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Estado de Minas

Museu reacende debate sobre terror nazista

Buenos Aires incorpora pe�as de atentados antissemitas recentes para lembrar que o �dio n�o morreu nos campos de concentra��o da Segunda Guerra


postado em 09/12/2019 04:00

Museu incorporou peças de recentes ações antissemitas ao seu acervo(foto: JUAN MABROMATA/AFP)
Museu incorporou pe�as de recentes a��es antissemitas ao seu acervo (foto: JUAN MABROMATA/AFP)
Para alertar sobre o efeito do �dio entre os seres humanos, manter viva a mem�ria das v�timas e divulgar testemunhos de sobreviventes, o Museu do Holocausto reabriu as portas no in�cio deste dezembro em Buenos Aires, ap�s ficar fechado por dois anos.

A primeira imagem causa impacto: ao come�ar a caminhar pelo edif�cio localizado no Bairro Norte da capital argentina, o visitante avan�a por um caminho de paralelep�pedos que leva a uma porta de vidro na qual uma foto plotada produz a sensa��o de entrar no campo de concentra��o de Auschwitz.

Em um antigo pr�dio de 3 mil metros quadrados, o acervo abriga uma exposi��o permanente sobre o Holocausto – o exterm�nio de 6 milh�es de judeus nas m�os do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A exposi��o mostra como o que come�ou com restri��es e "proibi��es quase absurdas aos judeus para for�ar sua emigra��o da Alemanha" levou � chamada "solu��o final" que procurou eliminar os judeus do planeta, explica o historiador Bruno Garbari, respons�vel pelo conte�do. "N�o se pode explicar o Holocausto sem entender como Hitler chegou ao poder", disse o especialista.

Recursos tecnol�gicos, telas sens�veis ao toque, tablets interativos e espa�os sensoriais destacam os testemunhos de sobreviventes, fotos e v�deos hist�ricos, enquanto estat�sticas dolorosas completam a informa��o. Seis milh�es de nomes s�o projetados nas paredes de uma das salas, expressando a magnitude do genoc�dio.

Focada nos sobreviventes que reconstru�ram sua vida na Argentina, a exposi��o tamb�m reflete a contradi��o do pa�s sul-americano de ser um ref�gio para judeus perseguidos, mas tamb�m por ter abrigado l�deres nazistas ap�s a queda do regime.
Um setor � dedicado � captura, em 1960, nos arredores de Buenos Aires, de Adolf Eichmann, um dos principais respons�veis pela 'solu��o final', que foi sequestrado por agentes do Mosad, o servi�o secreto israelense, e levado para Israel. L�, foi julgado e enforcado em 1962.

S�o exibidos o salvo-conduto da Cruz Vermelha em nome de Ricardo Klemment – nome falso que Eichmann costumava usar na Argentina –, fotos e planos referentes � sua captura, entre outros.

Outro espa�o foi projetado para a introspec��o dos visitantes, onde um t�mulo simboliza as milh�es de v�timas do nazismo. O �nico objeto exibido ali � uma m�quina de escrever semidestru�da com letras em i�diche, encontrada nos escombros da Associa��o Mutual Israelita Argentina, que sofreu um ataque em 1994, causando 85 mortes e ferindo 300 pessoas. "Optamos por incorpor�-la para dizer que a viol�ncia, o �dio, n�o desapareceu em Auschwitz", refletiu o diretor do museu, Jonathan Karszenbaum.

SOB EXAME

Encontrado e apreendido em 2017, um conjunto de 83 objetos nazistas n�o faz parte da exposi��o permanente, apesar das expectativas geradas h� quase dois meses, quando foram entregues ao Museu pela Justi�a argentina. "Essas pe�as ainda n�o foram escolhidas para exibi��o, est�o sob investiga��o. Quando houver um resultado confi�vel que valha a pena, vamos instal�-las", disse Karszenbaum.

A cole��o – cuja autenticidade gerou pol�mica – foi encontrada durante uma opera��o de busca na casa de um colecionador como parte de uma investiga��o em Buenos Aires por suposto tr�fico de objetos chineses.


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