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Estado de Minas

'Star wars Epis�dio IX - A ascens�o Skywalker' chega com toda a For�a

Filme decisivo na hist�ria da franquia estreia nesta quinta (19) em mais de 2 mil salas no Brasil e com a expectativa de arrecadar ao menos US$ 200 milh�es na Am�rica do Norte


postado em 19/12/2019 04:00 / atualizado em 18/12/2019 21:59

Um clipe do filme divulgado na semana passada sugere que o mistério sobre a origem de Rey será revelado no Episódio IX(foto: Disney/Divulgação)
Um clipe do filme divulgado na semana passada sugere que o mist�rio sobre a origem de Rey ser� revelado no Epis�dio IX (foto: Disney/Divulga��o)
J. J. Abrams, diretor de Star wars Epis�dio IX – A ascens�o Skywalker, que estreia nesta quinta-feira (19) em mais de 2 mil salas de cinema no Brasil, esteve no pa�s neste m�s para participar da CCXP, em S�o Paulo. O filme que chega hoje aos cinemas representa o fim da saga, a batalha das batalhas. Disc�pulo de Steven Spielberg, seu mentor, hoje amigo, J. J. Abrams admitiu estar ansioso.

"� muita expectativa dos f�s. � um universo m�tico, grande demais, e seria uma pena desperdi�ar toda essa energia. Fizemos de tudo para cor- responder." F�s da franquia Star wars come�aram a acampar nos arredores do Chinese Theatre de Hollywood uma semana antes da estreia. "Quando lan�am um novo filme de Star wars, todo o resto � secund�rio, � como ter um filho", disse Nicolas Johnson, que levou o cachorro Cookie para acompanh�-lo na fila.

O filme se passa um ano depois do oitavo epis�dio e tem dura��o de 141 minutos, um pouco mais curto que o anterior. Abrams � o �nico cineasta, al�m de George Lucas, a dirigir mais de um filme da franquia. Depois de comandar O despertar da For�a, em 2015, recordista de bilheteria nos Estados Unidos, ele foi chamado de volta, quando o diretor Colin Trevorrow e a Lucasfilm se desentenderam em rela��o aos caminhos do Epis�dio IX.

Abrams teve que lidar com a morte de Carrie Fisher, cuja emblem�tica princesa Leia desempenha  papel central no fim da saga, gra�as ao uso de material descartado no filme VII. O roteirista Chris Terrio afirmou que Abrams estava t�o obcecado em resolver o problema causado pela morte da atriz que o roteiro come�ou justamente por ela. "Os primeiros meses foram para resolver o impasse de como inclu�-la no filme. A partir dos di�logos e das imagens que t�nhamos, criamos todo o restante."

Terrio contou ainda que Abrams o incentivou a buscar a emo��o das cenas. Sementes plantadas por Rian Johnson no filme anterior foram abandonadas. "O fato de os personagens terem se afastado no final daquela hist�ria foi �timo para a nossa", diz. Uma sugest�o de homossexualidade entre Poe e Finn, os personagens de Oscar Isaac e John Boyega, n�o foi adiante. "Mas fiz quest�o de que a comunidade LGBT se sentisse representada", disse o diretor, em S�o Paulo. Como? "Voc� ter� de ver", ele desconversou.

EXPECTATIVA 

A Disney conseguiu aumentar a expectativa dos f�s com novos clipes e trailers divulgados no fim de semana anterior � estreia. Em um deles, a voz do imperador Palpatine declara: "Esta ser� a palavra final na hist�ria dos Skywalker", enquanto Star Destroyers e Stormtroopers vermelhos lutam contra os X-Wings e combatentes da Resist�ncia. 

Em outro clipe, o vil�o Kylo Ren (Adam Driver) afirma: "Eu sei quem voc� �. Eu conhe�o o resto da sua hist�ria", o que provocou debates entre os f�s sobre o mist�rio a respeito dos pais de Rey.

