O transplante renal � uma cirurgia em que o paciente receptor recebe o �rg�o de um doador vivo ou falecido
Op��o de tratamento para pacientes que sofrem com a doen�a renal cr�nica em est�gio avan�ado, o transplante renal � uma cirurgia em que o paciente receptor recebe o �rg�o de um doador vivo ou falecido. "A doen�a renal cr�nica consiste em les�o renal e perda progressiva e irrevers�vel da fun��o dos rins. Esses pacientes necessitam de di�lise, mas aqueles que recebem um rim doado t�m, geralmente, uma maior sobrevida ao longo dos anos. Por esse motivo, a doa��o de �rg�os � uma atitude nobre e deve ser encorajada. E a boa not�cia � que as fun��es renais do doador vivo podem ser realizadas de forma normal por um �nico rim", explica a m�dica nefrologista, especialista em Medicina Interna pela Irmandade da Santa Casa de Miseric�rdia de S�o Paulo e em Nefrologia pelo Hospital das Cl�nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo, Caroline Reigada.
Quem pode ser um doador vivo? Parentes e n�o parentes podem ser doadores, mas � necess�ria uma autoriza��o judicial. "V�rios exames s�o feitos pelo doador para se certificar que apresenta rins com bom funcionamento, n�o possui nenhuma doen�a que possa ser transmitida ao receptor e que o seu risco de realizar a cirurgia para retirar e doar o rim seja reduzido. O sangue do doador ser� cruzado com o dos receptores, para evitar riscos de rejei��o", explica a especialista. "As condi��es necess�rias para ser um doador vivo � manifestar desejo espont�neo e volunt�rio de ser doador. � necess�rio enfatizar que a comercializa��o de �rg�o � proibida", destaca.
Como � a doa��o de um falecido? No caso de doadores falecidos, os rins s�o retirados ap�s se estabelecer o diagn�stico de morte encef�lica e ap�s a permiss�o dos familiares. "O Conselho Federal de Medicina tem padr�es rigorosos sobre a defini��o de morte encef�lica", explica a m�dica. Para receber um rim de doador falecido � necess�rio estar inscrito na lista �nica de receptores de rim, da Central de Transplantes do Estado onde ser� feito o transplante.
Quais s�o as orienta��es para o doador? A vida de quem doa � mais comum do que se pode imaginar. "N�o h� comprometimento da vida e da sa�de, desde que, o outro rim continue saud�vel. Mas orientamos o acompanhamento frequente junto ao m�dico nefrologista", explica.
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O doador pode beber? O doador do rim pode consumir �lcool, mas n�o recomendado, uma vez que o consumo excessivo de bebidas alc�olicas � mal�fico para os rins e pode ser perigoso para o doador e o receptor do �rg�o.
A doadora pode engravidar? N�o h� restri��o ou impedimento para as mulheres que doam o rim nesse sentido. "Elas podem engravidar normalmente (n�o haver� nenhum impedimento). Por�m, � importante estar atenta � press�o arterial, buscar evitar a pr�-ecl�mpsia, diminuir e controlar ao m�ximo fatores de risco como a diabetes, obesidade, por exemplo", explica a m�dica nefrologista e intensivista.
Precisa tomar rem�dio ap�s a doa��o? Diferentemente do receptor, o doador n�o precisa tomar medica��es cont�nuas. "Recomendamos apenas rem�dios para o al�vio de dor e desconforto ap�s a cirurgia", diz a m�dica.
O rim transplantado dura para sempre? Segundo Caroline Reigada, alguns pacientes permanecem com os rins transplantados funcionando por v�rios anos (mais de 10 anos), mas em alguns casos o tempo de dura��o de funcionamento do �rg�o n�o � t�o longa. Caracter�sticas relacionadas ao paciente que recebeu o �rg�o, como n�mero de transfus�es sangu�neas, transplantes anteriores; intercorr�ncias ocorridas no momento do transplante renal e ao pr�prio �rg�o que foi doado ter�o impacto na dura��o do funcionamento do �rg�o.
O rim transplantado tamb�m pode ser acometido com algumas doen�as que poder�o alterar sua fun��o, como as infec��es urin�rias, obstru��es na via de sa�da de urina e rejei��es agudas ou cr�nicas (nesta situa��o, o organismo do paciente passa a reconhecer o rim recebido como estranho). Cada uma dessas situa��es tem um tratamento espec�fico, e quanto mais cedo for iniciado, maiores as chances de manter o funcionamento do rim. "Bons h�bitos de vida s�o indicados para preservar esse �rg�o", aponta a m�dica.
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