maçã com uma fita métrica saindo de um buraco da fruta

Lembre-se: a l�gica de comer menos e gastar menos n�o tem saldo positivo no peso corporal

Robert Owen-Wahl / Pixabay


O desenrolar da vida � feito c�lculo matem�tico: com o passar dos anos, aumentam os d�gitos da idade e do peso na balan�a. Se quando um beb� nasce, os gramas a mais, m�s a m�s, validam o crescimento saud�vel, na vida adulta � a manuten��o do peso que revela a estabilidade da rotina alimentar – um dos itens fundamentais para a sa�de.

Equil�brio alcan�ado por meio de um aliado que vem para somar: o exerc�cio f�sico. Isso porque quando o consumo cal�rico � maior que o gasto energ�tico, a conta n�o fecha e o resultado � o ganho de peso. 

Por isso, vale seguir uma equa��o resolvida de forma simples pela nutricionista e professora do Puravida Prime, Adriana Fanaro: “Tratar a causa que est� fazendo gastar menos e comer mais � a forma mais eficiente para conseguir emagrecer".  

Matematicamente falando 

Se nas ci�ncias exatas, “menos com menos � mais”, numa refer�ncia � regra dos sinais, na vida real, menos com menos � menos.  

A l�gica de comer menos e gastar menos n�o tem saldo positivo no peso corporal. Pelo contr�rio, segundo Adriana, a tend�ncia � que o corte na alimenta��o e a falta de atividade f�sica tenham um reflexo ainda mais negativo no organismo.  

“Se consigo comer menos e gastar menos ainda, o metabolismo fica cada vez menos responsivo. Ou seja, ele responde cada vez menos aos est�mulos. Voc� tem que fazer justamente o contr�rio”, orienta a professora.  

A explica��o est� ligada � diminui��o do ritmo do metabolismo que � impactada pelo envelhecimento, demandando disciplina para a manuten��o de uma rotina saud�vel. 
Adriana Fanaro lan�a um convite: “Proponho fazer o seguinte exerc�cio: comer mais e gastar mais ainda”.  A m�xima serve para alimentos potenciais para otimizar os resultados dos treinos, como prote�na, carboidratos integrais e fontes de lip�dio.

Para aderir � mudan�a de mentalidade – e de card�pio – � essencial buscar um profissional qualificado, a fim de pensar numa estrat�gia individualizada que atenda �s suas demandas.  
Dadas as especificidades da sua rotina, o pr�ximo passo � incorporar tanto os alimentos quanto os exerc�cios ao cotidiano de maneira a mant�-los a longo prazo na sua agenda at� que vire um estilo de vida.  

Antes disso, Adriana refor�a a necessidade de mudar o mindset. Mentes acostumadas ao sistema de autocompensa��o precisam sair do looping causado pelas exce��es ao card�pio, por exemplo. Uma refei��o fora da dieta n�o precisa se tornar uma puni��o no dia seguinte. Pelo contr�rio, a ideia � viver o novo estilo de vida com leveza. 

“Se hoje me trato com amor porque sei que vai ter uma festa, est� tudo certo. � hoje que isso (a refei��o n�o planejada) vai ocorrer, amanh� � amanh�. Amanh� vivo a vida normalmente”, pondera a nutricionista.

Mudar � preciso  

E n�o � f�cil.  A explica��o para a resist�ncia inicial � a passagem pelos cinco est�gios da mudan�a – que, de acordo com Adriana, precisam ser sequenciais.  

O modelo transte�rico inclui as seguintes etapas:  
  1. Pr�-contempla��o: fase em que se nega o problema, refor�ando a ideia de que “sou assim mesmo”. Nesse est�gio, a busca pela mudan�a parte de est�mulos externos, como o incentivo de amigos ou familiares.  
  2. Contempla��o: momento em que a vontade de mudar � negociada com a sensa��o de medo e inseguran�a. Aqui, entra a an�lise entre vantagens e desvantagens da mudan�a.  
  3. Prepara��o: depois de tomada a decis�o, nesse est�gio se desenrola o planejamento estrat�gico que reger� a mudan�a. A recomenda��o � tornar p�blica a inten��o de mudar, a fim de que isso se torne um est�mulo extra.  
  4. A��o: a hora da mudan�a! A inten��o passa para a a��o e come�a a parte do plano que demanda dedica��o, auto observa��o e autoavalia��o para eventuais ajustes no planejamento inicial. 
  5. Manuten��o: a mais desafiadora das fases, exige const�ncia e determina��o. Para manter o foco, o ideal � manter em mente os ganhos conquistados at� ent�o e n�o exagerar na autocobran�a. Vale lembrar: um passo por vez, passo a passo, em dire��o � vida que se quer.  
Adriana Fanaro destaca que chegar ao �ltimo est�gio e permanecer nele pode soar desafiador, mas manter os benef�cios da mudan�a de estilo de vida em mente � a forma de permanecer na vida saud�vel.  

Emagrecer n�o tem de ser sin�nimo de sofrimento  

Para isso, � preciso estar atento � rela��o matem�tica b�sica quando o assunto � ganho ou perda de peso: quem come mais precisa gastar mais.  

Mas, aten��o: "comer menos e gastar menos � uma cilada com danos ao metabolismo", enfatiza a professora.  

"A conta � simples e pode demandar mudan�as de h�bitos. Conhecer as cinco etapas da transforma��o � uma forma de racionalizar o processo, mantendo consci�ncia sobre os pr�prios pensamentos durante cada est�gio", avisa a nutricionista. 

"Ao alcan�ar a mudan�a, o foco deve permanecer nas vantagens conquistadas na nova vida – na qual os d�gitos na balan�a ser�o apenas um detalhe perto das funcionalidades de um corpo ativo e bem nutrido", recomenda Adriana Fanaro.