(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas AUDIOVISUAL

Festival � Tudo Verdade exibe programa��o gratuita em plataforma digital

Edi��o 2022 da mostra dedicada a document�rios vai at� 10 de abril e tem sele��o de estreias nacionais e importantes t�tulos internacionais in�ditos no pa�s


02/04/2022 04:00 - atualizado 02/04/2022 08:02

em casebre de madeira, mulher segura bebê na janela e estende o braço na direção de agente de saúde vestido de branco e usando máscara; outro bebê circula pela casa
'Quando falta o ar', das irm�s Ana e Helena Petta, que documenta a realidade de m�dicos brasileiros durante a crise sanit�ria de 2020, estreia domingo (3/4) na programa��o (foto: Tarso Sarraf/Divulga��o)
 
Ap�s dois anos de edi��es exclusivamente virtuais, em decorr�ncia das restri��es impostas pela pandemia, o festival de document�rios � Tudo Verdade retorna �s salas de cinema em sua 27ª edi��o, que vai at� 10 de abril pr�ximo. Por�m, paralelamente �s exibi��es presenciais agendadas em S�o Paulo e no Rio de Janeiro, a mostra n�o abandona por completo o ambiente on-line e assume o formato h�brido.

"Mesmo sendo um retorno apenas parcial, fundamentalmente para as pr�-estreias brasileiras, � uma volta para casa. Festivais pertencem �s salas de cinema, sem desmerecimento para a��es paralelas complementares na esfera digital", afirma o jornalista Amir Labaki, diretor e fundador do festival.

Neste ano, ser�o exibidas 77 produ��es, entre longas, m�dias e curtas, de 34 pa�ses, todas in�ditas no Brasil. Al�m disso, o evento ter� debates, confer�ncias, masterclasses, entre outras atividades. Toda a programa��o, que come�ou na �ltima quinta-feira (31/3), � gratuita e pode ser acompanhada pela plataformas � Tudo Verdade Play, Ita� Cultural Play e Sesc Digital.

Segundo Labaki, estar nesses ambientes virtuais significa "a amplia��o do p�blico, simultaneamente atendido em todo o territ�rio nacional". Ele concorda que n�o � poss�vel recriar toda a experi�ncia de festival de cinema em casa e sugere ao p�blico "mimetizar ao m�ximo o ritual de uma sess�o em cinema: sala escura, foco cerrado, nenhuma interrup��o". 

DEBATE 

A mostra competitiva de longas nacionais re�ne sete produ��es que ser�o exibidas presencialmente e na plataforma � Tudo Verdade Play, no mesmo dia da sess�o em cinemas, �s 21h, com reprise no dia seguinte, �s 13h. Depois de cada exibi��o, as equipes dos filmes participam de um debate, �s 15h, transmitido pelo canal do � Tudo Verdade no YouTube.

Neste s�bado (2/4), por exemplo, ocorre a exibi��o do filme "Sinfonia de um homem comum" (2022), de Jos� Joffily, �s 20h, nas salas do Rio e de S�o Paulo. �s 21h, o filme entra em cartaz no � Tudo Verdade Play, com reprise no domingo (3/4), �s 13h. �s 15h, a equipe do filme participa do debate no YouTube.

Na noite de domingo (3/4), � a vez do longa "Quando falta o ar" (2021), de Ana Petta e Helena Petta, exibido neste mesmo formato: presencialmente, �s 20h, e virtualmente, �s 21h, com reprise na segunda (4/4), �s 13h, seguido de debate com a equipe, �s 15h.

Entre os destaques da mostra competitiva de longas brasileiros est�o "Belchior – Apenas um cora��o selvagem" (2022), de Camilo Cavalcanti e Nat�lia Dias, sobre o poeta, cantor e compositor cearense, que ser� exibido em 7 de abril pr�ximo; e "Pele" (2021), de Marcos Pimentel, que mostra grafites, picha��es, s�mbolos indecifr�veis, palavras de ordem e declara��es de amor em paredes de centros urbanos, com exibi��o programada para a pr�xima segunda (4/4).

Completam a mostra os filmes "Adeus, capit�o" (2022), de Vincent Carelli e Tita; "Eneida" (2021), de Heloisa Passos; e "Rubens Gerchman: O rei do mau gosto" (2022), de Pedro Rossi. 

de calça cinza e camisa listrada, Belchior posa para foto encostado em muro com as frases sonhar eternamente, sonha é ter na mente
'Belchior: Apenas um cora��o selvagem', cinebiografia do cantor cearense assinada por Camilo Cavalcanti e Nat�lia Dias, est� na competitiva de longas brasileiros (foto: Divulga��o )

COMPETI��O 

J� a mostra competitiva de longas e m�dias metragens internacionais � composta por 12 t�tulos que tamb�m ser�o disponibilizados por meio da plataforma � Tudo Verdade Play. Entre os destaques est�o o brit�nico "Assassinos sem puni��o" (2021), de David Nicholas Wilkinson, e o canadense "Batata" (2021), de Noura Kevorkian.

