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Estado de Minas

Elas dominam a rima; tr�s rappers mineiras que vale a pena conhecer

Jovens e talentosas elas rompem paradigmas e conquistam cada vez mais espa�o em uma cena majoritariamente ocupada por homens


29/10/2020 19:07 - atualizado 29/10/2020 19:59

(foto: Daniel Silva/Rafa Dias/Beatriz Galvão/Divulgação)
(foto: Daniel Silva/Rafa Dias/Beatriz Galv�o/Divulga��o)
“Crias” das batalhas de rima da capital mineira, elas cantam, comp�em e chamam aten��o em uma cena majoritariamente ocupada por homens. Incubadora de talentos dos mais diversos ritmos, Belo Horizonte se destaca nos �ltimos anos tamb�m no rap nacional. S�o artistas como Sidoka, Chris MC e o j� consagrado Djonga, que ganhou ainda mais visibilidade no Brasil e no exterior ao ser indicado ao pr�mio de Melhor Artista Internacional no BET Hip-Hop Awards. Mesmo num cen�rio ainda repleto de barreiras de g�nero, elas rompem paradigmas e conquistam espa�o com flows e rimas pesadas, que abordam temas diversos entre eles, o abandono paterno e machismo. 

Para mostrar que o rap de BH n�o se limita aos nomes masculinos, fizemos uma lista com tr�s artistas que talvez voc� n�o conhe�a, mas que deveria conhecer. Com um som ï¿½nico e, diferentes estilos, Laura Sette, Mac J�lia e Clara Lima se destacam pela arte e o talento demonstrados desde as batalhas de freestyle na adolesc�ncia. 

Laura Sette (@laurinhasette)

(foto: Rafa Dias/Divulgação)
(foto: Rafa Dias/Divulga��o)
 

  • Estilo: Rap/Hip-hop/Funk 
  • Hits: Professora (N�o Explana), DIFERENCIADA e Tandera
  • �lbum: “Corpo, alma e consequ�ncia” (C.A.C)


Diferenciada, como diz a letra de um dos seus singles, aos 22 anos Laura Sette � um dos nomes de “responsa” do rap de BH, mas se engana quem pensa que ela se limita a um �nico estilo. A artista se permite transitar por diferentes g�neros, compondo letras que representam o momento atual de sua vida. Em 2019, lan�ou o primeiro EP: “Corpo, Alma e Consequ�ncia” (C.A.C). Em janeiro de 2020, se uniu a outras quatro rappers belorizontinas Mayi, Paige e Iza Sabino, al�m da Dj Kingdom, sem abrir m�o de sua carreira solo, para formar o grupo Fenda, que dividiu palco com artistas como Criolo e Karol Conka.

M�e, Laura publicou em seu instagram em maio uma foto em que aparece segurando o filho — na �poca ainda beb� — no colo enquanto segura o microfone. Para a reportagem do Estado de Minas, ela contou que a maternidade e o fato de ser mulher na cena imp�em os mesmos desafios di�rios vividos em qualquer �rea da sociedade. “A diferen�a � que temos que sempre ter a postura firme para lidar com quem acha que � mais que a gente ou quem acha que merece mais s� por ser homem”, afirmou.

Mac J�lia (@macjulia_)

(foto: Daniel Silva/Divulgação)
(foto: Daniel Silva/Divulga��o)

  • Estilo: Rap/Hip-Hop
  • Hits: Mais Valia, Gloss e Sof�, breja e Netflix
  • �lbuns: “Suas�ria”, “Love me two times” (Sextape) e “Simbiose”. 


Aos 16 anos, Mac J�lia come�ou a carreira no rap em batalhas de freestyle nas regi�es do Barreiro e de Venda Nova. Em 2018, gr�vida, ela gravou e, um m�s depois do nascimento do filho, lan�ou o primeiro �lbum solo: Suas�ria. Em 2019, por meio da Produto Marginal, produtora da qual atualmente � s�cia, lan�ou "Love me two times" (Sextape). 

Conhecida na cena local como Dona On�a, a rapper que abusa das estampas felinas conta que o caminho para se manter na cena sendo mulher n�o � f�cil e perpassa por problemas como a invisibiliza��o. “A palavra de uma mulher na produ��o no meio do hip-hop � contestada v�rias vezes. A pessoa chega a perguntar pro homem que est� envolvido para confirmar se o que voc� falou � v�lido”. Em 2020, aos 22 anos, em parceria com o tamb�m rapper mineiro Pejota, surgiu o EP “Simbiose” e o hit Sof�, breja e Netflix, que ganhou videoclipe luxuoso, feito pela Produto Marginal. A artista acumula milhares de visualiza��es no Youtube.

Clara Lima (@claralimamc)

(foto: Daniel Assis/Divulgação)
(foto: Daniel Assis/Divulga��o)
 

  • Estilo: Rap/ Hip-Hop
  • Hits: Chuva de nota, Sem medo de ser feliz e Caminhos
  • �lbuns: “Transgress�o” e “Selfie”


Clara Lima, 20 anos, come�ou a fazer rap aos 14 e logo se destacou nas batalhas de rimas de BH. Em 2015, aos 16, foi finalista do Duelo de MCs nacional, realizado debaixo do Viaduto Santa Tereza. Em 2016, venceu o YO Music Bras�lia. Em 2017, mesmo ano em que o curta-metragem “Nada”, protagonizado por ela, foi exibido no Festival de Cannes, lan�ou o primeiro �lbum: “Transgress�o”. Nele, retrata suas viv�ncias e os sonhos da jovem que cresceu em uma comunidade, no Bairro Ribeiro de Abreu, Regi�o Noroeste da capital .

Clara era a �nica mulher entre os talentos do extinto coletivo DV Tribo, grupo que era composto por Clara Lima, Djonga, Fabr�cio Fbc, Hot Apocalypse, Oreia e tamb�m pelo produtor e beatmaker Coyote. A mineira nunca se deixou intimidar pelo n�mero majorit�rio de homens na cena. Em 2019, com o fim do grupo, dedicou-se aos trabalhos solo e lan�ou o �lbum “Selfie” onde mais uma vez mostrou porque est� entre os destaques da nova gera��o do rap brasileiro.

*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Rafael Alves


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