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Estado de Minas

Como criar meu filho?

M�es de primeira viagem aprendem tamb�m a lidar com conflitos com as av�s materna e paterna sobre a melhor maneira de lidar com a educa��o e alimenta��o dos rebentos


postado em 28/07/2019 04:19


 





Enfaixar o umbigo? N�o pode. Funchic�ria? Melhor evitar. Ch�? De jeito nenhum. �gua? Tamb�m n�o. Deitar de bru�os? P�e em risco a vida da crian�a. Andador? Pode ter traumatismo craniano. Talco? Provoca s�ndrome respirat�ria, resseca e pele e pode causar c�ncer!

Se voc� tem por volta de 30 anos e � m�e de primeira viagem, provavelmente sabe de todas essas coisas. Agora, se voc� tem mais de 40, deve ter ca�do para tr�s ao ler as linhas acima e h� grandes chances de ter pensado em voz alta, enquanto lia: "Fiz tudo isso com meu filho e ele n�o morreu!". De fato, a rep�rter que lhes escreve passou por quase todos esses procedimentos quando era beb� e est� aqui, 'vivinha da silva', para contar hist�ria. Mas, se ao longo dos anos a medicina avan�a com o intuito de melhorar a vida das pessoas, por que insistir em m�todos hoje vistos pelos m�dicos como desatualizados ou at� prejudiciais? A verdade � que todas essas mudan�as t�m gerado pane na rela��o entre as novas m�es e suas respectivas genitoras e sogras.

Na maior parte das vezes, os conselhos s�o bem-intencionados ou at� solicitados. Noutras, chegam com ar de superioridade e minando a seguran�a da nova m�e, j� devastada pelo puerp�rio. Foi o que ocorreu no nascimento da primeira filha da professora Carolina Hastenreiter, de 31 anos. Desde a gravidez, ela come�ou a se desentender com a sogra, que, diferentemente da sua m�e – com comportamento mais discreto –, interferia bastante nos assuntos relacionados � cria��o de Sofia, hoje com 6 anos. "Se a Sofia chorava, ela j� queria pegar e resolver na minha frente. Eu n�o podia tentar pegar minha filha, que ela j� me empurrava, literalmente", conta Carol, acrescentando, ainda, o que sempre ouvia: "Ela dizia que sabia mais do que eu, porque j� tinha criado tr�s filhos e eu n�o sabia de nada".

AVAN�OS 

O m�dico pediatra Mateus Salzgeber Coutinho concorda que os cuidados com o rec�m-nascido mudaram bastante de 30 anos pra c�. Ele atribui essas mudan�as ao avan�o da tecnologia e tamb�m aos estudos direcionados � �rea da pediatria. "Por um lado, h� cada vez mais oferta de novos produtos na linha de cuidados do rec�m-nascido, bem como a populariza��o desses produtos. E, de outro, um entendimento geral menos intervencionista no bin�mio materno-infantil desde o nascimento", explica.

Para Coutinho, a inclus�o da figura paterna nos cuidados com o beb� tamb�m foi uma mudan�a bastante significativa ao longo desse per�odo. "Outro ponto importante foi a din�mica familiar, que mudou muito. Cada vez mais, os homens est�o introduzidos e participativos nos cuidados com os filhos. As tarefas costumam estar mais divididas entre o casal, o que � muito positivo", reflete. Uma evolu��o incontest�vel, de fato, mas que tamb�m provoca rea��es das av�s. Afinal, estaria o pai de um rec�m-nascido habilitado a cuidar dele sozinho? A resposta dos pediatras � un�nime em dizer que sim. Mas, na pr�tica, as av�s exigem um pouquinho mais. 
 


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