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'Chucky' origina s�rie com trama que destaca a sexualidade

Produ��o da Star+ em 10 epis�dios traz para os dias atuais a saga do brinquedo assassino e seu dono, um garoto gay v�tima de bullying


05/11/2021 04:00 - atualizado 05/11/2021 07:16

Mulher tenta pegar o boneco Chucky dos braços do adolescente que é seu dono, num palco, em frente a um microfone
Ao levar Chucky para a escola, seu dono ter� s�rios problemas (foto: STAR/DIVULGA��O)

Dois amigos conversam no quarto. O mais velho revela que tem um filho de g�nero fluido. O mais novo pergunta se n�o tem problema, ao que ele responde: “N�o sou um monstro, Jake”. A ironia da resposta � que o interlocutor mais velho � ningu�m menos que Chucky, o brinquedo assassino, aquele que mata qualquer um h� mais de 30 anos.

Depois de oito filmes, a franquia “Brinquedo assassino”, criada em 1988, ganhou uma s�rie. Lan�ada pelo Star+, “Chucky”, em 10 epis�dios, traz a hist�ria para os dias atuais. O di�logo descrito acima est� no segundo epis�dio, exibido nesta semana – a plataforma lan�a novos cap�tulos a cada quarta-feira.

Para tornar relevante uma narrativa de terror trash numa �poca de tantos revivals do g�nero – “Eu sei o que voc�s fizeram no ano passado”, dos anos 1990, acabou de virar s�rie, por exemplo  – a trama traz discuss�es caras ao p�blico jovem: a sexualidade e o bullying.

VOZ 

Criador do filme, o roteirista, produtor e diretor Don Mancini � tamb�m o criador da s�rie (ele inclusive dirigiu o primeiro epis�dio). A trama mant�m seu elo com o passado, trazendo pequenas sequ�ncias do serial killer Charles Lee Ray (que mais tarde encarnou no boneco) na inf�ncia, na d�cada de 1960. A voz de Chucky � feita por Brad Dourif, o dublador dos filmes originais.

Em uma pequena cidade dos Estados Unidos, Jake Wheeler (Zackary Arthur, que teria um desempenho melhor se n�o fosse t�o careteiro) � um garoto de 14 anos cheio de problemas. Vive sozinho com o pai beberr�o e agressivo, desde a morte da m�e, uma artista, sua principal refer�ncia. Gay e sem amigos, j� que os colegas o acham estranho, tem como companhias as esculturas que cria em seu quarto, a partir de bonecas.

� em busca de uma cabe�a para a sua maior escultura que ele compra, numa feira de usados, um boneco Cool Guy (a marca original do Chucky). Leva-o para a casa e sua vida nunca mais ser� a mesma, j� que Chucky vai deixar um rastro de mortes na cidadezinha, envolvendo Jake nos casos.

A premissa de Chucky � ser fiel ao seu dono at� o fim. E � o que ele faz com Jake, assim que se revela para o garoto. Em casa, o menino sofre com o pai, que n�o admite ter um filho gay. Na escola, a sua sexualidade � menos uma quest�o do que as manias de bonecas do garoto, que acaba indo para as aulas com Chucky – e isso, claro, n�o vai se revelar nada bom, como uma sequ�ncia em que os alunos t�m que dissecar um sapo.
 
 

HIPOCRISIA 

A narrativa tem in�cio �s v�speras do Halloween, e quem narra � Devon Evans (Bjorgvin Arnarson), um garoto gay que tem um podcast e � o interesse rom�ntico de Jake. Como toda produ��o jovem americana, n�o faltam os estere�tipos, como a loirinha popular que se finge de boazinha, mas pisa em Jake. Chucky vai fazer justi�a com as pr�prias m�os – seja matando aqueles que est�o no caminho dele e de seu dono, seja expondo publicamente as hipocrisias dos moradores da cidade.

Bem-humorada, com muitas refer�ncias pop e ao passado do personagem, “Chucky” n�o se recusa a fugir do trash de sua origem. As cenas s�o bem exageradas, e o protagonista assassino aparece onde menos se espera – n�o tenha a expectativa de muita continuidade. Mas tamb�m estamos falando de uma hist�ria de um boneco assassino, ent�o vale tudo, certo?

“CHUCKY”

S�rie em 10 epis�dios no Star . Os dois primeiros est�o no ar – lan�amentos semanais, sempre �s quartas


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