Na abertura, o festival exibiu dois filmes do diretor brit�nico Mark Cousins, conhecido pela s�rie documental "A hist�ria do cinema: Uma odisseia". Em S�o Paulo, na quinta (31/3), a sess�o inaugural foi com o filme "A hist�ria do olhar" (2021), que ficou dispon�vel virtualmente por 24 horas. J� no Rio, a sess�o de estreia foi na sexta (1º/4), com o longa "A hist�ria do cinema: Uma nova gera��o", que segue em cartaz na � Tudo Verdade Play at� as 20h deste s�bado (2/4).

"Acho que [os dois filmes de Mark Cousins exibidos no festival] formam um d�ptico que nos convida a uma pausa reflexiva sobre como e o que vemos, sobre como e o que vimos nos primeiros 20 anos deste s�culo, sobre como e o que veremos no mundo p�s-pand�mico", comenta Amir Labaki. "Era uma combina��o irresist�vel para as primeiras aberturas presenciais em dois anos."

Al�m das exibi��es competitivas, o festival realiza uma s�rie de mostras paralelas, como a Cl�ssicos � Tudo Verdade, com t�tulos de consagrados cineastas, como o polon�s Dziga Vertov (1896-1954), o estadunidense Orson Welles (1915-1985) e o brasileiro Eduardo Escorel. 

HOMENAGEM 

A personalidade de cinema homenageada nesta 27ª edi��o � a paulistana Ana Carolina. Fazem parte da programa��o dedicada � cineasta os curtas "Lavra dor" (1968) – com roteiro dela e dire��o de Paulo Rufino –, "Ind�stria" (1969) e "Anatomia do espectador" (1979), al�m do longa "Get�lio Vargas" (1974).

Na pr�xima ter�a (5/4), �s 11h, no YouTube, Ana Carolina participa de um debate sobre sua carreira, com participa��o de Paulo Rufino e media��o de Orlando Margarido.

A programa��o inclui ainda a 19ª Confer�ncia Internacional do Document�rio, que ir� discutir o patrim�nio do cinema documental. Ao todo, ser�o quatro debates exibidos virtualmente, realizados em 6 e 7 de abril, contemplando temas como os 80 anos da filmagem no Brasil do t�tulo inacabado de Orson Welles "It's all true", e os 40 anos das grava��es de "Chico Ant�nio, o her�i com car�ter" (1983).

Para encerrar o festival est� programada uma sess�o, em 10 de abril, do filme "O territ�rio", (2022), do estadunidense Alex Prix, coproduzido entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos. Premiado no Festival de Sundance, o filme acompanha um jovem l�der ind�gena brasileiro que luta contra fazendeiros que ocupam uma �rea protegida da floresta amaz�nica.

Ao todo, a curadoria do festival assistiu a cerca de 2 mil produ��es do mundo inteiro para selecionar aqueles que fariam parte da programa��o. Para Amir Labaki, h� uma heterogenia e ecletismo entre os filmes que fazem parte do � Tudo Verdade deste ano.

vestido de preto e com tatuagens na pele, homem abre os braços e recosta a cabeça em poltronas vermelhas de uma sala de cinema vazia
'Sinfonia de um homem comum', de Jos� Joffily, estreia neste s�bado (2/4), �s 20h, em salas de S�o Paulo e do Rio, e �s 21h no ambiente digital. Amanh� (3/4), haver� reprise e debate (foto: Divulga��o )

CRISE 

Segundo ele, entre os temas abordados pelos filmes em exibi��o est� "a crise da democracia, a emerg�ncia clim�tica planet�ria e a luta por uma maior representa��o de negros, mulheres e da comunidade LGBTQ+".

Assim como em edi��es anteriores, o � Tudo Verdade reflete quest�es que est�o nos notici�rios, como por exemplo a guerra entre R�ssia e Ucr�nia. O filme "Navalny" (2022), do canadense Daniel Roher, mostra como um dos l�deres da oposi��o russa ao regime de Vladimir Putin sobreviveu a uma tentativa de assasinato por envenenamento em 2020.

J� o curta-metragem alem�o "Manual" (2021), de Pavel Mozhar, aborda os numerosos protestos marcados pela brutalidade policial que irromperam na Bielorr�ssia ap�s as �ltimas elei��es presidenciais.

Entre os brasileiros, o curta "A ordem reina" (2022), de Fernanda Pessoa, trata de experi�ncias revolucion�rias do s�culo 20 pelas quais sete pa�ses diferentes passaram e � narrada por uma voz feminina que recita o �ltimo texto da fil�sofa polonesa Rosa Luxemburgo (1871-1919).

Diante de uma programa��o t�o diversa, Amir Labaki afirma que n�o acredita que o document�rio tenha uma fun��o definida e generalista no mundo de hoje. "O document�rio deve ser aquilo que seu realizador ou sua realizadora desejar que ele seja. N�o deve haver cartilha, escaninho ou miss�o para a arte", ele pontua. 
 

27º � TUDO VERDADE – FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENT�RIOS

At� 10 de abril. Os filmes podem ser vistos gratuitamente por meio das plataformas � Tudo Verdade Play (etudoverdade.com.br), Ita� Cultural (itauculturalplay.com.br) e Sesc Digital (http://etudoverdade.com.br/br/pag/sesc). Programa��o completa e mais informa��es no site do festival.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)