Astroterapia. Ou astrologia humanista. Conhece? O astr�logo franc�s Dane Rudhyar (1895-1985) foi o primeiro a incorporar conceitos da psicologia na astrologia, em meados dos anos 1930. Relatos nos livros “Astrologia da personalidade” e “A astrologia da transforma��o” mostram o desenvolvimento do seu trabalho ao interessar-se por Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta su��o, e pela astrologia.
Com um �rduo trabalho astrol�gico, escreveu mais de mil artigos e cerca de 20 livros. Ele desenvolveu a “Astrologia Humanista”, com roupagem mais psicol�gica, uma astrologia “transpessoal” (ou humanista) centrada na pessoa.
Com um �rduo trabalho astrol�gico, escreveu mais de mil artigos e cerca de 20 livros. Ele desenvolveu a “Astrologia Humanista”, com roupagem mais psicol�gica, uma astrologia “transpessoal” (ou humanista) centrada na pessoa.
Sob essa �tica, o mapa astrol�gico reflete o homem em si mesmo e n�o apenas o c�u sob o qual nasceu. Reflete sua ess�ncia e potencialidades. Hoje, o norte-americano Glenn Perry � considerado o sucessor de Rudhyar.
Embora n�o seja uma pr�tica reconhecida pelos conselhos regionais de psicologia, h� profissionais que incorporam m�todos da astrologia ao seu trabalho e conseguem desvendar a ess�ncia de pacientes por um outro vi�s, �s vezes at�, de forma mais r�pida, precisa, encurtando o caminho na busca de sa�das para os problemas ps�quicos e emocionais.
Embora n�o seja uma pr�tica reconhecida pelos conselhos regionais de psicologia, h� profissionais que incorporam m�todos da astrologia ao seu trabalho e conseguem desvendar a ess�ncia de pacientes por um outro vi�s, �s vezes at�, de forma mais r�pida, precisa, encurtando o caminho na busca de sa�das para os problemas ps�quicos e emocionais.
Vanessa Alvaiz, astr�loga c�rmica, professora de astrologia, numer�loga e na reta final para concluir a forma��o em psican�lise cl�nica e anal�tica, explica que, levando em considera��o que nenhum nascimento � acidental (por tr�s de cada vida h� um prop�sito que vem estampado no gr�fico ou mapa astrol�gico da pessoa), a astrologia � um instrumento precioso para o alargamento da consci�ncia.
O ser humano � um todo dividido em partes, que s�o representadas por um planeta dentro de um signo e de uma casa astrol�gica.
O ser humano � um todo dividido em partes, que s�o representadas por um planeta dentro de um signo e de uma casa astrol�gica.
Segundo ela, quando se conhece cada parte chega-se ao todo. A pessoa tamb�m tem diversos “eus”, usados a cada momento, conforme as circunst�ncias: o Eu Pai, o Eu Filho, o Eu Profissional, o Eu Amante etc. E em cada “Eu” leva-se o “Todo”, pois se algu�m � agressivo e impaciente, levar� esse comportamento quando estiver no papel de pai, filho, profissional, amante etc., embora em n�veis diferentes.
“Conhecer, compreender, aceitar cada parte sua e o seu todo, procurar ajustar-se � vida e melhorar-se para um caminho de evolu��o pessoal e espiritual s�o alguns dos principais objetivos possibilitados pelo conhecimento da astrologia.”
“Conhecer, compreender, aceitar cada parte sua e o seu todo, procurar ajustar-se � vida e melhorar-se para um caminho de evolu��o pessoal e espiritual s�o alguns dos principais objetivos possibilitados pelo conhecimento da astrologia.”
Segundo Vanessa Alvaiz, quer queiram ou n�o, a astrologia foi desperta, ela ressurge como um dos preciosos recursos �s respostas fundamentais da alma humana. Ela vem unir fronteiras entre realidades internas e externas. Serve de ponte e aproxima��o da vida objetiva-subjetiva. Encarrega-se de aproximar os opostos inerentes � nossa natureza t�o complexa em seus contrastes.
“Desde sempre, o ser humano se questiona, sabe que algo lhe est� faltando. Por�m, esses questionamentos est�o cada vez mais acelerados. S�o anseios internos que necessitam de ferramentas internas para sua complementa��o. A sa�de mental hoje est� sendo reconhecida como grande alicerce de uma vida mais significativa. Da� o casamento perfeito.”
“Desde sempre, o ser humano se questiona, sabe que algo lhe est� faltando. Por�m, esses questionamentos est�o cada vez mais acelerados. S�o anseios internos que necessitam de ferramentas internas para sua complementa��o. A sa�de mental hoje est� sendo reconhecida como grande alicerce de uma vida mais significativa. Da� o casamento perfeito.”
A astr�loga destaca que por meio do mapa astral � poss�vel rastrear muitos aspectos que viram padr�es que o indiv�duo vai repetindo, ainda que causem dor, sofrimento e desconforto. “Na interpreta��o do mapa conseguimos indicar outras sa�das para enxergar o mesmo problema, e o melhor, tomar consci�ncia. E sair muitas vezes da condi��o de v�tima.”
