(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mar�al Aquino analisa a obra de Rubem Fonseca

Disc�pulo e amigo do mestre da literatura policial brasileira, morto em abril passado, o roteirista e escritor participa nesta ter�a (22) do projeto 'Letra em Cena', do MTC


22/09/2020 04:00

Rubem Fonseca, que morreu aos 94 anos, começou a publicar sua obra em 1963 e foi censurado pela ditadura militar(foto: Arquivo Pessoal)
Rubem Fonseca, que morreu aos 94 anos, come�ou a publicar sua obra em 1963 e foi censurado pela ditadura militar (foto: Arquivo Pessoal)
Quando morreu, em 15 de abril passado, aos 94 anos, o escritor mineiro Rubem Fonseca deixou uma extensa e celebrada bibliografia, que influenciou escritores e leitores Brasil afora. Um deles, Mar�al Aquino, roteirista, escritor e pupilo de Fonseca, analisar� a obra do autor na edi��o desta ter�a-feira (22) do projeto Letra em Cena on-line. O evento virtual ocorre �s 20h, com transmiss�o no canal do YouTube do Minas T�nis Clube.

Al�m de uma conversa entre Mar�al Aquino e o jornalista Jos� Eduardo Gon�alves, criador do projeto, em torno da obra de Rubem Fonseca, haver� leitura de textos do escritor pelo ator Arildo de Barros. Para abordar o projeto liter�rio do autor de O caso Morel, Agosto, Feliz ano novo, entre muitos outros, o convidado lan�ar� m�o de sua proximidade com Fonseca e discorrer� sobre como foi influenciado por sua obra.

''No meu trabalho, fiquei conhecido por lidar com temas policiais. Qualquer escritor que trate disso, de alguma maneira, presta tributo � obra do Rubem Fonseca. Da mesma forma, as gera��es de contistas que vieram depois dele tamb�m devem ao seu trabalho. Ele deu uma cara moderna e urbana para o conto brasileiro, que antes estava muito marcado pelo regionalismo'', afirma Aquino.

Aos 62 anos, autor dos livros O amor e outros objetos pontiagudos (Gera��o), vencedor do pr�mio Jabuti, Mar�al Aquino conta que entrou em contato com a obra de Rubem Fonseca pela primeira vez na d�cada de 1960, durante a ditadura militar (1964-1985).

PROIBI��O 

"Nessa �poca, eu estava come�ando a escrever e provavelmente foi o momento mais importante da minha forma��o como escritor. Lembro-me de que n�o era f�cil encontrar os livros dele. O Feliz ano novo (1975), por exemplo, foi proibido e eu consegui meio que por baixo'', diz.

O livro � um dos cinco que o jornalista considera fundamentais para compreender a obra do autor mineiro. A ele juntam-se Os prisioneiros (1963), A coleira do c�o (1965), L�cia McCartney (1969) e O cobrador (1979).

''Est� a� a ess�ncia da obra de Rubem Fonseca. Quem nunca teve a oportunidade de l�-lo, pode come�ar por a� que ter� contato com uma literatura sem abrandamentos, que retrata de forma crua a realidade'', sugere.

Tamb�m roteirista de cinema e de TV – ele assina o texto da s�rie Carcereiros, inspirada no livro hom�nimo de Drauzio Varella, Aquino acredita que a atra��o do audiovisual pela obra de Rubem Fonseca se deve � caracter�stica de sua escrita. ''Estamos falando de uma literatura muito visual, que permite ao leitor ver o que est� sendo narrado.''

Tendo sido amigo de Fonseca, ele conta que conversava muito sobre poesia com o escritor. ''Quando me perguntam se aprendi algo com ele devido � nossa proximidade, gosto de dizer que o maior ensinamento est� nos livros que ele escreveu. Volta e meia retorno a eles, e � absurda a atualidade da obra e o qu�o prazeroso � entrar em contato com ela. Esse � o grande legado de Rubem Fonseca.''

LETRA EM CENA: 
COMO LER RUBEM FONSECA
Nesta ter�a-feira (22/9), �s 20h, com o escritor e roteirista Mar�al Aquino, no canal do YouTube do Minas T�nis Clube (youtube.com.br/minastcoficial). 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)