�lbum de remixes de Arnaldo Baptista chega com 16 faixas

“To burn or not to burn”, terceira faixa de “Let it bed” (2004), mais recente �lbum de est�dio de Arnaldo Baptista, � tamb�m uma das poucas com voca��o para pista. O disco, fruto de um esfor�o que uniu o fundador dos Mutantes, ao longo de tr�s anos, a John Ulhoa e Rubinho Troll, que assinaram a produ��o, renasce agora em outro contexto.

Quinze produtores da cena paulistana fizeram remixes para a m�sica com basicamente tr�s versos – “To burn or not to burn?/What it the question?/What?” – a maneira de Arnaldo reler Shakespeare. Boa parte das faixas havia sido produzida ao longo da �ltima d�cada. O material, agora compilado em um �lbum lan�ado pelo selo D-Edge, conta com novos remixes, assinados por Tata Ogan, DJ Mari Rossi, Galiza e Renato Ratier. Ao todo, o lan�amento re�ne 16 faixas, j� que � a faixa original que abre o disco.

“Acredita que n�o consigo resolver qual o melhor? J� tentei, mas n�o consegui. Acho uma maravilha, e espero que as pessoas que v�o entrar em contato com a minha m�sica atrav�s dos remixes tenham consci�ncia de quanto � profunda. E como � remix, voc� j� fica pronto para a a��o. Pode fazer o pula-pula, melhorar o f�sico. Agora, com o carnaval, vai dar ainda mais for�a”, comenta Arnaldo, de 73 anos.

“Se o pr�prio Arnaldo amou os remixes, por que o p�blico que realmente acompanha e compreende seu esp�rito de revolu��o n�o se abriria a novas perspectivas?”, comenta Marco Andreol, que assinou a curadoria do projeto. Cada convidado, diz ele, teve liberdade total para fazer o que “bem entendesse” da faixa.

“Me preocupei em abranger v�rios subg�neros da eletr�nica. A sele��o re�ne alguns dos principais nomes do underground atual. Tem gente talentos�ssima que dificilmente alcan�a espa�o em grandes meios de comunica��o. Isto tamb�m foi um fator determinante para a sele��o”, acrescenta Andreol.

Os remixes percorrem diferentes caminhos e �pocas: tem aqueles de refer�ncia techno e house (nos assinados por Magal e Poletto); dub (Flu e Thomash); e disco (Zopelar e Andreol & Patriarca). H� tamb�m o experimentalismo do duo Tetine (o mineiro Bruno Verner e a paulista Eliete Mejorado), radicado em Londres h� 20 anos.

Arnaldo passou boa parte da pandemia em seu s�tio em Juiz de Fora. Desde que entrou para o circuito das artes visuais, h� pouco mais de uma d�cada, participou de exposi��es coletivas e individuais. Dedica-se hoje tanto � m�sica quanto �s artes. “Eu sonho, ent�o vem um assunto na minha cabe�a e eu fa�o um quadro a respeito. O sonho n�o pode esperar. E tamb�m estou compondo e fazendo letras de m�sicas.”

De volta a seu apartamento na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, onde vive com a mulher, Lucinha Barbosa, Arnaldo se divide entre as telas, o teclado e o viol�o. “Vou levando a vida assim. Fora isto, todo dia fa�o cooper. A Lucinha tem um sonho de ter uma casa no Mangabeiras. Ent�o. a gente acorda e j� saio andando”, finaliza.

.�lbum de remixes de Arnaldo Baptista

.16 faixas

.D-Edge Records

.Dispon�vel nas plataformas digitais

 

 

 

 

 

 

 

 

O site do artista (arnaldodiasbaptista.com.br) ganhou neste m�s uma nova se��o. Uma galeria virtual promove uma visita pelas seis exposi��es que Arnaldo realizou a partir de 2010. Al�m dos trabalhos, ainda re�ne os textos produzidos pelos respectivos curadores para as mostras.

O projeto foi criado (e presenteado ao artista) pela designer Ana Clara Piet e pelo diretor-criativo Ray Virmond. Traz tamb�m um espa�o para comercializa��o. Re�ne obras produzidas por Arnaldo durante a pandemia. Todas s�o em papel�o paran�, medem 32cm X 40cm. S�o duas faixas de pre�os: R$ 2,6 mil e R$ 3,4 mil.

J� a marca Wild People est� comercializando uma s�rie de produtos (camisetas, canecas, ecobags, vestidos e p�steres) criados a partir da trajet�ria do artista. Acesso: wildpeople.com.br/arnaldo-baptista. (MP)