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Estado de Minas NA ATIVA

Ator Antonio Calloni se exercita na literatura

Ele lan�a seu segundo livro, depois de intervalo de 21 anos da estreia como escritor, e promove projeto de poesia em suas redes sociais durante a quarentena


postado em 14/05/2020 04:00

Ator cita seu personagem na recém-concluída novela Éramos seis como um dos favoritos de sua carreira(foto: Maurício Fidalgo/Divulgação)
Ator cita seu personagem na rec�m-conclu�da novela �ramos seis como um dos favoritos de sua carreira (foto: Maur�cio Fidalgo/Divulga��o)
Aos 58 anos, Antonio Calloni viveu de tudo na televis�o, no cinema e nos palcos, numa carreira que teve in�cio nos anos 1980. No fim dos anos 1990, ele enveredou tamb�m por outra vertente art�stica: a escrita. A estreia foi com Os infantes de dezembro, em 1999. Vinte e um anos depois do primeiro livro, Calloni lan�a o romance Filho da noite.

“� tudo farinha (a atua��o e a literatura) do mesmo saco. E que farinha! Para mim, criatividade (arte) � investiga��o, prazer e provoca��o. O escritor � mais despudorado, 'honesto', sem filtro. O ator tem o filtro do personagem, mas n�o deixa de se entregar aos le�es. � uma entrega absoluta! Criar � fascinante,  e o tr�nsito entre essas duas �reas � f�cil, familiar e prazeroso”, diz ele.

Publicado pela editora Valentina, Filho da noite teve um longo processo de cria��o. A ideia da obra surgiu ainda em 1990, a partir do espet�culo �baco, quando o ator estreou nos palcos. Por�m, a escrita do livro teve in�cio apenas em 2013.

A obra mistura diferentes g�neros, passando pelo terror psicol�gico e pelo humor com toques de surrealismo, para retratar duas hist�rias distintas. Na primeira, o leitor acompanha Agenor, um homem que perdeu o filho e a esposa e acaba sendo salvo por uma mulher negra e pobre que sonha em se casar. Na segunda, o foco � o investigador Antonio, que est� ligado aos acontecimentos da primeira parte.
“Dif�cil localizar um autor espec�fico (que o inspirou). Guimar�es Rosa, Clarice Lispector, Gabriel Garcia M�rquez, Edgar Allan Poe... Esses g�nios, talvez, tenham sussurrado um pouco mais alto nos meus ouvidos. N�o tenho certeza”, comenta. Para o autor de Filho da noite,  a principal mensagem do livro �: “A nossa sa�da � a vida. Ela sempre ganha. Vida � inven��o. Invente a sua da forma mais prazerosa poss�vel”.

Filho da noite
Antonio Calloni
Editora Valentina (160 p�gs.)
R$ 34,90

QUATRO PERGUNTAS PARA...
Antonio Calloni,
ator e escritor

Em meio a esse per�odo de isolamento, tem se falado muito da import�ncia da arte. Voc� acha que a percep��o sobre a arte ser� diferente no momento p�s-COVID-19?
Espero que as pessoas percebam o valor imenso da arte. Com certeza, essa percep��o vai aumentar e se solidificar. A arte estimula e aumenta a vida. Melhora a capacidade de discernimento. Educa. Enobrece. A cultura, a arte, al�m de tudo, est�o entre os setores mais lucrativos do pa�s. Geram emprego e riqueza. Estamos descobrindo maneiras de sobreviver nessa crise. O processo n�o par,a e a Internet � uma ferramenta fundamental.

O que voc� tem feito nesta quarentena?
Muscula��o, leitura, maratona de s�ries, alimenta��o saud�vel e leitura de poesias no meu Instagram (@antonio_calloni). Quarentesia na veia! � o nome do meu “projeto” no Instagram. Gra�as ao bom Deus e ao nosso amor, estou passando a quarentena com minha mulher, Ilse, e falo constantemente com meu filho, Pedro, que mora em Los Angeles.

Voc� tem transitado na carreira de ator em diferentes personagens. Como � esse seu processo de transi��o de um personagem para o outro?
Nada que � humano me � estranho. Tenho (temos) todas as possibilidades dentro de n�s. Somos capazes de amar, odiar, destruir, construir... E mais algumas milhares de coisas. Fazer as escolhas “certas” na vida e na constru��o do personagem � sempre o melhor caminho. E os caminhos mudam. A vida est� sempre em movimento. Acompanhemos esse movimento da forma mais divertida poss�vel.

Quais personagens e produ��es mais te marcaram?
O Bartolo, de Terra Nostra, o Mohammed, de O clone, o personagem que fiz no teatro (Karl Marx) e que me rendeu o Pr�nio Moli�re de melhor ator de 1990 no espet�culo A secreta obscenidade de cada dia, Roger Sadala da s�rie Ass�dio e, sem d�vida, J�lio Ab�lio de Lemos, da novela �ramos seis.


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