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Estado de Minas

Nasa lan�a Supertelesc�pio

Observat�rio James Webb ter� instrumentos inovadores para estudar o cosmos


26/01/2021 04:00

Espelho principal do telescópio espacial James Webb, no Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston, Texas (foto: Kevin Gill/Wikimedia Commons)
Espelho principal do telesc�pio espacial James Webb, no Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston, Texas (foto: Kevin Gill/Wikimedia Commons)

 

Os olhos humanos nunca estiveram t�o abertos para o Universo. Previsto para ser lan�ado neste ano, o James Webb � o mais sofisticado telesc�pio espacial j� desenvolvido com a miss�o de investigar o passado e o futuro do Cosmos. O projeto � uma parceria entre a Ag�ncia Espacial Norte-Americana (Nasa), a Ag�ncia Espacial Europeia e a Ag�ncia Espacial Canadense, e substitui o Hubble, que, entre outras coisas, ajudou a redefinir a idade do mundo, descobriu buracos negros e revelou as primeiras imagens do espa�o profundo.

 

Se o Hubble revolucionou o conhecimento astron�mico, o James Webb � esperado com ansiedade pela comunidade cient�fica. Al�m de poder estudar, ao mesmo tempo, 100 objetos c�smicos, o potente olhar do telesc�pio espacial – cujo espelho � duas vezes e meia maior que o do antecessor – enxerga a mais fraca das luzes, ampliando infinitamente o cen�rio que se tem, hoje, do Universo.

 

Embora, segundo a Nasa, a COVID-19 tenha atrasado o lan�amento, previsto anteriormente para o primeiro semestre, a ag�ncia n�o descarta que o Webb entre em opera��o at� o fim de 2021. Setembro tem sido uma data especulada por astr�nomos.

 

Uma das �reas de pesquisa mais amplamente esperadas � o estudo de exoplanetas: aqueles que orbitam outras estrelas que n�o o Sol. Quando um exoplaneta passa na frente de sua estrela hospedeira, a luz � filtrada pela atmosfera planet�ria, que absorve certas cores do espectro, dependendo da composi��o qu�mica. O Webb medir� essa absor��o, usando seus poderosos espectr�grafos infravermelhos, para procurar as impress�es digitais qu�micas dos gases da atmosfera.

 

Os astr�nomos, inicialmente, treinar�o o olhar do supertelesc�pio para mundos gasosos do tamanho de J�piter, como WASP-39b e WASP-43b, porque eles s�o alvos mais f�ceis de aplicar a t�cnica. Os resultados ajudar�o a orientar estrat�gias de observa��o para superterras menores, principalmente rochosas e mais semelhantes ao nosso planeta – mundos nos quais a composi��o atmosf�rica poder� dar dicas sobre a possibilidade de serem potencialmente habit�veis.

 

CORPOS ANCESTRAIS O Webb tamb�m vai investigar o Universo distante, examinando gal�xias cuja luz foi “esticada” em comprimentos de onda infravermelhos pela expans�o do espa�o. Ele capta ondas al�m do que o Hubble � capaz de detectar. Os aglomerados de gal�xias s�o fontes particularmente ricas de alvos de estudo, j� que a gravidade de um enxame estelar pode ampliar a luz de conjuntos gal�cteos de fundo mais distantes.

 

“Os seres humanos s�o quentes e brilham no infravermelho, os telesc�pios terrestres tamb�m brilham no infravermelho”, explica Mark McCaughrean, do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar Webb, da Nasa. “Ent�o, quando voc� chega a esses objetos frios com massa tr�s vezes a de J�piter, quase toda a luz sai em comprimentos de onda bastante longos, onde o pr�prio telesc�pio est� brilhando intensamente. No espa�o, voc� pode resfriar um telesc�pio at� um ponto onde n�o h� brilho de forma alguma nesses comprimentos de onda. E isso significa que, de repente, voc� deve ser capaz de ver todos esses objetos jovens, muito t�nues e de massa extremamente baixa, coisas que nunca veria do solo.”

 

Para Roger Windhrost, da Universidade do Arizona e autor de um artigo sobre o Webb publicado no Astrophysical Journal Supplement, uma das mais fascinantes atribui��es do supertelesc�pio ser� lan�ar luz sobre o in�cio do Universo a partir da observa��o das primeiras estrelas, que surgiram entre 200 mi- lh�es a 400 milh�es de anos ap�s o Big Bang, evento calculado para ter ocorrido h� 14 bilh�es de anos. Observar esses corpos ancestrais � uma fa�anha que, segundo observa��es te�ricas de Windhrost, o Webb ser� capaz de tornar realidade.

 

“Procurar as primeiras estrelas e buracos negros sempre foi objetivo da astronomia. Eles nos contar�o sobre as propriedades reais do Universo primordial, coisas que apenas modelamos em nossos computadores at� agora”, diz o astrof�sico. “Queremos responder a perguntas como: As estrelas bin�rias eram comuns? Quantos elementos qu�micos pesados foram produzidos, preparados pelas primeiras estrelas, e como elas afetaram a forma��o desses corpos?”, exemplifica. Os c�lculos de Windhrost preveem que, sob determinadas condi��es de alinhamento, as lentes do Webb ser�o capazes de ampliar a luz emitida pelas estrelas 10 mil vezes ou mais.

 


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