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Estado de Minas REDES SOCIAIS

Novelas no Kwai: entenda nova forma de contar hist�rias

Em menos de um minuto, os roteiros envolventes prendem o p�blico. Criador Diogo Tiba conta estrat�gia para montar v�deos


26/07/2022 16:50 - atualizado 26/07/2022 18:47

Imagens de vídeos de Tiba
Tiba tem o objetivo de fazer o dia do p�blico mais feliz com as novelas (foto: Reprodu��o Tiba Produ��es)
O Brasil � apaixonado por novelas e, com a chegada das novas plataformas de m�dia, este modo de contar hist�rias se adaptou para uma linguagem mais r�pida, din�mica e dram�tica. Em cerca de um minuto, o enredo se desenvolve e provoca emo��es no espectador. 

H� hist�rias que s�o de apenas um cap�tulo, mas existem novelas que se desenvolvem em v�rios v�deos e contam com um “resuminho” no in�cio. Este modelo vem se popularizando por conta da plataforma social Kwai, que criou a campanha TeleKwai. 
 
As mini novelas geralmente s�o patrocinadas pela plataforma, em uma tentativa de viralizar e fomentar a produ��o de novas hist�rias. Com isso, alguns criadores de conte�do s�o pagos de acordo com a quantidade de visualiza��es nos v�deos, j� que se tornaram um meio de atrair o p�blico. 



O influenciador Diogo Tiba produz as novelas para a plataforma digital e tem mais de 1,9 milh�es de seguidores e 27,7 milh�es de curtidas nos v�deos. “� algo novo para o p�blico. � bem no estilo novela mexicana, por�m os brasileiros t�m gostado muito e cada vez pedindo mais v�deos nesse formato, o que pode ser visto pela quantidade de visualiza��es e repercuss�o que estamos tendo”, contou em entrevista ao Estado de Minas

Para ele, o viral das novelas on-line vem de uma combina��o de fatores, mas principalmente o enredo intrigante e o tamanho da produ��o. O espectador assiste aos primeiros minutos, fica cativado com o v�deo e curioso para saber o final. Por ser uma produ��o r�pida, o internauta consegue chegar at� o final e n�o precisa investir muito tempo. 
https://kwai-video.com/p/0u3EYCUA
 
 
Outro ponto � a conex�o com o p�blico, que � bem forte devido �s redes sociais. Tibas conta que sempre responde aos f�s das novelas e at� mesmo sugest�es de enredos. “Tamb�m gera toda uma intera��o de coment�rios, curtidas. Quem assiste e gosta tem essa intera��o mais pr�xima, que tamb�m � um diferencial das plataformas digitais”. 

O influenciador tem a proposta de contar situa��es ou hist�rias “bizarras”. Para Diogo, esses casos pitorescos criam uma conex�o com o p�blico que possivelmente j� passou por algo parecido. 

Ele lembra que � necess�rio um planejamento para impactar o p�blico. “N�o � somente pegar a c�mera e sair gravando qualquer coisa, � necess�rio pensar e roteirizar, s�o v�rias etapas para chegar no famoso viral e criar um epis�dio”, explica. 

O primeiro passo, assim como em todas as �reas art�sticas, � ter criatividade para montar os roteiros e definir a dire��o. Apesar da produ��o final ser em um tempo curto, o processo de elabora��o � longo. “A grava��o e Confec��o de um �nico epis�dio pode levar mais de 10 horas at� que chegue ao final e eu consiga iniciar a edi��o onde � o �ltimo passo mas n�o menos importante”.

Plataformas piratas e repercuss�o 

Mas, o impacto foge da bolha do Kwai e chega em outras plataformas, como Twitter, Instagram e a concorrente, Tiktok. 

O perfil no Tiktok ‘VickFlix’, em refer�ncia � plataforma de Streaming Netflix, � um compilado de produ��es deste modelo de outros influenciadores digitais.
 
Mas este usu�rio � “pirata” e faz a reportagem dos conte�dos sem autoriza��o dos criadores. Ao mesmo tempo que divulga, tamb�m tira as visualiza��es e, consequentemente, a monetiza��o dos produtores originais. 

No Tiktok, o perfil tem mais de 590 mil seguidores e 6,2 milh�es de curtidas nas postagens. Mas, em outras redes sociais, os v�deos do VickFlix tamb�m viralizam.
 
Nessa segunda-feira (25/7), uma produ��o sobre um marido mentindo para a esposa. Os usu�rios comentaram as “camadas” e os plots twist envolventes da novela. A postagem conta com mais de 6 mil curtidas e 400 mil visualiza��es. 


Novo modelo de consumo midi�tico 

Com o avan�o da tecnologia, o modelo de consumo de produ��es audiovisuais tornou-se mais r�pido. Os jovens est�o cada vez mais ansiosos e precisam de um dinamismo na tela para n�o perder a aten��o. 

Para Luciana Damasceno, CEO do Cardume, plataforma de streaming de curtas e m�dias produ��es independentes, essas novelas t�m feito sucesso pela combina��o da narrativa mais jovem e breve sendo incorporada nas plataformas populares, onde o p�blico-alvo est� presente.
 
A atriz compreende que existe uma tend�ncia de audiovisual mais curto para atender ao aumento nas buscas da audi�ncia e pela influ�ncia da internet.

“Entendemos que existe uma tend�ncia mundial cada dia maior de consumo de conte�dos curtos. Nos �ltimos anos, grandes plataformas como a Netflix investiram na produ��o e aquisi��o de curtas internacionais. Acredito que tem a ver com a influ�ncia das redes sociais e seus formatos curtos de v�deo como stories e reels.”, disse Luciana Damasceno. 

Diogo Tiba tamb�m compartilha desta opini�o e v� que as novelas curtas s�o o futuro do entretenimento pela velocidade do mundo. “O pessoal n�o tem mais uma hora pra sentar em frente ao sof� e assistir uma novela, com grandes intervalos e vai precisar acompanhar durante meses para saber o grande final. E a�, eles preferem abrir o celular durante um pause do dia a dia e se divertir com 8 a 10 historinhas no dia, onde eles podem saber o final rapidamente”.

Para ele, � um formato inovador, mas que tem refer�ncias de filmes e novelas convencionais. “Posso dizer que � uma evolu��o do formato que est� sendo constru�do e j� vem sendo grande sucesso. Meu p�blico a cada v�deo pede continua��o do epis�dio anterior, pede alguma nova s�rie, quem assiste realmente entra na hist�ria e vai a loucura assim como n�s que estamos atuando na hist�ria”, pontua.  

'� um modo de democratizar e levar de uma forma mais leve alegria e entretenimento gratuito para quem est� do outro lado da telinha'

Diogo Tiba, produtor, criador de conte�do e ator



A produtora independente Luciana completa que acredita no potencial deste modelo compacto como maneira de consumo da s�tima arte, mas precisa de uma movimenta��o para que sejam distribu�dos de forma comercial e massiva. Apesar do estilo sempre ter existido, por conta do imediatismo nas redes sociais o estilo de v�deo tem se popularizado, e ganhando mercado comercial.

“Cada plataforma tem a sua est�tica e o p�blico pode circular por todas de forma flu�da. Por exemplo, a mesma pessoa pode curtir assistir uma webs�rie no Tiktok, uma super produ��o da Netflix � um curta teen na Cardume. Eu acredito que a identifica��o tem mais a ver com as narrativas criadas de forma apropriada para o p�blico-alvo e uma est�tica conivente com o espa�o de exibi��o”, conclui.


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