(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas M�SICA

Eurovision, festival da can��o europeu, chega � final neste s�bado

Em tom pol�tico, banda ucraniana de rap � a favorita para vencer a competi��o de m�sica que consagrou os italianos da M�neskin em 2021


14/05/2022 04:00 - atualizado 13/05/2022 22:02

banda ucraniana de rap Kalush Orchestra
Com a can��o 'Stefania', os rappers da Kalush Orchestra podem se sagrar campe�es. M�sica � refer�ncia � p�tria-m�e ucraniana e conquistou o p�blico em Turim (foto: EBU/CORINNE CUMMING/DIVULGA��O)

Depois do sucesso da banda italiana M�neskin, vencedora da edi��o de 2021, o Eurovision, festival europeu de m�sica, retorna para a edi��o de 2022, sediada justamente no pa�s vencedor do ano anterior. Lar do tradicional Festival de Sanremo, a It�lia recebe o Eurovision pela terceira vez, ap�s 30 anos, dessa vez em Turim, no Pala Alpitour.

O sucesso da banda italiana vencedora de 2021 foi tanto que, sem emissora oficial no Brasil, o festival deste anovem sendo transmitido ao vivo pelo YouTube. Com apresenta��o de Laura Pausini, do cantor anglo-libanes Mika, e do apresentador italiano Alessandro Cattelan, a final, neste s�bado (14/5), conta com o lan�amento do novo single do M�neskin, que se apresenta tamb�m no Rock in Rio, em setembro.

O jornalista esportivo Leonardo Bertozzi viajou par It�lia para acompanhar in loco o festival que, al�m das duas semifinais j� televisionadas, contou com apresenta��es art�sticas na Eurovillage ao longo da semana, num esp�rito que envolve toda a cidade piemontesa. Ele e a fam�lia j� acompanham h� anos o festival e a vit�ria da It�lia no ano passado foi um chamariz para acompanhar presencialmente esse ano.

Bertozzi n�o acredita, entretanto, que todo ano v� surgir um fen�meno como M�neskin, mas acha que a banda liderada por Damiano David teve papel essencial na quebra do estigma de ser um festival nichado que muitas vezes n�o incentivava os artistas a participarem.

 Kalush Orchestra
Cantora portuguesa de indie e folk, Maro, vencedora do Festival da Can��o da emissora lusitana RTP, tamb�m figura entre os favoritos com o single 'Saudade, saudade' (foto: EBU/CORINNE CUMMING/DIVULGA��O)

P�TRIA-M�E

Para a edi��o deste ano, um dos grandes favoritos � o grupo de rap ucraniano Kalush Orchestra. Para al�m da solidariedade de guerra, a m�sica “Stefania”, com a qual concorrem, composta em homenagem � m�e do l�der da banda, se tornou uma can��o de refer�ncia nacional � p�tria-m�e ucraniana e tem conquistado o p�blico em Turim e no resto do continente, de onde votam por telefone, SMS ou pelo aplicativo oficial do concurso.

"� uma proposta muito interessante... Ela acabou virando uma coisa maior. A m�e entendida como a p�tria, as suas origens, o seu pertencimento. Ela acabou extrapolando muito o significado inicial que tinha. Eles se apresentaram durante a semana na Eurovillage, que seria uma esp�cie de fan fest aqui e foi uma coisa de louco. Muita gente com bandeira da Ucr�nia. Teve o tapete vermelho na cerim�nia e eles ficaram umas tr�s, quatro horas dando entrevista para todo mundo, falando para todo mundo. Eles t�m uma proposta musical muito interessante", comenta Bertozzi.

Assim como no carnaval carioca, alguns competidores chegam favoritos ao concurso, podendo confirmar o favoritismo, ou derreter ao longo da competi��o, enquanto outros surgem como azar�es e acabam se sagrando campe�es. Al�m da Kalush Orchestra, a cantora pop irlandesa Brooke, por exemplo, chegou sem favoritismo, foi crescendo nas casas de apostas durante a semana de ensaios, mas acabou ficando de fora da final, enquanto a cantora portuguesa de indie e folk Maro, vencedora do Festival da Can��o da emissora lusitana RTP, foi chegando aos poucos e figura entre as favoritas com o single “Saudade, saudade”, ao lado das representantes de Su�cia e Holanda.

Correm por fora tamb�m o duo noruegu�s de electropop Subwoofer, com a animada "Give that wolf a banana", e, claro, os anfitri�es italianos com a m�sica "Brividi", do duo Mahmood e Blanco, vencedores do Festival de Sanremo, disputando o bicampeonato seguido para o Pa�s da Bota.

BRASILVISION

Para Bertozzi, o hype que a banda M�neskin deu ao Eurovision no Brasil n�o deve passar da presen�a do grupo no Rock in Rio e da transmiss�o do festival pelo YouTube. Ele, que � um grande f� dos festivais de m�sica que aconteciam no Brasil nas d�cadas de 1960 e 1970, acredita ser muito dif�cil a adapta��o do formato europeu a realidades nacionais como a do Brasil ou dos Estados Unidos. A emissora norte-americana NBC, por exemplo, adquiriu os direitos para a realiza��o de um American Song Contest, mas a repercuss�o n�o foi suficiente para chamar a aten��o do p�blico.

"Eu acho que o Eurovision � um festival muito peculiar, porque ele refor�a muito as identidades nacionais e por mais que ele se proponha ser um festival livre de quest�es pol�ticas, � imposs�vel que elas n�o entrem. Elas entram tanto nas manifesta��es, quanto em padr�es de vota��o”, afirma o jornalista. 'Tem um per�odo muito interessante no final dos anos 1980, come�o dos anos 1990, que foi a �ltima vit�ria da It�lia antes do ano passado com uma m�sica chamada "Insieme: 1992", que falava sobre a expectativa de ver uma Europa reunificada naquele contexto de queda do muro de Berlim. Ent�o, o festival acaba sempre espelhando o momento pol�tico e social do continente”, acrescenta.

EUROVISION 2022
Final neste s�bado (14/5), a partir das 16h (hor�rio de Bras�lia), diretamente de Pala Alpitour, em Turim, na It�lia. Transmiss�o pelo https://www.youtube.
com/c/EurovisionSongContest

* Estagi�rio sob a supervis�o da subeditora Tet� Monteiro


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)