo de grupo. Um momento de autoconhecimento e expans�o da express�o pessoal ultrapassando a simples ideia de uma aula de canto”, esclarece a professora, que ainda faz atendimentos individuais no Espa�o Cibele Oliveira, no Centro. J� em grupo, ela recebe os interessados no Espa�o Cristal Terapias Naturais, no Bairro Santa Tereza, e no Espa�o Hol�stico Luz da Nova Era, no Mangabeiras. O valor � de R$ 220 por m�s e cada grupo tem entre 10 e 15 pessoas. Mas ela trabalha com grupos menores.


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