Segundo o documento, o Brasil ocupa atualmente a 12ª posi��o entre os pa�ses do mundo com melhor cobertura vacinal, ultrapassando pa�ses como os Estados Unidos e o Reino Unido. At� 12 de mar�o, 81,8% da popula��o havia tomado pelo menos a primeira dose da vacina e 73,9% estavam com o esquema vacinal completo, com as duas doses ou dose �nica. Um ter�o da popula��o, 32,9%, havia recebido a dose de refor�o.
Quando consideradas, no entanto, as faixas et�rias separadamente, h� diferen�as de cobertura vacinal. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos de idade, 16,4% n�o tomaram sequer a primeira dose da vacina. Esse grupo � seguido pelo de 40 a 44 anos de idade, com 15,2% n�o vacinados, e pelo de 35 a 39 anos de idade, com 13,2%.
Os dados consideram o per�odo entre 17 de janeiro de 2021 e 12 de mar�o de 2022. A nota, lan�ada �s v�speras dos 14 meses do in�cio da vacina��o no Brasil, tem como objetivo ajudar a criar estrat�gias para aumentar a efici�ncia da campanha vacinal no pa�s.
Desafios
De acordo com a Fiocruz, atualmente, o maior desafio � a vacina��o de crian�as de 5 a 11 anos de idade, que representam 9,5% da popula��o brasileira. Nesse grupo, 60,7% ainda n�o tomaram a primeira dose da vacina. A nota t�cnica atribui �s fake news a responsabilidade por causar inseguran�a em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos.
"Os divulgadores de not�cias falsas elevaram o tom da especula��o, causando inseguran�a em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos", ressalta a nota.
A aplica��o da dose de refor�o tamb�m chama aten��o. Segundo a nota, mesmo com ritmo de ganho em velocidade crescente da dose de refor�o, nenhum grupo et�rio alcan�ou, at� o momento, o patamar de 80% de vacinados com essa dose, nem mesmo os idosos, que foram os primeiros eleg�veis � aplica��o.
"As interna��es em leitos cl�nicos, leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e �bitos hospitalares t�m cada vez mais se concentrado exatamente entre os idosos mais longevos. Desta forma, idosos que n�o mant�m esquema com refor�o em dia est�o em situa��o particularmente perigosa, mesmo com o arrefecimento da incid�ncia e mortalidade na popula��o como um todo", destaca a nota t�cnica.
Recomenda��es
Segundo os pesquisadores, o contexto atual da pandemia no mundo requer aten��o. Ao mesmo tempo que h� grande especula��o e expectativa do rebaixamento do status de pandemia a endemia por parte da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), observa-se uma alta da covid em pa�ses da Europa e da �sia. Isso, de acordo com eles, deve ser encarado como um alerta para o Brasil. Al�m disso, o documento defende que � preciso cautela na tomada de decis�es pelos gestores, especialmente na flexibiliza��o do uso de m�scaras e relaxamento do distanciamento f�sico.
"Sem a devida prote��o [uso de m�scaras e vacina��o em dia], a reuni�o de pessoas de forma descontrolada pode ser o estopim para novo aumento da transmiss�o e ocorr�ncia de surtos. A experi�ncia de outros pa�ses que flexibilizaram o uso de m�scaras em cen�rios de cobertura vacinal abaixo de 90% pode servir de alerta para que o Brasil n�o incorra no mesmo erro", alerta a Fiocruz.