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Estado de Minas ARTES C�NICAS

Pe�a sobre sabedoria feminina tem sess�o �nica hoje em BH

Solo "Senhora dos chap�us", com Renata Duarte Dutra, � baseado em livro Ciranda das mulheres s�bias", da poeta e psicanalista Clarissa Pinkola Est�s


10/07/2022 04:00

A atriz atriz Renata Duarte Dutra segura diversos chapéus com a mãe esquerda e ergue a mão direita em cena da peça 'Senhora dos chapéus'
Montagem baseada em livro da psicanalista Clarissa Pinkola Est�s e produzida durante a pandemia tem sess�o �nica hoje, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (foto: Wanderson Nascimento/Divulga��o)

Distante dos palcos de Belo Horizonte desde 2015, quando encenou a com�dia musical “Colados”, o dramaturgo e diretor Orlando Orube est� de volta � carga. Livremente inspirada no livro “Ciranda das mulheres s�bias”, da poeta e psicanalista norte-americana Clarissa Pinkola Est�s, a pe�a “Senhora dos chap�us”, que tem texto e dire��o assinados por ele, ter� �nica apresenta��o neste domingo (10/7), �s 19h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas.

Sozinha no palco, a atriz Renata Duarte Dutra d� vida a v�rias personagens que expressam o arqu�tipo da mulher s�bia. A publica��o que inspirou a pe�a faz uma rever�ncia � maturidade feminina. “Sempre trabalho com espet�culos que reverberam o grito que se tem nas ruas e, no momento, o grito que me parece mais presente � o das mulheres”, diz Orube.

Ele conta que leu “Ciranda das mulheres s�bias” e tamb�m “Mulheres que correm com lobos” – a obra mais conhecida de Clarissa – e aplicou o ponto de vista e o enfoque que ela d� ao universo feminino. “Essa sabedoria das mulheres, que tem algo de misterioso e de intuitivo, e que n�o se relaciona s� com a maturidade – est� presente nas av�s e tamb�m nas meninas –, foi o que me motivou a escrever o texto”, afirma.

Ele destaca que, a despeito de reverberar o “grito” das mulheres na atualidade, “Senhora dos chap�us” n�o espelha necessariamente a condi��o feminina na contemporaneidade. Trata-se de uma pe�a que retrata a mulher de todos os tempos, segundo o diretor e dramaturgo.

SABEDORIA 

“Acredito que n�o existe um tempo para a mulher; existe, sim, a sabedoria que vai passando de gera��o para gera��o. � algo que n�s, homens, temos dificuldade de entender, porque � uma sabedoria do sangue, do abra�o, do carinho, do afago”, diz.

Encarnando a personagem que d� t�tulo � montagem – e que � respons�vel por introduzir outras figuras femininas presentes na narrativa –, Renata Dutra considera que Orube foi muito feliz ao captar a ess�ncia do livro em que “Senhora dos chap�us” se inspira. “O que mais me chama aten��o no texto � a forma como ele atinge nosso subconsciente, nossa mem�ria coletiva, resgatando valores”, diz.

“A senhora dos chap�us, essa figura que inicia o espet�culo e vai contando hist�rias dentro de hist�rias, ela se encontra em todas as outras mulheres que vai apresentando. Gosto de dizer que, apesar de interpretar v�rias personagens, todas elas se juntam em uma mulher s�. Elas t�m dentro de si caracter�sticas que est�o presentes em nossas mais profundas ra�zes”, aponta.

A atriz diz que se identifica com as personagens que interpreta, mas, sobretudo, v� nelas as mulheres de sua fam�lia. “S�o figuras que t�m a ver com minhas mem�rias afetivas e que eu tomo como refer�ncias.” Ela, que tamb�m � produtora, educadora e m�e de g�meas, destaca que o processo de realiza��o de “Senhora dos chap�us” foi desafiador, mas tamb�m transformador.

O espet�culo, que estreou h� cerca de um ano de forma remota e tem circulado por cidades do interior do estado h� pouco mais de dois meses, foi todo feito – pensado, escrito, ensaiado – durante a pandemia. “Desde quando come�amos as apresenta��es presenciais, a recep��o tem sido fant�stica. Estou muito feliz com o resultado e acho que esse espet�culo vai ter uma vida longa”, diz Orube, confiando que v� repetir o sucesso da pe�a “Te quero como queres, me queres como podes”, que em 2010 rodou todo o Brasil.

“A estreia on-line abriu portas, fez com que a pe�a chegasse a muitos lugares, ent�o acho que agora vamos voltar a rodar muito. Pretendo fazer a tradu��o e levar para a Argentina tamb�m, talvez no in�cio do pr�ximo ano. ‘Senhora dos chap�us’ � um grito feminino que eu espero que comece a ecoar por tudo quanto � canto”, diz o diretor nascido em Mar del Plata e que passou longos anos radicado em Belo Horizonte antes de se mudar para Barroso – cidade pr�xima a Barbacena, no interior do estado.

EFEITO POSITIVO 

Renata Dutra tamb�m considera que a estreia on-line acabou surtindo um efeito positivo para a montagem. Ela diz que foi uma experi�ncia diferente, sem “a energia, a respira��o e a emo��o do p�blico”, mas que foi importante para estabelecer balizas. “A gente promoveu um bate-papo depois da transmiss�o, com pessoas de v�rias partes do pa�s. Isso serviu para amadurecer o espet�culo”, diz.

Ela comenta que, quando come�ou a circular fisicamente, “Senhora dos chap�us” j� estava com todas as arestas aparadas. “O p�blico das cidades por onde j� passamos ficou extasiado – as mulheres, principalmente, mas tamb�m os homens, que s�o levados a recordar das presen�as femininas que fizeram parte da forma��o deles”, ressalta.

“SENHORA DOS CHAP�US”
Texto de Orlando Orube, com Renata Duarte Dutra, neste domingo (10/7), �s 19h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, 31.3516-1360). Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), na bilheteria do teatro ou no site Eventim.











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