Desde sempre o ser humano se questiona, sabe que algo lhe est� faltando. Por�m, esses questionamentos est�o cada vez mais acelerados. S�o anseios internos que necessitam de ferramentas internas para complementa��o. A sa�de mental hoje est� sendo reconhecida como grande alicerce de uma vida mais significativa. Da� o casamento perfeito entre psicologia e astrologia
Vanessa Alvaiz, astr�loga
Ela explica que na astrologia terap�utica s�o alinhados os aspectos f�sicos, mentais, emocionais e espirituais dos seres humanos. “O mapa astral traduz uma orienta��o na sua caminhada. Esse caminho alinhado com os astros � que o leva para a sua verdadeira jornada de aprendizados e realiza��es. Durante a vida, seguimos muitas pessoas, nosso 'grande outro', ora os pais, ora os amigos, parceiros de vida, mas s�o poucas as pessoas que realmente seguem o seu caminho. O seu mapa. O que faz sentido para voc�.”
Atualmente, o mapa astral � feito pela internet, o que cada um precisa � ficar atento ao profissional que far� a interpreta��o: “O astr�logo � um canal, e, nesse caso, � mais importante o pr�prio astr�logo do que a t�cnica que ele usa. Jung j� dizia que a personalidade do doutor � que tem efeito curativo. O papel real do astr�logo � o de tradutor e por isso deve ter cuidado com o que diz ou escreve”, alerta a astr�loga.
Vanessa Alvaiz conta que desenvolveu um trabalho de terapia na astrologia em sala da aula. “Antes da pandemia, nas aulas presenciais da PUC-SP, j� fazia din�micas em grupos e comecei a observar os resultados. Minhas alunas com idade entre 55 e 90 anos come�aram a se perdoar por muitas situa��es que haviam passado na vida. Come�aram a ter um outro olhar mais amoroso para os movimentos que vivenciaram. Da� surgiu o tema 'Astrologia Cura'.
Concomitantemente com meus estudos na psican�lise cl�nica e anal�tica, comecei a trabalhar alguns eixos na psican�lise, como m�e e filha. E hoje trago-os para a astroterapia. Por meio da astrologia consigo compreender as pessoas como crian�as, como jovens e mo�os, como pessoas adultas. A m�e, compreendendo a si mesma, por meio da astrologia, poder� tamb�m melhor compreender os filhos.”
OS PONTOS CEGOS
Todos t�m pontos cegos, caracter�sticas tanto boas quanto m�s que desconhecem. “Esse � o sabor da vida, n�o n�? A astrologia rastreia tudo, e conseguimos entender melhor algumas din�micas instauradas. Ela nos ajuda a entrar em contato com a ess�ncia do que somos, e a traduzir e transformar esse potencial em a��o concreta.
Por�m, est� em nossas m�os manter contato com a ess�ncia e aprender a viver em harmonia interna, sem perder a conex�o com o ritmo c�smico”, avisa a astr�loga.
Vanessa Alvaiz acredita em movimento, portanto, enquanto tem “bola rolando”, tem jogo. Segundo ela, o mapa astrol�gico n�o � est�tico nem fechado. Cada pessoa tem uma combina��o de energias planet�rias e zodiacais que envolvem os 12 signos e todos os planetas com seus diversos aspectos, que s�o os caminhos de circula��o de energia.
Cada um dos signos tem um signo oposto e complementar, que corresponde � sua sombra, com quem perfaz um eixo zodiacal. “Tudo � movimento, no mapa astral nada � estanque, � energia que nasce conosco, com in�meras possibilidades de realiza��o, at� o �ltimo dia de vida.”
Diante do desconhecido, ser� que h� o momento certo para se conhecer, desvendar e transformar? Vanessa Alvaiz responde por meio de uma hist�ria oriental: “Um homem procurou um s�bio para lhe perguntar o que era a vida e o s�bio mandou-o andar por a� e entrar nas tr�s primeiras lojas que encontrasse. Na primeira que encontrou viu que as pessoas trabalhavam com metal; na segunda, com cordas; e a terceira era uma carpintaria. O homem pensou: ‘Ser� que isso � que � a vida?’. E voltou ao s�bio para ser esclarecido. O velho lhe disse: 'Agora voc� encontrou o caminho para descobrir a vida; um dia voc� compreendera'. O homem ficou aborrecido, mas como n�o podia fazer nada foi percorrer o mundo.”
E continua: “Anos depois, chegou a um jardim onde ouviu uma m�sica tocada por um instrumento que n�o conhecia. Era uma c�tara. Ele ficou encantado e de repente percebeu que os carpinteiros e as outras pessoas trabalhavam com alguma coisa parecida. O homem teve um estalo, levantou-se e dan�ou. O m�sico, surpreso, parou de tocar, mas o homem continuou dan�ando. O m�sico perguntou: 'O que h� com voc�?'. Ele respondeu: 'Agora entendi o que � a vida, entrei numa loja e n�o havia c�tara, mas todas as pe�as estavam l�. Precisava, apenas, haver ordem naquela confus�o”.
Da mesma forma, “se as pessoas usarem a cabe�a ver�o que o instrumento sempre est� completo e que � poss�vel ouvir a m�sica. E um dia, nem mais o instrumento � necess�rio porque o m�sico se tornou perfeito, ele tem a sua m�sica interior. O momento � muito particular, cada um tem o seu. Cada vez mais as pessoas est�o gravemente inst�veis, inseguras, indefinidas, numa vis�vel crise. E a astrologia ressurge em boa hora como instrumento essencial nessa tentativa de inteirar consciente e inconsciente. Integrar, harmonizar a caminhada rumo � verdadeira ess�ncia”.