Antes, Abrams havia declarado que Rey, Finn e Poe se reuniriam ap�s a separa��o em Os �ltimos Jedi (2017), uma informa��o que dividiu os f�s. Quando questionado em S�o Paulo sobre o que o p�blico pode esperar, o diretor afirmou que trabalhou muito para oferecer o misto de intimismo e grandiosidade, que s�o marcas de seus trabalhos, como Lost (na TV) e Miss�o imposs�vel 3 (no cinema).

Estimativas apontam que a bilheteria do fim de semana de estreia deve ficar entre US$ 200 milh�es e US$ 225 milh�es nos Estados Unidos e Canad�, o que posicionaria o filme entre as mais lucrativas estreias da hist�ria do cinema.

VISION�RIO 

Quando fez Star wars, o primeiro, lan�ado no Brasil como Guerra nas estrelas, ainda no final dos anos 1970, George Lucas desenvolvia o que parecia um discurso insano. Dizia que era o primeiro filme de uma trilogia e que essa trilogia seria intermedi�ria num projeto de tr�s trilogias e nove filmes. Alguns cr�ticos o tomaram por maluco brincando de sabres de luz e guerras estelares. Poucos perceberam, de cara, a revolu��o que ele estava fazendo. O diretor foi um vision�rio.

Para contar sua saga monumental, Lucas precisou desenvolver os efeitos num grau que parecia inimagin�vel em 1977. Fundou a Light and Magic, recolheu-se � fun��o de produtor e contou, com ajuda de outros diretores, a constru��o do her�i, Luke Skywalker, em O imp�rio contra-ataca (dire��o de Irvin Kershnmer) e O retorno de Jedi (de Richard Marquand). Depois, a saga hibernou e passaram-se 16 anos at� que o pr�prio Lucas, de novo diretor, fizesse Epis�dio I – A amea�a fantasma, seguido de A guerra dos clones e A vingan�a dos Sith, narrando a constru��o do vil�o e como Annakin Skywalker foi seduzido pelo lado sombrio da For�a, convertendo-se no sinistro Darth Vader.

Cansado diante da possibilidade de encarar mais uma trilogia, Lucas vendeu os direitos, e a Disney assumiu o encargo de prosseguir com a hist�ria da gal�xia muito, muito distante. J. J. Abrams, chamado para reformular a saga, iniciou a hist�ria de Rey, Finn e Poe, e agora fecha o ciclo. No anterior, Os �ltimos Jedi, o velho Luke conseguiu segurar o ataque de Kylo Ren e seus Cavaleiros de Ren aos remanescentes da resist�ncia. Teremos, desta vez, a m�e das batalhas, e ela ser� excitante, o fecho grandioso de Epis�dio IX. (Ag�ncias Estado e France Presse)

Rob�s fofinhos movem  as batalhas e os lucros

Protótipo do robô interativo BB-8 em exibição em Las Vegas. Brinquedo foi desenvolvido em parceria da fabricante Sphero com a Lucasfilm e custa aproximadamente R$ 1.400 no Brasil(foto: Ethan Miller/Getty Images/AFP %u2013 7/1/2016)
Prot�tipo do rob� interativo BB-8 em exibi��o em Las Vegas. Brinquedo foi desenvolvido em parceria da fabricante Sphero com a Lucasfilm e custa aproximadamente R$ 1.400 no Brasil (foto: Ethan Miller/Getty Images/AFP %u2013 7/1/2016)
Apesar das batalhas espaciais �picas e grandiloquentes, com direito a explos�es barulhentas mesmo no v�cuo, grande parte dos conflitos da saga Star wars acabam sendo resolvidos n�o com uma frota de naves, nem mesmo com um bom duelo de sabres de luz, mas por meio da ast�cia de meros rob�s. Chamadas de "droides", essas criaturas mec�nicas caricatas e vulner�veis tornaram-se uma marca registrada da franquia criada por George Lucas – "marca registrada" em mais de um sentido, j� que um dos muitos aspectos que Star wars revolucionou no cinema foi o merchandising.

