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Estado de Minas m�sica

Dori e Nana revisitam Tom e Vinicius celebrando o amor

Em 12 faixas, irm�os Caymmi homenageiam os compositores cariocas que inspiraram mais de uma gera��o


20/07/2020 04:00

Novo disco de Dori e Nana está nas plataformas digitais: ele cuidou dos arranjos, e ela mergulhou em inspiração nascida na adolescência(foto: Livio Campos/Divulgação)
Novo disco de Dori e Nana est� nas plataformas digitais: ele cuidou dos arranjos, e ela mergulhou em inspira��o nascida na adolesc�ncia (foto: Livio Campos/Divulga��o)


Lan�ado pelo selo Sesc, o �lbum Nana, Tom, Vinicius � mais uma homenagem que os irm�os Nana e Dori Caymmi fazem � dupla de compositores cariocas Tom Jobim (1927/1994) e Vinicius de Moraes (1913/1980). Com arranjos de Dori, o disco marca a volta da cantora baiana aos est�dios para gravar um projeto solo ap�s 10 anos.
 
A obra est� nas plataformas digitais. A vers�o f�sica, por�m, s� em agosto. No �lbum, releituras de Eu sei que vou te amar e Can��o do amor demais, compostas em parceria pela dupla, al�m de Valsa de Eur�dice, de Vinicius, e As praias desertas, de Tom, que Nana considera uma paix�o antiga.
Nana conta que um dos motivos que a levaram a gravar o disco foi a grande amizade entre Jobim, Vinicius e o pai dela, Dorival Caymmi. “Sempre fiquei atenta �s coisas que o Tom fazia e o que nos motivou a fazer isso foram dois discos, que fizeram o maior sucesso, e tamb�m a nossa cabe�a na adolesc�ncia. Um da Lenita Bruno (1926/1987), Por toda a minha vida, produzido pelo maestro paulista L�o Perac (1911/1993), e outro de Elizeth Cardoso (1920/1990), Can��o do amor demais”.
Ela ressalta que sempre admirou Jobim. “Um grande m�sico, um dos compositores brasileiros mais importantes. Depois, veio a minha amizade com ele tamb�m”. A cantora ressalta ainda o elo entre o irm�o, arranjador do maestro, e Jobim.
 
A artista e Dori trabalharam com Jobim diversas vezes. “� claro que o m�rito � deles, pois foram eles que fizeram essa obra-prima, com composi��es lindas. Al�m da amizade e admira��o da pessoa, do compositor, do arranjador, do letrista, no caso, o Vinicius, que era compositor e poeta. Tudo isso nos motivou e t�nhamos a ideia de fazer esse �lbum j� h� alguns anos.”
 
E quando chegou o convite do Sesc, os irm�os acharam que era a hora. “Logo depois que lan�amos o disco do Tito Madi (2019), j� come�amos a fazer esse. � claro que est� reduzido, pois s�o apenas 12 faixas, e a obra deles � grande. Escolhemos o repert�rio dentro da concep��o dos discos da Lenita e Elizeth, que gravaram grandes can��es da dupla.”
 

"Em mim, a m�sica � muito intensa e vivo o que eu canto. Sou muito musical, 24 horas por di"

Nana Caymmi, cantora

 
 
Nana confessa que o que a seduziu mesmo foram as melodias. “Essas m�sicas dram�ticas, com conte�do dram�tico”. Em quarentena na cidade mineira de Pequeri, na Zona da Mata, onde os pais tinham uma casa, ela lamenta n�o poder programar um show. “Infelizmente, por causa da pandemia, n�o podemos organizar uma turn� agora para divulgar esse trabalho”.

SEQU�NCIA A ideia, segundo ela, � continuar com esse tipo de projeto. “O Brasil � muito rico em compositores, como o mineiro Ary Barroso. As pessoas costumam cantar somente as m�sicas mais conhecidas dele, mas ele tem uma obra fant�stica. Ary era muito amigo de meu pai e eu o conheci durante a minha inf�ncia. Mas temos muitos outros que gostaria de gravar, como meus irm�os, Dori e Danilo, Marcos Valle, Johnny Alf, Gil, Caetano, Chico e Jo�o Donato, entre outros.”
 
Ela compara a m�sica ao ar que respira. “Em mim, a m�sica � muito intensa e vivo o que eu canto. Sou muito musical, 24 horas por dia. Sempre convivi com ela com meus pais. Minha m�e tamb�m cantava muito bem e eu sempre fiquei nas �guas dela.”
 
O cinema, conta, tamb�m influenciou sua carreira. “Aquelas trilhas maravilhosas e suas orquestra��es. A�, me juntei ao Dori, que tamb�m come�ou na mesma onda minha, na mesma for�a musical. Ficamos muito unidos, e nisso eu era a crooner dele. A primeira m�sica que me deu for�as e me ajudou a construir um lar para meus filhos foi Saveiro (Dori Caymmi/Nelson Mota), apresentada no Festival Internacional da Can��o, em 1966”.
 
Para Dori, obra inspirou gera��o
 
Dori diz que esse �lbum � algo que ele vinha pensando h� algum tempo. “O professor Danilo Miranda, diretor do Sesc de S�o Paulo, resolveu fazer um projeto com a Nana e eu pensei nesse repert�rio por causa da nossa influ�ncia na �poca dos discos de Elizeth e Lenita. Ent�o, fui para a casa da Nana e l� fizemos uma sele��o. Eu tinha a ideia de fechar esse tri�ngulo com uma pessoa que acho que canta melhor esse repert�rio, que � a minha irm�.”
 
As ra�zes da inspira��o s�o antigas. “Ela tem uma for�a que vejo desde o nosso tempo de adolesc�ncia. Ainda n�o vi ningu�m que tivesse a capacidade de transmitir essa obra que influenciou a minha gera��o inteira. Por outro lado, cantamos esse repert�rio desde a nossa primeira experi�ncia de televis�o, um programa que ela fez na extinta TV Tupi, chamado Castelo de Nana. E uma das m�sicas que marcaram �poca foi Sem voc�, que acho uma gl�ria. E, no disco, ela cantou essa m�sica de uma maneira de se tirar o palet�”, aponta.
 
Dori conta que Nana esperou que ele gravasse a orquestra. Com tudo pronto, foi com ela para o est�dio. “Ficamos somente n�s dois, com o pessoal da engenharia. Eu estava de produtor e arranjador do projeto. Gravamos a voz e orquestra”.
 
Ao longo dos anos, h� um entrosamento entre os Caymmi e Jobim, a come�ar pelo disco Caymmi visita Tom (1964), que acabou por selar a amizade entre Dorival Caymmi (1914/2008) e Tom. Em 2005, Nana e o irm�o, Danilo, lan�aram Falando de amor, com a participa��o de instrumentistas que tocaram com o maestro, sob a dire��o musical de Dori Caymmi. Agora, 25 anos ap�s a morte de Tom e 40 da de Vinicius, a cantora baiana presta novamente um tributo aos autores de Garota de Ipanema. 


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