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Estado de Minas SAIA-JUSTA

Regina Duarte nega defesa da ditadura e faz mea-culpa

Atriz diz que n�o defendeu governo ditatorial, mas a brasilidade, ao cantar 'eu te amo meu Brasil' em entrevista � CNN. 'Me desculpo se passei a impress�o de que teria endossado a tortura', afirmou ela


23/05/2020 04:00

Empossada com festa, em março, Regina Duarte deixou a Secretaria de Estado da Cultura ficou pouco mais de dois meses no cargo
Empossada com festa, em mar�o, Regina Duarte deixou a Secretaria de Estado da Cultura ficou pouco mais de dois meses no cargo (foto: Ed Alves/CB/D.A Press %u2013 4/3/2020)


''Me desculpo se, na mesma ocasi�o, passei a impress�o de que teria endossado a tortura, algo inomin�vel''

Regina Duarte, ex-secret�ria nacional de Cultura



Em artigo publicado na sexta-feira (22), no jornal O Estado de S�o Paulo, Regina Duarte negou ter defendido a ditadura militar, mas esbo�ou um pedido de desculpas. “Amo meu pa�s, sim, e tenho deixado isso sempre bem claro, a ponto de, numa recente entrevista � TV, ter cantado a conhecida marchinha dos anos 70, que fala de 'todos ligados na mesma emo��o'. Nada a ver com defesa da ditadura, como quiseram alguns, mas com o sonho de brasilidade e uni�o que venho defendendo ao longo de toda a minha vida. Dito isso, n�o ser� o veneno destilado nas redes sociais que me far� silenciar nem renegar amor � minha p�tria”, escreveu a atriz, sob o t�tulo “Que classe � essa, companheiro?”

Regina, de 73 anos, fez mea-culpa por relativizar e minimizar casos de mortes e tortura durante a ditadura militar, na entrevista concedida � CNN Brasil: “Me desculpo se, na mesma ocasi�o, passei a impress�o de que teria endossado a tortura, algo inomin�vel e que jamais teria minha anu�ncia, como sabem os que conhecem minha hist�ria.”

A atriz se defendeu das cr�ticas e desqualificou o que chamou de “ataques” sofridos por ela. “Em vez de uma discuss�o franca, que seria saud�vel, por mais altos que fossem os decib�is, o que identifiquei foi s� a a��o coordenada de apedrejar uma pessoa que, h� mais de meio s�culo, vem se dedicando �s artes e � dramaturgia brasileira”, disse. “Recuso-me a responder �s manifesta��es de desaprova��o vociferadas pelos mais exaltados. H� cr�ticas que s�o refrat�rias ao argumento racional exatamente por extrapolarem qualquer ju�zo”, alegou.

A artista, que vai assumir o comando da Cinemateca Brasileira, explicou o que acredita ser o melhor para a cultura do Brasil. “O pa�s precisa de uma pol�tica cultural que transcenda ideologias. Foi isso o que tentei colocar de p� quando acedi colaborar diretamente com o governo federal”, argumentou, dizendo acreditar “num pa�s que tivesse nas comunica��es uma elite pensante que n�o optasse pelo 'quanto pior, melhor'. Esse era o trabalho que deveria estar sob os holofotes da opini�o p�blica – nunca a minha pessoa.”


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