
Ter acesso a milhares de filmes e seriados para assistir quando quiser, necessitando apenas de boa conex�o com a internet, al�m de um celular, tablet, computador ou smart tv. At� pouco tempo, esse sonho era distante. Por�m, tudo mudou gra�as ao streaming, que se consolidou n�o s� como plataforma, mas como protagonista da produ��o audiovisual, sobretudo devido � Netflix.
A revolu��o n�o para. E este 2019 ficar� marcado como o ano em que o reinado hegem�nico da gigante californiana passou a ser amea�ado por rivais de peso. Criadas por marcas poderosas, Amazon Prime Video, Apple TV+ e Disney chegam com for�a ao mercado globalizado.
A principal premia��o da TV mundial, em setembro, evidenciou esse cen�rio. No Emmy, dominado pela inovadora Netflix e pela tradicional HBO, a Amazon conquistou credenciais importantes, a come�ar de Fleabag. Originalmente produzida pela BBC, a s�rie protagonizada e criada por Phoebe Waller-Bridge levou seis trof�us nas principais categorias. No Brasil, o streaming da gigante do com�rcio virtual exibe a atra��o com exclusividade, assim como The marvelous Mrs. Maisel, criada em seus pr�prios est�dios e premiada como melhor s�rie de com�dia no Emmy 2018.

Embora j� oferecesse assinaturas de outros servi�os de v�deo e m�sica anteriormente, a Amazon Prime Video entrou no mercado brasileiro em setembro, com assinatura mensal individual custando R$ 9,90.
O segundo semestre tamb�m registrou a chegada ao Brasil da Apple TV , que estreou em 1º de novembro. Marcando presen�a logo de in�cio, a gigante da tecnologia apostou em rostos conhecidos. A s�rie The morning show conta com Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell. O “aquaman” Jason Momoa � o astro da fic��o apocal�ptica See.
Com pre�o similar ao da Amazon, a Apple TV , por enquanto, oferece cat�logo mais enxuto e focado em t�tulos originais. Por�m, novidades potentes chegar�o em breve, pois o grupo investiu cerca de US$ 1 bilh�o em conte�dos pr�prios com a participa��o de gente como Oprah Winfrey e Steven Spielberg.

SURPRESA Quem tem feito mais barulho entre as novatas s� estar� dispon�vel no Brasil daqui a um ano. Mas chegou – com for�a – no mercado. Em 12 de novembro, dia de sua estreia nos EUA, a plataforma Disney superou as pr�prias expectativas. Conquistou 10 milh�es de assinantes – a meta era 8 milh�es at� o fim do ano, de acordo com a revista americana Variety.
Inicialmente, a empresa planejava alcan�ar 60 milh�es de clientes em todo o mundo at� 2024. Essas previs�es j� mudaram – para cima. Tamanho alarde n�o � dif�cil de explicar. Gra�as a movimenta��es milion�rias para adquirir direitos autorais de fen�menos da cultura pop, o servi�o encampa alguns dos t�tulos mais amados pelo p�blico de s�ries e filmes – entre eles, os super-her�is da Marvel e o universo Star wars.
O seriado in�dito e original The mandalorian � o principal trunfo da Disney neste momento. Criada e produzida por Jon Favreau e estrelada por Pedro Pascal, a hist�ria rec�m-lan�ada � uma esp�cie de faroeste que se passa logo depois dos acontecimentos cronol�gicos do filme O retorno de Jedi. O protagonista � um ca�ador de recompensas mandaloriano dos confins da gal�xia. A mensalidade nos EUA custa US$ 6,99.
A Netflix e seus 158 milh�es de assinantes est�o na mira da Amazon, Apple TV e Disney . Por�m, a empresa domina o mercado com seu amplo cat�logo, recheado de s�ries originais de sucesso – La casa de papel, Stranger things e Black mirror, por exemplo. Agora, a plataforma investiu nada menos de US$ 140 milh�es apenas no filme O irland�s, de Martin Scorsese, que estreia na quarta-feira (27).
O mercado � din�mico. Para cancelar e adquirir assinaturas, bastam poucos cliques e um cart�o de cr�dito. Sendo assim, o neg�cio bilion�rio corre o risco de mergulhar, a longo prazo, em voraz “toma l� d� c�”. O alerta vem de Jeff Wlodarczak, CEO do Pivotal Media Group. “Com conte�do original limitado, os adultos v�o percorr�-lo rapidamente. Dessa forma, voc� pode ter uma rotatividade de assinantes bastante significativa”, disse ele � Variety.
FOR�A Se o futuro � incerto e as mudan�as velozes, uma coisa � certa: o streaming tem a for�a. Tanto � que tradicionais canais por assinatura v�m lan�ando plataformas “on the demand”. Ou seja, o assinante acessa o conte�do quando quiser, sem depender de operadoras de TV a cabo. Basta a conex�o com a internet.
� o caso da HBO, cuja HBO GO oferece s�ries premiadas como Chernobyl e Game of thrones e pode ser assinada por R$ 34,90. Na rede Telecine, o Telecine Play, focado em filmes, custa R$ 37,90. A Globo mant�m a Globo Play (R$ 21,90 por m�s), disponibilizando t�tulos internacionais como The handmaid's tale, al�m de novelas, s�ries e conte�dos jornal�sticos e esportivos da Rede Globosat.
Resumindo: basta fazer as contas e escolher o que ver.