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Estado de Minas

Com shows vetados, festivais v�o da live � conex�o direta com f�s

A cantora Luedji Luna � uma das atra��es virtuais de quem comprou ingressos para o Sarar�. J� promotores do Breve preveem realiza��o em outubro


03/07/2020 04:00

A cantora e compositora baiana Luedji Luna, atração da edição 2020 do Festival Sarará(foto: Caroline Lima/Divulgação %u2013 13/5/19)
A cantora e compositora baiana Luedji Luna, atra��o da edi��o 2020 do Festival Sarar� (foto: Caroline Lima/Divulga��o %u2013 13/5/19)
O p�blico ser� reduzido se considerados os par�metros dos recentes shows virtuais, mas haver� um qu� de especial na apresenta��o que a cantora e compositora baiana Luedji Luna far� ao vivo nesta sexta-feira (3). A transmiss�o ser� pela plataforma Zoom, em um evento on-line realizado pelo Festival Sarar�, exclusivo para quem j� havia comprado o ingresso para a edi��o deste ano, rec�m-adiada para agosto de 2021. Com a pandemia entrando pelo m�s de julho, os principais festivais de Minas encontram novos caminhos para manter a conex�o com o p�blico, em meio �s incertezas sobre a retomada de atividades presenciais.

“� uma a��o para beneficiar quem confia e acredita no festival. N�o � uma live aberta, a ideia � essa exclusividade para um p�blico que fomenta o festival neste momento”, afirma Bell Magalh�es, s�cia da produtora A Macaco, respons�vel pela realiza��o do Sarar�. Ela explica que ser� um show de 40 minutos, em que a artista poder� ter uma intera��o maior com quem est� assistindo ao espet�culo, at� mesmo com a perspectiva de ver o rosto das pessoas, num formato mais “intimista”. Apenas quem tinha o t�quete j� adquirido para o Sarar� pode retirar o c�digo para ingressar na plataforma, sendo o acesso limitado a mil pessoas.

Inicialmente programado para agosto deste ano, o evento – que costuma reunir diferentes gera��es da m�sica nacional – foi oficialmente adiado para 2021, no mesmo m�s. “Foi bem doloroso. T�nhamos pensado em tentar fazer no fim do segundo semestre, mas como � um evento que envolve muita gente e artistas de v�rias partes do pa�s, achamos mais respons�vel n�o pensar nessa aglomera��o de pessoas em 2020. Primeiro, porque n�o sabemos como ser� a retomada. Depois, pela quest�o comercial, j� que as pessoas estar�o baqueadas economicamente e entretenimento n�o ser� o primeiro plano. E tamb�m pela responsabilidade social. � um momento de esperar as coisas se acalmarem para depois voltarmos a falar nas possibilidades de nos aglomerar”, explica a produtora.

Estorno A organiza��o do Sarar�, que na edi��o 2019 teve Gilberto Gil e Baiana System como principais atra��es, comemora que os pedidos de estorno dos ingressos j� vendidos para a edi��o adiada foram muito baixos. “Pouco menos que 5%”, revela Bell Magalh�es. Os t�quetes come�aram a ser comercializados em mar�o, sem que as atra��es tivessem sido divulgadas, o que s� dever� ocorrer em dezembro. At� l�, as vendas “no escuro”, como s�o chamadas as desse lote promocional antecipado, continuam. Valores variam entre R$ 50 (pista meia entrada) e R$ R$ 220 (�rea open bar).

Embora o line-up ainda seja segredo, o entendimento tranquilo com os artistas foi outro ponto positivo diante da incerteza sobre a realiza��o. “T�nhamos boa rela��o anterior com todos os artistas com quem fechamos contratualmente. Todos est�o sentindo esse aperto e tiveram bom senso para readequa��o de contrato”, garante. Dessa forma, o foco maior � na manuten��o de uma conex�o positiva com o p�blico, ainda que sem a realiza��o dos festivais.

“Acreditamos muito na quest�o do festival n�o ser pontualmente s� aquele dia, daquela catarse da reuni�o de milhares de pessoas. Mas ser uma esp�cie de plataforma. Nossa preocupa��o � manter essa plataforma ativa e viva. N�o s� do entretenimento, mas como uma plataforma pensante, com posicionamentos”, explica Magalh�es. Segundo ela, o desafio � viabilizar tudo isso sem a grande fonte de receita, que s�o os festivais. “� toda uma equipe envolvida... Nossa maior receita bruta foi adiada. Temos uma patrocinadora privada e os ingressos j� vendidos. Isso nos mant�m vivos”, afirma.

Desde o come�o da quarentena, o Sarar� realizou lives com alguns artistas. “Em geral, mesmo nas do sertanejo, houve um pico de audi�ncia e depois foi caindo. Aconteceu com a gente tamb�m”, revela a produtora, lembrando que o formato depende do apoio de patrocinadores, que, geralmente, se interessam por artistas de renome. Ainda assim, o Sarar� pretende realizar uma edi��o on-line do festival, em 29 de agosto.

Esperan�a de retomada

Outro grande festival promovido em Minas, O Meca Inhotim, que seria em junho deste ano, tamb�m confirmou adiamento para o meio de 2021. Nas redes sociais, os organizadores prometeram ficar “off-lines” at� setembro. Enquanto isso, disponibilizam para o p�blico o boletim informativo digital Meca Journal. Por outro lado, o Breve mant�m a expectativa para ocorrer em 31 de outubro, no Mineir�o. Inicialmente marcado para maio, foi reagendado por causa da pandemia e seus promotores confiam na realiza��o. “A ideia � que aconte�a, mas estamos o tempo todo monitorando. S� vamos fazer se tivermos 100% de certeza de que n�o haver� problema para o p�blico ou para os artistas. Est� tudo mudando muito r�pido, � dif�cil saber. J� remarcamos uma vez, em mar�o. O cen�rio hoje � diferente. Ent�o, vamos esperar”, afirma Guilherme Rabelo, s�cio-diretor da Box Entretenimento, respons�vel pelo Breve.

Diferentemente do Sarar�, eles j� haviam divulgado a programa��o, que tem O Grande Encontro, Ney Matogrosso e a banda cubana Orishas como atra��es principais. A organiza��o descarta a hip�tese de uma realiza��o com restri��es de p�blico, pela log�stica espacial do local, onde as aglomera��es seriam inevit�veis, mesmo com plateia reduzida. Al�m disso, dizem procurar uma rela��o transparente com quem j� comprou ingresso.

“Em mar�o, tomamos a decis�o de adiar e comunicamos imediatamente. Todo mundo entende o momento. N�o � culpa nossa. Nenhum festival no mundo est� acontecendo. Ent�o, procuramos essa transpar�ncia, mostrando a situa��o. O p�blico compreende, ele quer sair de casa, mas entende que talvez n�o seja o momento. Se n�o for agora, temos certeza que acontecer� em breve”, diz Rabelo, que comemora uma quantidade “irris�ria”, segundo ele, de pedidos de estorno de ingressos depois do adiamento. (PG)


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