"De repente, bateu a inspira��o, acordei e registrei tudo no celular, tanto a melodia quanto a letra. Ambas vieram praticamente prontas"
Nico Rezende, cantor ecompositor
Para celebrar os 60 anos de vida, completados na �ltima ter�a-feira (13), o cantor e compositor Nico Rezende, autor de Perigo, que virou hit na voz de Zizi Possi, resolveu lan�ar o clipe da can��o 'Vida que segue' nas plataformas digitais. Ele comp�s a m�sica em maio passado, em plena fase aguda da pandemia. A letra traz uma mensagem de otimismo. “A ideia � procurar atenuar este per�odo em que apreens�o e incerteza precisam dar lugar � esperan�a no futuro”, diz ele.
Nico conta que comp�s a can��o durante um sonho interrompido. “De repente, bateu a inspira��o, acordei e registrei tudo no celular, tanto a melodia quanto a letra. Ambas vieram praticamente prontas. Na verdade, acordei um dia l� pelas cinco da manh�, pois tinha sonhado com melodia e letra de uma s� vez. Peguei o telefone, gravei e voltei a dormir. Quando fui ouvir, disse pra mim mesmo: ‘Caramba, s� troquei uma palavra da letra, o resto ficou como tinha sonhado’.”
O m�sico diz que � comum ele sonhar com can��es j� prontas. “J� fiz muitas can��es assim, � algo inexplic�vel. Ou mesmo algum segmento de melodia.”
O m�sico diz que � comum ele sonhar com can��es j� prontas. “J� fiz muitas can��es assim, � algo inexplic�vel. Ou mesmo algum segmento de melodia.”
Produzido por ele e pelo baixista Andr� Vasconcelos, Vida que segue � o primeiro single do 10º �lbum do artista, que ter� apenas can��es in�ditas, com lan�amento previsto para dezembro deste ano. O repert�rio j� est� pronto, segundo ele. “Tem m�sicas minhas e outras com parcerias, com Dudu Falc�o e Paulinho Lima, entre outros”, conta
Anivers�rio
O clipe foi produzido no m�s passado, mas Nico deixou para lan��-lo na data do seu anivers�rio. Ele diz que gosta das datas redondas e por isso escolheu essa.
“Nasci em 1960, estou completando 60 anos, este � o meu 10º �lbum e o estou lan�ando em 2020.”
O m�sico lamenta o fato de ter cancelado diversas apresenta��es por causa da pandemia do novo coronav�rus. “Talvez 2020 foi o ano em que eu tivesse mais shows agendados.” Ele planejava participar do Festival de Jazz de Rio das Ostras e viajar para a It�lia e Su��a, onde faria shows. “Mas, infelizmente, a pandemia n�o deixou isso acontecer.”
Ele lamenta tamb�m que a pandemia tenha atrapalhado a vida de tanta gente, al�m das mais de 150 mil mortes provocadas pela doen�a no Brasil. “N�s, m�sicos, al�m de parar de fazer shows, quase n�o recebemos pelos direitos autorais, que s�o provenientes desses. Quer dizer, se n�o h� shows, tamb�m n�o se arrecadam direitos autorais. Ficou complicado, conhe�o m�sicos passando aperto.”
Nascido em S�o Paulo, Ant�nio Martins Correia Filho, o Nico, se mudou para o Rio de Janeiro em 1982. “Na �poca, Ritchie fazia sucesso com a m�sica Menina veneno e estava montando uma banda para uma excurs�o. Fiz a turn� com ele pelo Brasil e Am�rica do Sul. Depois, sa� e fui tocar com Lulu Santos, com quem trabalhei por uns quatro anos.”
Nesse meio tempo, Nico produziu os arranjos do disco Exagerado, de Cazuza. “Foi o primeiro disco solo dele. Depois, vieram trabalhos com Kiko Zambianchi, Dalto, Marina Lima, Dulce Quental, Gal Costa, Lulu Santos, Simone, Beto Guedes, Zizi Possi, Bar�o Vermelho e Erasmo Carlos, entre outros. “Fiz tamb�m dois discos de Roberto Carlos, trabalhei com muita gente na d�cada de 1980 e ainda lancei o disco Nico Rezende (1987), cuja m�sica de trabalho, Esquece e vem, parceria com Paulinho Lima, foi tema da novela O outro.”