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Estado de Minas M�SICA

Novos e antigos chor�es se apresentam nas feiras livres de Belo Horizonte

Neste domingo (9/1), o grupo Regional da Serra recebe convidados entre as barracas montadas na Rua Itapagipe, no bairro Conc�rdia. Projeto vai at� fevereiro


09/01/2022 04:00 - atualizado 08/01/2022 02:49

Músicos do Regional da Serra tocam chorinho em local com geladeira vermelha, mesa e bancos de madeira, com antiga televisão na estante
M�sicos do Regional da Serra querem levar cultura para fora da regi�o Centro-sul de BH (foto: Lina Mint/divulga��o)

A partir dos anos 2000, o cen�rio do chorinho em Belo Horizonte cresceu de forma not�vel, tanto na informalidade das rodas formadas nos bares quanto nos palcos e est�dios de grava��o. Por�m, assim como todas as outras express�es culturais, essa tamb�m foi interrompida pela pandemia. Com o intuito de retomar o movimento que vinha ocorrendo, o grupo Regional da Serra, formado em 2015, d� in�cio, neste domingo (9/1), ao projeto “A pra�a do choro � nossa”.

ENCONTROS MARCADOS

Ser�o realizados cinco encontros. Hoje, o Regional da Serra recebe os convidados Z� Carlos (cavaquinho) e Marcela Nunes (flauta), �s 10h30, na feira da Rua Itapagipe, no bairro Conc�rdia.

As outras rodas ocorrer�o na pra�a do Cristo, no bairro Milion�rios, em 22 de janeiro, tendo como convidados Ausier Vinicius (cavaquinho) e Rubens do Pandeiro; na feira de Venda Nova, em 23 de janeiro, com Claudia Sampaio (saxofone) e Ronaldo Pereira (pandeiro); na feira do Alto dos Pinheiros, no dia 30, com Fred Lazarini (pandeiro e voz) e Geraldo Magela (viol�o 7 cordas); e no Baticum Tendinha Cultural, no Conc�rdia, em 5 de fevereiro, com a participa��o especial do grupo paulistano Regional Imperial, al�m dos m�sicos das rodas anteriores.

Respons�vel pelo viol�o sete cordas do Regional da Serra, Daniel Toledo observa que o grupo, representante de uma nova gera��o do choro em Belo Horizonte, pretende, com esse projeto, trazer para perto de si nomes da velha guarda do g�nero.

“Queremos promover essa aproxima��o e retomar o di�logo que sempre houve. Tamb�m pensamos na descentraliza��o da cena, levando a roda para lugares diferentes, onde as pessoas talvez n�o tenham tanto acesso (a eventos culturais)”, diz.

A cereja do bolo � a vinda do Regional Imperial a BH. Formado em 2020, o grupo se tornou refer�ncia nacional do choro.

Daniel Toledo explica que a escolha dos convidados se orientou pelo desejo de contar com a presen�a de veteranos, como Z� Carlos, ou de artistas que, mesmo n�o sendo da velha guarda, desfrutam de renome e prest�gio na cidade, como Marcela Nunes.

“S�o pessoas conhecidas. Ao longo dos �ltimos anos, elas v�m fazendo o choro acontecer e movimentam a cena”, aponta.

Quando o assunto � velha guarda, o grupo reverencia a mem�ria do violonista Mozart Secundino, �cone do chorinho na cidade e um dos fundadores do Clube do Choro de Belo Horizonte, falecido em 2015, aos 92 anos.

“Seu Mozart � influ�ncia incontest�vel para todo mundo que toca choro na capital. Principalmente para quem passou pelo Bar do Salom�o”, afirma Daniel Nogueira, pandeirista do Regional da Serra.

Al�m do Bar do Salom�o, ber�o do grupo, ele destaca outros espa�os que contribu�ram para a solidifica��o da cena, como Pedacinho do C�u, Cartola Bar, Mercearia do Lili e Bar do Bol�o.

Toledo diz que, al�m do desejo de priorizar a descentraliza��o cultural, o grupo focou nas feiras livres porque l� ocorre naturalmente a circula��o de pessoas n�o necessariamente diletantes do choro, mas que podem ser cativadas por ele.

“Come�amos a pesquisar e vimos que alguns bairros t�m feiras bem legais. � uma quest�o de levar a m�sica para o espa�o aberto e pegar a pessoa que est� passando ali, sem compromisso. Pode acabar funcionando como est�mulo para os feirantes”, comenta.

RENOVA��O DE LINGUAGEM

Pedro Alvarez, flautista do Regional da Serra, observa que a renova��o do choro, do ponto de vista musical, se d� naturalmente pela transfer�ncia de conhecimento entre gera��es.

“� um g�nero antigo por defini��o, mas segue revisitado por m�sicos e ouvintes ao longo tempo. A passagem de gera��o, por si s�, renova a linguagem. Quem chega estuda, se inspira nos grandes mestres, aprende com a velha guarda e desenvolve uma identidade at� buscar o caminho autoral”, afirma o flautista.


“A PRA�A DO CHORO � NOSSA”

Neste domingo (9/1), a partir das 10h30. Com Regional da Serra e os convidados Z� Carlos (cavaquinho) e Marcela Nunes (flauta). Feira da Rua Itapagipe, n�meros 882 a 936, no bairro Conc�rdia. Entrada franca


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