
Como o corpo, o c�rebro precisa de est�mulos para se manter ativo. Exercit�-lo � fundamental. O Supera – Gin�stica para o c�rebro � uma escola dedicada ao desenvolvimento das capacidades do c�rebro e � sa�de mental. Com m�todo embasado na teoria de intelig�ncias m�ltiplas de Howard Gardner, que descreve a grande diversidade de talentos e estilos de aprendizagem, ele tamb�m encontra respaldo em descobertas e conceitos cient�ficos como a neuroplasticidade cerebral, a capacidade que o c�rebro tem de se modificar quando recebe est�mulos. Pedro Ivo, gestor na unidade Pampulha e com know how nas ferramentas aplicadas pela escola, afirma que, naturalmente, o c�rebro j� tem uma tend�ncia a ficar na zona de conforto, ou seja, � pregui�oso mesmo. Por isso, � preciso ficar atento ao uso irrestrito da tecnologia: “Estamos na era da comodidade, na qual as facilidades de algumas m�dias eletr�nicas limitam a atua��o do c�rebro, uma vez que as informa��es est�o dispon�veis com maior facilidade e rapidez. Dessa forma, o esfor�o mental para a realiza��o de qualquer tipo de tarefa simples ou complexa est� quase sempre aliada ao uso de algum dispositivo al�m do nosso c�rebro. Ent�o, sim, as m�dias eletr�nicas deixam o c�rebro mais lento”.
Pedro Ivo explica que o c�rebro � moldado por meio da aten��o. Quando estamos atentos a uma determinada atividade trabalhamos com as conex�es entre nossos neur�nios (as sinapses). “No momento em que estamos concentrados, melhoramos a qualidade e a quantidade dessa comunica��o, deixando o c�rebro mas ativo e com mais disposi��o para a realiza��o das tarefas di�rias. Pode-se dizer que em v�rias situa��es estamos emburrecendo por causa das m�dias eletr�nicas. Por exemplo, antes do acesso facilitado ao telefone celular grande parte das pessoas gravava n�meros de telefones de parentes e amigos, chegando a ter 20 guardados na mem�ria ou mais. Hoje, com alguns cliques identificamos o nome da pessoa que queremos ligar sem nem ao menos checar o n�mero. Esse tipo de situa��o priva o c�rebro de se esfor�ar e o mant�m na zona de conforto, deixando a pessoa com menor agilidade mental. Ent�o, � preciso ter um cuidado relacionado �s atividades do dia a dia e sempre buscar oferecer desafios ao c�rebro, pois com a capacidade que ele tem podemos usar e abusar.”
De acordo com Pedro Ivo, a mem�ria est� sendo afetada porque ela � uma quest�o de treino e estrat�gia, a partir do momento em que paramos de treinar e memorizar passamos a deixar de exercitar essa habilidade. Assim, ela vai enfraquecendo naturalmente. Por isso, � importante estar atento, j� que, mesmo em casa, � poss�vel estimular o c�rebro e melhorar a mem�ria com exerc�cios como olhar uma lista de palavras por um determinado tempo, tentar memoriz�-la com alguma t�cnica e escrever em outro papel, jogos dos 7 erros, palavras-cruzadas, sudoku entre outros.
HABILIDADES Por outro lado, reconhece Pedro Ivo, o uso da tecnologia agrega benef�cios ao funcionamento do c�rebro: “Em muitos casos, as novas tecnologias facilitam a vida. Imagine s� a comunica��o sem fio ou sem o acesso de informa��es na internet? Mas, assim como ajuda em algumas de nossas tarefas, ela est� mudando a forma de pensarmos e processarmos a informa��o. Isso, por si s�, j� � um exerc�cio para o c�rebro. No entanto, podemos dizer que as pessoas est�o perdendo a habilidade de se concentrar e de se manter focado em textos longos por ter se acostumado a navegar por meio de v�rios peda�os de informa��o dispon�veis na rede. Agora que ele obt�m a maior parte das suas informa��es por meio de uma tela de computador (em vez do meio impresso), isso mudou a forma de processar dados. Pode ser que estejamos ‘remapeando os circuitos neurais’”.
Mas Pedro Ivo diz que a tecnologia tamb�m � uma aliada para a vida cotidiana e pode proporcionar alternativas para exercitar o c�rebro. Uma delas � o programa de treinamento para o c�rebro via web. Ela � uma ferramenta que pode ajudar a potencializar o c�rebro. Desde que praticado com equil�brio, os jogos dispon�veis para dispositivos m�veis podem ser um grande aliado e melhorar habilidades como aten��o, vis�o estrat�gica e vis�o espacial.
Diante de tantas ferramentas tecnol�gicas que s� facilitam a vida, � preciso tomar uma atitude para que a aprendizagem n�o seja prejudicada. Pedro Ivo alerta que � necess�rio encontrar um equil�brio para minimizar os efeitos negativos. “O artigo do New York Times Digital devices deprive brain of needed downtime oferece argumentos convincentes de que nosso c�rebro precisa de um tempo de descanso para digerir as coisas que n�s vivenciamos, enquanto estamos ativos. O que, �s vezes, � dif�cil em virtude da tecnologia. Isso pode ser bastante nocivo, principalmente para a mem�ria.”
Pedro Ivo conta que desestressar � uma maneira cientificamente aceita de melhorar a mem�ria e outras habilidades cognitivas. “Entretanto, aparelhos digitais nos fornecem acesso instant�neo a informa��es e podem aumentar o estresse. Se um e-mail chega � nossa caixa de entrada, sentimos compelidos a reagir, que � na realidade uma forma moderada de rea��o ‘lutar ou correr’ geralmente associada a eventos estressantes. A tecnologia deixa de ser ben�fica para o c�rebro quando n�o sabemos equilibrar o seu uso. Ela � �tima, � a raz�o pela qual estamos vivendo mais, mais conectados e melhor informados do que qualquer outra sociedade na hist�ria. Entretanto, a tecnologia deve trabalhar para n�s e n�o contra n�s.”
Habilidades para preservar a mem�ria
Sono: H� tempos definido por cientistas como o estado em que nosso corpo otimiza e consolida novas informa��es e as armazenam como
mem�ria. Dormir bem faz
bem para a mem�ria
Alimenta��o: Est� provado que uma dieta rica em
�mega-3, vitamina B e antioxidantes � importante para a sa�de do c�rebro
Relaxamento: Desestressar e meditar s�o tamb�m formas reconhecidas de preservar a mem�ria. Segundo estudos amplamente divulgados, a pr�tica di�ria da medita��o ativa as partes do c�rtex cerebral respons�veis pela tomada de decis�o,
aten��o e mem�ria
Exerc�cios f�sicos: Estudos da Universidade da Pennsylvania, nos EUA, mostraram que pessoas que praticam atividades f�sicas com aten��o e regularidade apresentam melhoras mensur�veis no
“desempenho cerebral”