
Os cinemas brasileiros tiveram renda 13% superior em 2019 em compara��o com o ano anterior, alcan�ando R$ 2,74 bilh�es. O p�blico frequentador das salas no mesmo per�odo cresceu 7,66%: de 160 milh�es para 172,2 milh�es. O filme Vingadores: Ultimato lidera a renda de 2019: R$ 332,72 milh�es, tendo sido assistido por 19,218 milh�es de espectadores nos cinemas brasileiros. Esses dados s�o da Ag�ncia Nacional do Cinema (Ancine). A melhora na renda dos cinemas se explica, em parte, pelo aumento do pre�o m�dio do ingresso, que subiu 5,54%, acima da infla��o de 4% estimada para o per�odo. Mas os n�meros tamb�m indicam um aquecimento do mercado, na avalia��o da Ancine. A renda dos t�tulos brasileiros subiu 12,97% em 2019, para R$ 315,1 milh�es. Segundo a ag�ncia respons�vel por regulamentar e fomentar o mercado do audiovisual, mesmo com um n�mero de lan�amentos 10,9% menor que em 2018, o cinema nacional conseguiu bater recordes de p�blico, aumentando em 7,83% sua participa��o no market share. Os t�tulos brasileiros foram respons�veis por 11,5% da renda total dos cinemas do pa�s. Com o percentual restante, os filmes estrangeiros tiveram renda de R$ 2,42 bilh�es, 13% maior do que no ano anterior.
ATAQUES
"Isso se deve principalmente ao desempenho dos longas Nada a perder 2, que ultrapassou o sucesso de Tropa de elite 2, com mais de 12 milh�es de ingressos vendidos, e Minha m�e � uma pe�a 3, que levou mais espectadores ao cinema na semana de seu lan�amento que o �ltimo t�tulo da franquia Star wars", diz a ag�ncia.O presidente Jair Bolsonaro faz ataques seguidos ao cinema nacional e � Ancine. Ele j� afirmou que "cortaria a cabe�a" dos dirigentes da ag�ncia e que quer um presidente evang�lico no �rg�o, que cite "200 vers�culos b�blicos". Em entrevista � youtuber Antonia Fontenelle, em setembro de 2019, o presidente declarou que � preciso "tirar" dos �rg�os p�blicos pessoas que "n�o aprovam" filmes com "tem�tica do nosso lado". "O tempo vai fazer a gente descontaminar esse ambiente para a boa cultura no Brasil", disse.O governo quer investimentos de at� R$ 100 milh�es para acessibilidade em salas de cinema para adequar o parque cinematogr�fico � Lei Brasileira de Inclus�o de Pessoas com Defici�ncia. A ideia � que a linha de cr�dito de R$ 250 milh�es renovada com o BNDES no final de 2019 seja utilizada para as obras. A oferta de cr�dito depender� de projetos apresentados pelas empresas. A renova��o da linha do banco de desenvolvimento foi um dos motivos para o governo adiar para 2021 a obriga��o de acessibilidade em sess�es de cinema. "A expans�o do parque de exibi��o e a infraestrutura s�o prioridades da nova pol�tica audiovisual. A linha de cr�dito, o novo modelo de cota de tela (n�mero de dias obrigat�rios para a exibi��o de longas nacionais) e a prorroga��o do prazo de acessibilidade s�o algumas das medidas para dar estabilidade e seguran�a ao mercado, incentivando o crescimento", afirma o presidente da Ancine, Alex Braga Muniz. (Ag�ncia Estado)