Cada processo de emagrecimento � �nico e compara��es ou dietas sem prescri��o podem n�o funcionar, j� que fatores biol�gicos e gen�ticos devem ser levados em conta
Jerzy G�recki/Pixabay
O emagrecimento � um tema discutido h� gera��es. A maioria das pessoas tende a ter dicas ou macetes que ouvem da fam�lia e/ou amigos para a perda de peso mais r�pida, ou que adquirem por meio de v�deos e conte�dos nas redes sociais de influenciadores fitness ou pessoas p�blicas que ditam a receita para o t�o desejado f�sico.
Entretanto, para emagrecer com sa�de, mais do que diminuir calorias, � necess�rio mudar alguns h�bitos e deixar de lado orienta��es sem fundamento. Pensando nisso, Paula Peres, m�dica e co-fundadora do Grupo Bello Vero, rede de cl�nicas focada em emagrecimento e qualidade de vida, desmistifica alguns estigmas populares sobre a perda de peso.
1.Jejum intermitente ajuda a emagrecer?
Verdade. O jejum intermitente � uma pr�tica bastante adotada por fisiculturistas e amantes de academia e que pode auxiliar no emagrecimento, j� que o mesmo aumenta a oxida��o de gordura e induz adapta��es fisiol�gicas que s�o favor�veis � perda de peso: “Um exemplo que podemos dar � o aumento dos horm�nios adrenalina e GH. Isso n�o significa, necessariamente, uma maior perda de gordura, mas � um fator determinante para ter um bom resultado a longo prazo. Lembrando que � fundamental procurar um nutricionista, para entender qual o prazo de jejum � o indicado para o seu organismo e rotina”, explica Paula Peres, que ressalta o fato de que se exercitar em jejum n�o altera significativamente o gasto cal�rico e que o ideal � se alimentar antes de praticar alguma atividade.
2. A contagem de calorias � obrigat�ria para uma dieta eficiente?
Mito. Contar calorias est� longe de ser a forma mais saud�vel, f�sica e mentalmente, no processo de emagrecimento. Isso porque esse m�todo ignora o fato de que uma composi��o nutricional do plano alimentar vai muito al�m das calorias ingeridas: “Temos que pensar em como manter todos os outros n�veis balanceados enquanto o corpo est� tentando gastar energia e gordura, como, por exemplo, o volume de prote�nas, carboidratos, lip�dios e micronutrientes (minerais e vitaminas)”, afirma a m�dica, que tamb�m alerta o cuidado em seguir dietas com muitas restri��es e baixas calorias di�rias, j� que podem causar fraqueza e gerar compuls�o no paciente a longo prazo.
Verdade. Durante o sono, ocorre a regula��o de alguns horm�nios. Assim, a priva��o do mesmo pode acarretar no aumento dos n�veis de grelina, horm�nio que est� associado � vontade de comer e a redu��o da leptina, que promove a saciedade: “Al�m desses fatores, quem dorme menos tem um n�mero maior de horas em que pode se alimentar e menos disposi��o para a pr�tica de atividades f�sicas”, salienta a m�dica, que tranquiliza aqueles que preferem ingerir carboidratos ap�s �s 18h ou antes de dormir e se preocupam com o aumento de peso. “Este � mais um mito, j� que n�o existem estudos cient�ficos que comprovam que pessoas que consomem carboidratos no per�odo da noite engordam com mais facilidade. Inclusive, se voc� gosta de malhar pela manh�, � at� indicado que realize esse h�bito, para repor os estoques de glicog�nio muscular e hep�tico”, afirma a m�dica.
4. Bebidas alco�licas atrapalham o processo de emagrecimento?
Verdade. “Se pensarmos, primeiramente, em consumo cal�rico, o �lcool oferece 7 Kcal por grama. Considerando uma cerveja com 4,5% de �lcool, em um volume de 350ml, ter�amos 15,7g de �lcool puro, ou seja, 110,25 Kcal - sem contar os outros componentes presentes no produto e que elevam, ainda mais, a quantidade de calorias”, disserta a especialista, que afirma que as calorias apresentadas nas bebidas alco�licas s�o chamadas de “calorias vazias”, por n�o trazerem nenhum nutriente ou benef�cio ao corpo. “Muito pelo contr�rio. Elas desencadeiam uma prioridade metab�lica, fazendo com que a pessoa elimine o �lcool o mais r�pido poss�vel, atrasando a quebra de gordura do restante dos alimentos”, complementa Paula Peres.
5. A depress�o e a ansiedade influenciam no peso corporal?
Verdade. Essas condi��es podem contribuir nas mudan�as em rela��o � balan�a ou ao f�sico. “Pensando em perda de peso, isso ocorre por diversos motivos. Se pensarmos de modo comportamental, pessoas com depress�o e ansiedade tendem a comer mais e, inclusive, alimentos mais cal�ricos, como forma de adquirir conforto, ou prazer, o famoso "comfort food". Outra raz�o pode estar associada � desregula��o hormonal ou administra��o de medicamentos, que podem ter efeitos adversos, como aumento ou redu��o de apetite”, salienta a m�dica, que frisa o fato de ser essencial que pessoas com esses transtornos procurem profissionais especializados, para realizarem seus devidos acompanhamentos. “Um dos tratamentos que oferecemos para ajudar pessoas com depress�o e ansiedade cr�nicas, ou seja, que s�o resistentes aos tratamentos convencionais, � a infus�o de Cetamina, que apresenta efeitos r�pidos e satisfat�rios".
Fatores biol�gicos e gen�ticos
Paula Peres ressalta que cada processo de emagrecimento � �nico e que compara��es ou dietas sem prescri��o podem n�o funcionar, j� que fatores biol�gicos e gen�ticos devem ser levados em conta: “A composi��o corporal � muito importante para determinar isso. Pessoas que possuem o percentual de gordura muito baixo podem ter dificuldades para absorver vitaminas lipossol�veis, como A, D, E e K. Nesses casos, n�o h� necessidade de emagrecimento. O indicado � sempre procurar um profissional, para saber se � o seu caso. Mas, n�o se preocupe. Existem diversas outras formas de um profissional auxiliar, como, por exemplo, no ganho de massa muscular ou na manuten��o da sa�de”.
A m�dica acredita na soroterapia como uma das solu��es: "O tratamento, conhecido no pa�s e no mundo, consiste na suplementa��o de vitaminas, minerais, amino�cidos e/ou antioxidantes, por via intravenosa, para a melhora de quest�es como baixa imunidade, queda de cabelo, ansiedade, depress�o, aumento de massa muscular e emagrecimento".
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