(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas AUDIOVISUAL

Diretor de 'Minha m�e � uma pe�a' lan�a filme sobre stand up

Andr� Pellenz desistiu de esperar reabertura das salas de cinema e distribuiu 'Os espetaculares' no streaming


17/09/2020 04:00 - atualizado 16/09/2020 21:16

O diretor André Pellenz com atores do elenco Detetives do Prédio Azul, no set de filmagem do longa, lançado em 2017
O diretor Andr� Pellenz com atores do elenco Detetives do Pr�dio Azul, no set de filmagem do longa, lan�ado em 2017 (foto: Daniel Chiacos/Divulga��o)
O nome de Andr� Pellenz � quase um sin�nimo de sucesso. Ele dirigiu Minha m�e � uma pe�a, o primeiro t�tulo da franquia, e, embora deste ent�o o ator Paulo Gustavo tenha se tornado a maior bilheteria do cinema brasileiro, Pellenz reconhece sua marca no filme. "Sou louco por com�dias italianas e coloquei muitas refer�ncias l� dentro." Depois veio Detetives do Pr�dio Azul, numa outra faixa de p�blico, mas que tamb�m foi um belo sucesso. S� os dois fizeram mais de 6 milh�es de espectadores.

Pellenz tinha um novo filme para estrear, mas foi atropelado pela pandemia do novo coronav�rus. "Os espetaculares seria lan�ado em junho nos cinemas. Mas tudo ainda estava parado. Com a reabertura das salas em Manaus, o filme estreou, e foi bem por l�. Agora, j� est� tamb�m no streaming (Amazon Prime Video).

FILHO

O longa aborda o universo do stand up. Teve um ponto de partida curioso. Pellenz tem filho de 12 anos. "Um dia, estava conversando com o Artur e perguntei o que achava de ter um pai diretor de cinema. Se era normal para ele. A resposta me surpreendeu. 'N�o, n�o � normal'. Eu era diferente de todos os pais dos amigos dele. Fiquei com aquilo martelando em minha cabe�a."

Ele esclarece: "Tenho um projeto grande, inspirado numa hist�ria real de minha fam�lia. Meu pai tinha um irm�o que foi tentar a vida no garimpo do Par�. Ele morreu por l�, e o meu pai foi buscar o corpo. Atravessou o Brasil inteiro com o caix�o para enterrar meu tio em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. O filme, 830 litros, conta as hist�rias dessa viagem".

Meio parecido com o cubano Guantamera, de Tom�s Guti�rrez Alea e Juan Carlos Tab�o, n�o �? Com certeza, at� porque Pellenz diz que o filme n�o ser� propriamente uma com�dia, mas um road movie. "Um choque brutal de cultura, de norte a sul do Brasil, at� as ra�zes da coloniza��o alem�, no Rio Grande do Sul."

Foi a�, no v�cuo do 830 litros, que Os espetaculares come�ou a nascer. "O cinema conta muitas hist�rias de crian�as e adolescentes, mas n�o na faixa de 12 anos, do meu filho. Tamb�m queria muito fazer um filme com o Paulo Mathias Jr., que � um ator maravilhoso e um cara muito bom. Todos os diretores o conhecem e o admiram. � um cara f�cil de trabalhar. No in�cio, n�o sab�amos, a S�lvia (produtora) e eu, que filme quer�amos fazer, se uma fic��o ou document�rio. Havia a vontade de fazer um filme sobre quem faz humor. Nosso comediante, ao contr�rio do Paulinho, � dif�cil de trabalhar. Tem esse filho de 12 anos. O filme come�ou a andar. Agregamos o Rafael Portugal, que est� num momento muito bom da carreira dele, como um cara que n�o gosta de com�dia. O concurso de stand up terminou vindo naturalmente."

Os concorrentes s�o comediantes de stand up de verdade. "� a forma mais pura de humor que existe. O sujeito, ou a mulher, n�o importa o g�nero, est� l� sem cen�rio, at� sem personagem, s� ele, ou ela, diante do p�blico. � uma coisa minimalista, e, �s vezes, o que funciona no palco n�o pode ser transferido para a tela, porque n�o funciona. Um comediante sem gra�a � uma coisa constrangedora, horr�vel."

Como diretor, Pellenz tem um discurso bastante cr�tico. "Tem gente que acha que o p�blico n�o gosta de filme brasileiro e at� coloca esse produto num nicho, como se fosse um g�nero. A hist�ria de que o espectador s� quer ver filme brasileiro de com�dia n�o � verdadeira. Existem as com�dias que arrebentam na bilheteria, mas tamb�m tem o Bacurau, que bateu nos 800 mil espectadores, e � um n�mero superior ao de muita com�dia. Voc� pega Tropa de elite, 2 filhos de Francisco, Bruna Surfistinha, Central do Brasil. N�o s�o com�dias, mas o p�blico vai e se identifica. Eu sou pela diversidade."

Pellenz espelha essa diversidade com um filme dentro do filme dirigido por ningu�m menos que Neville D'Almeida: "� a minha homenagem. Na verdade, comecei com o Neville, fui assistente dele", conta. Seu longa foi feito para passar no cinema e, por isso, Pellenz ficou contente com o desempenho em Manaus.

"Mas esse pa�s � muito grande, as realidades s�o muito diversas. � claro que gostaria de ver o filme nos cinemas do Rio, onde moro. Mas aqui, ao contr�rio de Manaus, quando entrou (o filme), as condi��es ainda n�o est�o seguras, por isso estamos no streaming."

Seu nome, al�m de sucesso, tamb�m � trabalho. Pellenz n�o para. Em pleno isolamento da pandemia, conseguiu fazer um filme remotamente – Fluxo, dirigindo a dist�ncia, pelo Zoom, os atores em suas casas. "� um momento de se reinventar. Ainda n�o sabemos como ser� o retorno, o novo normal ap�s o coronav�rus. O que n�o d� � para parar." (Ag�ncia Estado)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)