Ricardo Carv�o Levy abre hoje a mostra 'Colecionador de mim'

“Um colecionador de formas inusitadas, que eu mesmo crio.” Assim se define o artista pl�stico Ricardo Carv�o Levy. Nesta quinta-feira (17), ele abre a exposi��o Colecionador de mim, com esculturas de diferentes fases de sua trajet�ria. A mostra ficar� em cartaz at� quarta-feira (23), no Instituto Cultural Manoel Ant�nio de Carvalho – Casa MAC, em BH.

A mostra come�a com o minitalk “Arte como alimento para o esp�rito”, �s 19h de hoje, sobre o trabalho desenvolvido por Carv�o. Esse evento � presencial, limitado a 20 pessoas. Para participar dele, interessados devem confirmar presen�a por telefone at� as 18h.

O pr�prio artista pl�stico conduzir� visitas guiadas, que devem ser agendadas previamente. A Casa MAC vai receber no m�ximo 100 pessoas de cada vez, seguindo protocolos sanit�rios de preven��o ao coronav�rus.

Paraense, Ricardo Carv�o se mudou para BH em 1964, onde desenvolve esculturas de grandes propor��es utilizando diferentes materiais. “Vivemos bombardeados todos os dias por not�cias pesadas. Procurei construir uma obra que fosse um b�lsamo, que propiciasse momentos de deleite, de paz e de boas vibra��es”, diz. Em 2022, ele completa meio s�culo de atividade art�stica – Colecionador de mim marca o in�cio das comemora��es.

Desde o in�cio, Carv�o busca novas formas de se expressar. “Nos anos 1970, quando se pensava em escultura vinha logo a liga��o com metal, pedra e madeira. Procurei abrir o leque de possibilidades”, relembra. Por sete anos, ele se inspirou na geometria e na matem�tica, concebendo trabalhos utilizando a sola de couro.

Ricardo chegou a criar 600 esculturas em couro, algumas deles com 1,2m de altura. Em 1979, fez sua primeira exposi��o individual na Grande Galeria do Pal�cio das Artes, apresentando 147 pe�as.

Com o tempo, ele percebeu que sua obra se restringia a ambientes internos. “Tinha o desejo de ver minhas pe�as ao ar livre, em pra�as, parques e jardins, podendo ser apreciadas por qualquer pessoa”, conta. Ricardo encerrou o “ciclo do couro” e se dedicou a esculturas em a�o, por exemplo.

“Gosto muito de desafios, de quebrar regras estabelecidas at� por mim mesmo”, diz o escultor, autor de pe�as que se integraram � paisagem de BH. Uma delas � o Monumento � paz, na Pra�a do Papa, comemorativo da visita do papa Jo�o Paulo II � capital, em 1982. Na Pra�a da Liberdade, o monumento Liberdade, de 1991, � outro marco. Outros trabalhos dele s�o Voo, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de 1984; Monumento do mil�nio, no Belvedere, de 2000; e o Monumento � vis�o, no Mirante do Mangabeiras, de 2017.