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Estado de Minas

S�rie sobre fato real, 'Waco' mostra jeito errado de enfrentar uma crise

Tentativa do FBI de desbaratar seita religiosa na cidade do Texas resultou na morte de 76 pessoas


postado em 28/06/2019 04:08

Taylor Kitsch no papel de David Koresh, o líder de uma seita religiosa que o FBI tentou desbaratar. Ação resultou na morte de 76 pessoas(foto: GLOBOPLAY/DIVULGAÇÃO)
Taylor Kitsch no papel de David Koresh, o l�der de uma seita religiosa que o FBI tentou desbaratar. A��o resultou na morte de 76 pessoas (foto: GLOBOPLAY/DIVULGA��O)

Os Estados Unidos sabem, como nenhum outro pa�s, reler a sua pr�pria hist�ria. E a de Waco n�o tem nada de bonita. O cerco que matou 76 pessoas – duas dezenas delas crian�as – em um inc�ndio em 19 de abril de 1993, no rancho Monte Carmelo, na regi�o de Waco, Texas, j� ganhou uma s�rie de document�rios, livros e programas de TV. De um lado, o FBI e a ATF, a ag�ncia americana de controle de �lcool, tabaco e armas; do outro, homens, mulheres e crian�as do Ramo Davidiano, uma seita criada por dissidentes da Igreja Adventista do S�timo Dia.

Recentemente incorporada ao cat�logo da Globoplay, Waco, miniss�rie em seis epis�dios, dramatiza a trag�dia e humaniza seus protagonistas. A produ��o, criada pelos irm�os John Erick e Drew Dowdle, teve como principal fonte dois livros: Stalling for time, de Gary Noesner, e A place called Waco, de David Thibodeau.

Noesner � um ex-negociador chefe do FBI, o homem que ficou diretamente em contato com David Koresh, o l�der da seita, durante os 51 dias que duraram o cerco. Integrante da seita, Thibodeau � um dos nove sobreviventes.

Informa��es, planejamento, tudo foi conduzido de forma err�nea. Alertada para atividades de um grupo religioso no Texas, a ATF tenta entrar na sede � for�a. Em 28 de fevereiro de 1993, a a��o virou uma intensa troca de tiros, resultando em mortes dos dois lados e no in�cio do cerco.

Os acontecimentos de Waco incitaram todo um debate nos EUA sobre liberdade religiosa e arranharam a credibilidade da ATF e do FBI, uma vez que ficou comprovado o despreparo dos agentes em lidar com situa��es do g�nero.

A chegada dos agentes federais s� tem in�cio no terceiro epis�dio. At� ali, acompanhamos o dia a dia de Koresh (Taylor Kitsch, mag�rrimo, em uma caracteriza��o muito pr�xima do personagem real) e sua “fam�lia”. Nascido Vernon Wayne Howell, Koresh era um fan�tico religioso que acreditava ser o �ltimo profeta.

Celibato Todos os homens, a miniss�rie destaca, assim que aceitavam viver no Monte Carmelo, tornavam-se celibat�rios. As companheiras deles se tornavam mulheres de Koresh, que com elas, teve mais de uma dezena de filhos. Na �poca do cerco, pesavam sob Koresh, al�m da acusa��o de manipular armamento pesado, as de estupro de vulner�vel e abuso infantil.

Waco traz ainda outro protagonista, o negociador Gary Noesner (Michael Shannon), um profissional bastante cr�tico aos rumos que o FBI est� tomando – com incentivo cada vez maior ao uso da for�a. A partir do terceiro epis�dio, quando o cerco se instala, assistimos ao embate deles e a uma tentativa de negocia��o que se provou desastrosa.

Junto aos dois protagonistas h� bons personagens, com destaque para Steve Schneider (Paul Sparks), o bra�o direito de Koresh, mas, ainda assim, bastante cr�tico �s suas a��es, e David Thibodeau (Rory Culkin, o irm�o mais novo de Macaulay Culkin), um jovem perdido que acaba se encontrando em Waco.

A devo��o era tamanha que Thibodeau concordou em se casar com Michele Jones (Julia Garner) para ajudar o l�der da seita, caso ele fosse acusado de abuso de menor. M�e de uma filha de Koresh, ela tinha menos de 14 anos quando teve a crian�a – pela lei do Texas, a idade m�nima para o casamento com o consentimento familiar era de 14. O casamento � um dos poucos momentos de respiro da narrativa, que, a cada novo epis�dio, v� crescer o clima de tens�o.

Os agentes federais temiam um suic�dio coletivo, a exemplo do ocorrido com a seita de Jim Jones em 1978, quando 900 pessoas se mataram. Esse � um dos argumentos utilizados pelo cerco, que utilizou bastante tortura psicol�gica – durante as noites, sirenes eram acionadas sem parar e a energia el�trica era desligada. Os integrantes da seita dizem o tempo inteiro que s� querem viver em paz com suas pr�prias cren�as – a morte n�o estava nos planos.

Noesner tenta encontrar mais tempo para retirar as pessoas do rancho com o m�nimo de efeitos colaterais. Seus superiores – dois agentes que representam o lado mais truculento do FBI – acabaram perdendo a paci�ncia. O documento assinado por Janet Reno, procuradora-geral dos EUA na gest�o Bill Clinton, aprovando uma investida final com g�s lacrimog�nio, foi a p� de cal na comunidade. Todos os lados sa�ram perdendo, conforme a s�rie mostra. Mas uns mais do que outros.

WACO
• A miniss�rie em seis epis�dios est� dispon�vel no Globoplay


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