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Estado de Minas M�sica

Caetano Veloso estreia turn� nacional do �lbum 'Meu coco' com show em BH

Cantor e compositor entregou a seus f�s no Pal�cio das Artes um roteiro que contemplou praticamente toda a sua carreira, incluindo as can��es do novo disco


02/04/2022 00:36 - atualizado 04/04/2022 16:04

De roupa branca, Caetano Veloso subiu ao palco do Palácio das Artes acompanhado de uma banda formada por seis integrantes
Caetano Veloso se apresentou no Pal�cio das Artes na noite desta sexta-feira (1/4), com o show de lan�amento do disco "Meu coco" (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - Brasil)


Ao longo da apresenta��o que marca o lan�amento da turn� nacional de "Meu coco", mais recente trabalho de Caetano Veloso, na noite desta sexta-feira (1/4), no Pal�cio das Artes, o cantor e compositor se desculpou v�rias vezes, dizendo que estava "meio atrapalhado", por se tratar de uma estreia. Mas se houve por parte dele alguma tens�o, para o p�blico o show foi pura celebra��o, pelo reencontro presencial com uma das mais importantes vozes da MPB.

Durante quase duas horas, um Caetano cheio de vitalidade e esbanjando simpatia, desfilou um repert�rio que abarcou praticamente toda sua carreira. Vestindo cal�a, camisa e terno - do qual logo se livrou - brancos, ele abriu os trabalhos tocando "Avarandado", que emendou com a faixa-t�tulo do novo �lbum. Amparado por uma banda afiada, com forte acento percussivo, resgatou p�rolas do passado que h� muito n�o frequentam os roteiros de suas apresenta��es, como "Muito rom�ntico" e "Ara�� Azul".

Tamb�m jogou para a torcida ao incluir temas bastante populares, para cantar junto, como "O le�ozinho", "Sampa", "Baby" e "Menino do rio". Costurando o desfile de cl�ssicos de sua lavra, pontuaram algumas m�sicas de "Meu coco", como a faixa-t�tulo, "Anjos tronchos", "Sem samba n�o d�" e "Noite de cristal", a �ltima das tr�s programadas para o bis.

A primeira intera��o do cantor com a plateia s� veio depois da s�tima m�sica do roteiro, "You don't know me", cujos versos "Eu agrade�o / ao povo brasileiro / Norte, Centro, Sul inteiro / onde reinou o bai�o" incitaram o p�blico a soltar o - previs�vel, considerando o espectro de sua audi�ncia - coro de "fora Bolsonaro genocida", ao que Caetano respondeu com um enf�tico "sem sombra de d�vidas". Em seguida, ele comentou sobre o car�ter autobiogr�fico que algumas pessoas pr�ximas imputaram ao roteiro musical do show "Meu coco".

Show hist�rico

O baiano relativizou esse tra�o, disse que n�o era propriamente autobiogr�fico, mas assentiu que, sim, trata-se de um show hist�rico, tanto pelo momento "quase-p�s-pand�mico", de reencontro olho no olho com seus f�s, quanto pelo fato de estar completando oito d�cadas de vida este ano.


Confira um trecho do show:



Como de praxe em suas apresenta��es, reservou intervalos entre algumas can��es para revisitar sua trajet�ria, falando, por exemplo, de m�sicos e forma��es que o acompanharam - como A Outra Banda da Lua, a Banda Nova, Jaques Morelembaum e, mais recentemente, a banda C�. Antes da execu��o de "Trilhos urbanos", logo ap�s "You don't know me", disse que esta sim, tinha uma letra autobiogr�fica e documental, com uma mirada sobre sua inf�ncia.

Mais descontra�do a partir da metade da apresenta��o, falou do R retroflexo presente na m�sica "A outra banda da Terra", executou "Ara�� azul" s� ao viol�o, contou com um coro afinado da plateia em "Caju�na", soltou as cadeiras em "Reconvexo" - quando voltou a se levantar ap�s apresentar alguns n�meros sentado - e falou da import�ncia de Augusto de Campos em sua forma��o, quando tocou "Pulsar".

Bem acompanhado

Depois de emendar "Baby" e "Menino do Rio", ressaltou o quanto era bom estar de volta a Belo Horizonte e apresentou a banda que o acompanha, come�ando pelos art�fices do show, Pretinho da Serrinha, � frente do potente naipe percussivo, e Lucas Nunes, que cumpriu um regime de "c�rcere privado" em sua casa durante a produ��o do disco e, no palco, se alternou entre guitarra, viol�o e teclados.

Confira um trecho do show: 

Em texto divulgado previamente, Caetano disse que procurou juntar pe�as marcantes de seu novo �lbum com obras que registram momentos hist�ricos de seu trabalho, num roteiro quase cinematogr�fico. Tamb�m destacou, tanto nesse texto quanto no palco, que o show presta uma homenagem p�stuma ao artista visual e cen�grafo H�lio Eichbauer, com quem trabalhava desde o �lbum "O estrangeiro" e que deixou pronto o esbo�o do cen�rio de "Meu coco".

Antes de se retirar do palco e voltar para o bis - para o qual guardou "Mansid�o", "Odara" e "Noite de cristal" - tocou "Lua de S�o Jorge", esp�cie de senha para que o p�blico se levantasse das cadeiras e fosse dan�ar junto ao palco. E a partir da� foram s� aplausos efusivos e a sensa��o de alma lavada, pela possibilidade do reencontro com o �dolo.


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