Os est�dios acreditavam que a �pera espacial de George Lucas seria um fracasso. Apesar de seu filme anterior, Loucuras de ver�o (1973), ter sido indicado para cinco categorias do Oscar e lucrado US$ 637 milh�es, a fic��o cient�fica estava longe de ser um g�nero confi�vel para se investir o dinheiro de um est�dio na �poca. Como as expectativas da 20th Century Fox eram baixas, eles aceitaram uma proposta de Lucas para que ele conservasse o lucro sobre o merchandising (como a venda de brinquedos, miniaturas e outros objetos promocionais inspirados na s�rie). N�o � necess�rio dizer que rob�s fofinhos foram essenciais para que Star wars tenha lucrado mais com merchandising (US$ 42 bilh�es) do que com bilheteria (US$ 9 bilh�es) em 42 anos.

Nada disso daria certo, � claro, se os droides n�o fossem t�o carism�ticos. O primeiro filme, Star wars: Epis�dio IV – Uma nova esperan�a (1977), trouxe os dois rob�s que participariam de quase toda a saga e se tornariam s�mbolos da franquia: R2-D2 e C-3PO.

MODELOS
O design de R2-D2, criado pelo artista Ralph McQuarrie, foi inspirado pelos coloridos drones Huey, Dewey e Louie, do filme Corrida silenciosa (1972), dirigido por Douglas Trumbull. Para rodar as cenas, foram constru�dos v�rios modelos diferentes, com tamanhos e fun��es distintas. Havia vers�es movidas por controle remoto, mas a maior parte das cenas foi gravada pelo ator ingl�s Kenny Baker, que, com 1,12 m de altura, cabia dentro da estrutura do R2-D2 e era respons�vel por faz�-lo acender e apagar luzes, girar a cabe�a e se movimentar de acordo com o roteiro. Morto em 2015, no ano em que estreou Star wars: Epis�dio VII – O despertar da For�a, Baker foi substitu�do pelo ator e marionetista Jimmy Vee, que tem a mesma altura de Baker, para os �ltimos dois filmes.

J� o androide dourado C-3PO, constru�do pelo jovem Anakin Skywalker e que se gaba de "ser fluente em mais de 6 milh�es de formas de comunica��o", teve seu visual inspirado pelo rob� do cl�ssico filme Metr�polis (1927), dirigido pelo mestre do cinema expressionista alem�o Fritz Lang, baseado em um livro de Thea von Harbou. No romance, a criatura se chama Futura, e � um dos primeiros e mais importantes rob�s da hist�ria da fic��o cient�fica – a pr�pria palavra "rob�" havia sido cunhada ainda naquela d�cada, e usada pela primeira vez na pe�a A f�brica de rob�s (1920), do escritor e dramaturgo tcheco Karel Capek.

Com a evolu��o da tecnologia de efeitos visuais, os filmes mais recentes passaram a utilizar cenas em computa��o gr�fica (o ex�rcito de Droides de Batalha que combate a Rep�blica nos epis�dios I a III s�o um exemplo), mas at� hoje os diretores usam atores e efeitos pr�ticos – tanto que o ator Anthony Daniels continua interpretando C-3PO. Da mesma forma, seria muito f�cil fazer o droide rolante BB-8, da nova trilogia, em computa��o gr�fica, mas o diretor J. J. Abrams quis manter a tradi��o de efeitos pr�ticos na s�rie. O artista da trilogia original, Ralph McQuarrie, j� havia produzido na �poca um conceito de um rob� que rolasse, mas a ideia n�o foi aproveitada na �poca. Agora, por meio de um mecanismo patenteado pela Disney, foi poss�vel dar vida a BB-8, que conseguiu a fa�anha de ser t�o carism�tico quanto R2-D2 e C-3PO. (Ag�ncia Estado)


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