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Estado de Minas CINEMA

Megamutir�o de 2 mil produtores vai lan�ar o filme 'La uruguaya' em mar�o

Produ��o da Argentina e Uruguai foi viabilizada com venda de 6 mil t�tulos no valor de US$ 100. Investidores puderam dar palpite em tudo e atuar como figurantes


19/01/2022 04:00 - atualizado 19/01/2022 02:35

Numa praça de Montevidéu, atores Fiorella Bottaioli e Sebastián Arzeno gravam cena do filme 'Las uruguayas'
Atores Fiorella Bottaioli e Sebasti�n Arzeno gravam cena em Montevid�u, capital do Uruguai (foto: Pablo Porciuncula/AFP)

“Sabia que seria divertido, mas n�o achava que seria t�o divertido”, diz o escritor argentino Hern�n Casciari sobre o novo sistema de produ��o que idealizou para “La uruguaya”, filme financiado por quase 2 mil “s�cios”, que tamb�m participam do processo criativo da fita, uma forma revolucion�ria de se fazer cinema.

Os chamados “s�cios-produtores”, que ao todo s�o 1.963, investiram entre US$ 100 e US$ 20 mil no longa-metragem, adapta��o do livro “La uruguaya” (2016), de Pedro Mairal.
 

DIVIDENDOS E AT� FIGURA��O

O projeto pode render dividendos aos “acionistas”, mas, sobretudo, lhes d� a oportunidade de participar das decis�es que envolvem aspectos do filme, como roteiro, sele��o de elenco e comercializa��o. Eles tamb�m t�m o direito de atuar como figurantes.

O resultado � o projeto cinematogr�fico argentino-uruguaio que leva o crowdfunding a um n�vel jamais visto antes.

Quando Casciari leu o romance, meses antes de o livro se tornar best-seller traduzido para v�rios idiomas, n�o hesitou em comprar os direitos para levar “La uruguaya” � telona, mediante sistema colaborativo que j� tinha em mente h� anos.

Para conseguir financiamento, colocou � venda 6 mil t�tulos de US$ 100 sob a condi��o de que ningu�m poderia comprar mais de 200. Em troca, todo o lucro obtido pelo longa ser� distribu�do proporcionalmente entre os “s�cios-produtores”.

“Em dois meses, conseguimos arrecadar os US$ 600 mil necess�rios para come�ar a filmar, sem solicitar subs�dios, patrocinadores ou pautas publicit�rias, conta Joaqu�n Marqu�s, um dos coprodutores do filme.

Cineasta Ana García Blaya usa máscara enquanto grava o filme La uruguaya
Diretora Ana Garc�a Blaya diz que 'La uruguaya' � 'experimento interessante' para o setor audiovisual (foto: Pablo Porciuncula/AFP)

ATORES ESCOLHIDOS POR APP

Para tomar as decis�es que envolvem o projeto, s�cios-produtores votam por meio de um aplicativo. Exemplo disso foi a escolha de quem encarnaria o casal protagonista, os atores Sebasti�n Arzeno e Fiorella Bottaioli.

A diretora do filme, Ana Garc�a Blaya, tamb�m autora de “Las buenas intenciones” (2019), disse que o projeto lhe pareceu um experimento interessante.

“N�o acreditei que seria ser assim, pensei que teria mais travas”, revelou a cineasta, referindo-se � quantidade de pessoas envolvidas.

"Em dois meses, conseguimos arrecadar os US$ 600 mil necess�rios para come�ar a filmar, sem solicitar subs�dios, patrocinadores ou pautas publicit�rias"

Joaqu�n Marqu�s, coprodutor de "La uruguaya"



Como a transpar�ncia � parte vital do processo, a cada semana � publicado um epis�dio do podcast “La uruguaya”, que apresenta as novidades sobre a produ��o do filme, cujo lan�amento est� previsto para mar�o deste ano.

Al�m de “La uruguaya”, Casciari e o s�cio Christian Basilis j� planejaram o segundo projeto audiovisual sob a mesma modalidade: uma s�rie de seis cap�tulos, cujo processo de financiamento mediante a venda de t�tulos come�ou h� um m�s e meio.

“Creio que vamos a superar o milh�o de d�lares”, prev� Hern�n Casciari. 


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