Reitora da UFOP sobre Festival de Inverno: 'Mudar a cultura da popula��o'

Durante o lan�amento do Festival de Inverno de Ouro Preto, Mariana e Jo�o Monlevade, realizado em parceria entre as prefeituras das cidades que receber�o os eventos e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), um dos temas mais abordados foi a dificuldade financeira para realiza��o do evento, que contou com uma verba de R$ 245 mil, muito inferior a de anos como 2015, que foi de R$ 800 mil, ou de anos anteriores, em que chegou a ter uma berba dispon�vel de mais de R$ 1 milh�o.

Cl�udia Aparecida Marli�re de Lima, reitora da Universidade, explicou sobre a aus�ncia de atra��es de grande porte. Segundo ela, a organiza��o do evento busca mudar a mentalidade da popula��o, para que esta valorize tamb�m os eventos menores.

“N�o � s� porque n�o temos muito dinheiro. Temos que mudar a cultura da popula��o para que as oficinas e os semin�rios tamb�m sejam procurados.”

De acordo com a reitora, o evento esteve amea�ado pela falta de verbas. Ela citou, inclusive, o fato da coletiva de lan�amento n�o ter acontecido na primeira data estipulada, dizendo que, neste momento, o cancelamento poderia ter se estendido para o festival como um todo.

“O nosso interesse � sempre em forma��o, ent�o com a dificuldade de recursos da Universidade a gente pensou n�o s� na suspens�o, a gente pensou no cancelamento do festival. Depois de uma certa reorganiza��o interna da UfOP no sentido mais or�ament�rio, a gente viu que ter�amos condi��es de realizar o evento. Mas a princ�pio, esse cancelamento n�o era s� do lan�amento e sim do festival”.

Apesar das dificuldades encontradas, Cl�udia ressaltou que a programa��o ser� de qualidade, com a proposta de ser um festival que leva conte�do e forma��o para seus participantes.

“A programa��o que vai ser dita aqui n�o perde em qualidade, nem em quantidade, mas a gente tem trabalhado e tem pensado a cada dia mais em fortalecer essa nossa proposi��o de ser um festival formador. Ent�o, isso para n�s � muito muito importante, principalmente, pensando nos jovens, a popula��o jovem, principalmente, de Ouro Preto e regi�o. Isso para n�s � de extrema import�ncia. Ent�o, com todas essas dificuldades, n�s estamos realizando esse 53º terceiro festival. N�s ainda continuamos e acreditamos no festival.”

 

A pandemia de Covid-19 tamb�m foi tema da coletiva, visto que o evento volta a ser presencial pela primeira vez desde a chegada do v�rus. O pr�-reitor Marcos Knupp falou sobre a dificuldade de se organizar um evento deste porte tomando as medidas de seguran�a necess�rias.

“N�o foi uma tarefa simples. Foi uma tarefa altamente complexa, pois sabemos que estamos saindo dos muros da institui��o, onde n�s temos, de certa forma, um dom�nio muito maior para fazer nossos protocolos de seguran�a internamente.”

A pr�-reitora adjunta de Extens�o e Cultura, Gabriela de Lima Gomes, refor�ou a preocupa��o da organiza��o com as normas sanit�rias.

“Quanto � prote��o, todo o espa�o fechado nosso est� indicado para isso. N�s temos a obrigatoriedade do uso da m�scara, a universidade ainda n�o se desfez dessa pr�tica, em momento algum, diga-se de passagem. Nosso compromisso � com a sa�de coletiva. Os bolsistas que chegaram, todos eles receberam uma caixinha de m�scaras. M�scaras n�o v�o faltar nesse Festival de Inverno”.