
– Voc� precisa de empatia para ser um bom m�dico? – pergunta Shaun.
– N�o. Acho que pode interferir na hora de tomar decis�es – responde Claire.
– Ela s� disse isso para n�o te magoar, o que torna isso uma verdade. Ela mentiu para voc� por empatia. Empatia � muito importante. Dizer a verdade, doa a quem doer, � o nosso maior ato emp�tico. � o que estou fazendo pelo Shaun agora – avisa Morgan.
– Tenho autismo. Isso significa que tenho defici�ncia nos neur�nios-espelho, o que me impede de me colocar no lugar das pessoas e dificulta minha empatia. Mas isso quer dizer que n�o posso ser um bom m�dico? – pergunta Shaun.
Assim como o seriado Atypical, da Netflix, The good doctor – dispon�vel no GloboPlay – reverte preconceitos e destaca o potencial de portadores de autismo. Shaun Murphy (Freddie Highmore) � um g�nio incompreendido. Apesar da incr�vel intelig�ncia, que lhe permite diagnosticar casos complexos com facilidade, seu pr�prio diagn�stico o impede de diferenciar as informa��es que realmente devem ser compartilhadas com os pacientes.
Esse m�dico extremamente sincero � capaz de dizer, de forma impass�vel, as verdades mais duras, como quantos meses de vida restam a uma pessoa.
A cada epis�dio, Shaun aprende a se conectar com os pacientes e com as pessoas ao seu redor, enquanto luta para ser reconhecido como residente no hospital. A s�rie se baseia na produ��o hom�nima sul-coreana que estreou em 2013.
O ator Freddie Highmore brilha. Quem j� o conhece de Bates Motel n�o se decepciona. Mas o resto do elenco n�o � t�o cativante, principalmente nos primeiros epis�dios. Apenas no fim da temporada os personagens secund�rios amadurecem e seus conflitos se tornam interessantes.
* Estagi�ria sob orienta��o da editora-assistente �ngela Faria