Vig�sima edi��o do Pr�mio BDMG Instrumental agracia cinco m�sicos

Sem edi��o em 2020 em decorr�ncia da pandemia, o Pr�mio BDMG Instrumental chegou � sua 20ª vers�o no �ltimo fim de semana, quando premiou cinco m�sicos, avaliados por composi��o e performance: o baterista Felipe Continentino, o contrabaixista Pedro Gomes, o violonista Felipe Jos�, a vibrafonista Nat�lia Mitre e o guitarrista PC Guimar�es, que formam o Duo Foz.

Al�m de premia��o em dinheiro (R$ 12 mil para cada), os vencedores v�o realizar shows no Centro Cultural Banco do Banco e no programa Instrumental Sesc Brasil, em S�o Paulo. O evento tamb�m premiou Continentino e o guitarrista Matheus Barbosa como melhores instrumentistas e o arranjo que o Duo Foz fez para “Dr�o”, de Gilberto Gil.

Nat�lia, de 29 anos, e PC, de 31, tiveram ainda mais motivos para comemorar os pr�mios. Os dois, tamb�m um casal, n�o puderam se apresentar no palco do Teatro Sesiminas (esta edi��o foi exclusivamente on-line, sem plateia, por causa da crise sanit�ria) porque a uma semana do evento testaram positivo para a COVID-19. Transmitiram a apresenta��o de um quarto da casa de PC, via computador.

Al�m disto, a premia��o saiu na mesma semana que lan�am seu primeiro single, “Am�lgama” (um dos temas apresentados no evento). A partir desta sexta (30/07) nas plataformas digitais, a m�sica antecipa o �lbum de estreia do duo, “Interse��o dos mundos”, que sai em setembro. A vers�o de “Dr�o” tamb�m est� no repert�rio. Eleita a melhor instrumentista no BDMG Instrumental de 2018, Nat�lia foi ainda a �nica mulher entre os 12 finalistas.

“� dif�cil ver duos de vibrafone com guitarra e nosso desafio � conseguir que os dois instrumentos se completem, sejam autossuficientes”, comenta Nat�lia, que, mesmo j� tocando h� muito tempo com PC, s� formou o Duo Foz em agosto de 2020. Graduada em percuss�o pela Escola de M�sica da UFMG, descobriu o vibrafone na adolesc�ncia. J� tocando bateria e percuss�o, foi estudar no Centro de Forma��o Art�stica e Tecnol�gica (Cefart). “Hoje ele � meu instrumento principal”, acrescenta ela, que v� um crescimento do interesse pelo vibrafone na m�sica popular.

“H� uma gera��o de percussionistas, vibrafonistas, que est�o tentando quebrar um pouco disto. O que ajudou muito o instrumento foi que ele come�ou, h� pouco, a ser fabricado no Brasil. Ent�o, voc� j� v� mais a presen�a dele em conservat�rios, universidades, pois ficou mais acess�vel.”

Veterano do BDMG Instrumental, pois chegou � sua nona edi��o neste ano, Felipe Continentino, de 30, � tamb�m um colecionador de pr�mios. Antes deste domingo, havia sido eleito tr�s outras vezes como melhor instrumentista. Acompanhando anualmente outros m�sicos no festival, nunca havia participado como compositor. Admite que foi convencido pelos amigos para participar – iria tocar na banda de outro semifinalista, o pianista Gustavo Figueiredo, e s� se inscreveu a dois dias do encerramento do prazo do edital.

Virtuose da bateria que transita entre v�rios g�neros – jazz, rock, pop –, Continentino admite que a premia��o vai estimular seu lado compositor. Lan�ou um �lbum com seu nome em 2012 e outro, exclusivamente eletr�nico, em 2017 – o projeto paralelo, que saiu com o nome “Plipp”, foi lan�ado em formato f�sico somente no Jap�o.

“A composi��o n�o � um processo simples para mim. Eu toco um pouco de piano e viol�o. ‘Perseverance’, que toquei no pr�mio, foi uma m�sica que compus ao piano em 2014. Fiquei muito tempo maturando at� mostr�-las para os amigos”, conta Continentino. Para ele, levar o pr�mio principal do evento n�o � s� um reconhecimento, como tamb�m a possibilidade de mostrar que h� “uma gera��o de bateristas compositores surgindo”.

Ainda que o sobrenome Continentino seja sin�nimo de grandes m�sicos vindos de Minas, Felipe � primo distante do trio de irm�os – o pianista Kiko, o saxofonista e flautista Jorge e o baixista Alberto –, que s� conheceu quando adulto. Sua refer�ncia vem dos pr�prios pais, que n�o s�o m�sicos. E a bateria vem desde garoto, quando batucava tudo o que via pela frente.

Duo Foz, Felipe Continentino, 

Felipe Jos� e Pedro Gomes

Felipe Continentino e Matheus Barbosa

“Dr�o” (Gilberto Gil), pelo Duo Foz