O SBT lamentou a morte de J� Soares, cuja carreira est� diretamente associada � emissora, conforme ressalta a nota de pesar divulgada pelo canal de Silvio Santos.
Veja o v�deo do �ltimo encontro entre J� Soares e Silvio Santos, no Trof�u Imprensa, em 2017:
Leia a �ntegra da nota do SBT:
“� com imenso pesar que o SBT lamenta a morte do ator, escritor, apresentador e comediante J� Soares, aos 84 anos, nesta sexta-feira, 5 de agosto, em decorr�ncia de uma pneumonia, J� estava internado desde o dia 28 de julho no Hospital S�rio Liban�s, na zona central de S�o Paulo.
Jos� Eug�nio Soares foi um carioca que veio ao mundo para, dentre outras miss�es, a nobre arte de fazer rir. Desde pequeno, tinha em seus pais – Mercedes e Orlando – uma agrad�vel companhia e grande incentivo na descoberta de sua verve art�stica.
Na d�cada de 50, ap�s estrelar in�meros filmes de com�dia, J� estreia na televis�o escrevendo os textos de programas para a TV Rio. Em S�o Paulo, � respons�vel pelos textos de humor do programa ‘Simonetti Show’, na TV Tupi.
Na d�cada de 60, transfere-se para a RecordTV, onde ganha seu primeiro programa – ‘J� Show’ – e torna-se, ao lado de Carlos Alberto de N�brega, respons�vel por um dos maiores sucessos da d�cada: ‘A Fam�lia Trapo’.
Em 1970, estreia na Globo em ‘Fa�a Humor N�o Fa�a Guerra’, e faz tamb�m ‘Globo Gente’, ‘Satiricom’, ‘O Planeta dos Homens’, at� ganhar seu humor�stico ‘Viva o Gordo’, em 1981, onde desenvolveu uma galeria de personagens que ficaram para a hist�ria do humor.
Em 1988, J� chega ao SBT para renovar as noites de segunda-feira com o sofisticado humor, agora rebatizado de ‘Veja o Gordo’, onde carregou consigo personagens de suas atra��es anteriores, e criou novos que foram sucesso na emissora, dentre eles a economista Lilia Bife Quibe no jornal Gordo Economia.
Mas foi em agosto de 1988, que uma revolu��o acontece na carreira de J�, e na hist�ria da televis�o brasileira. J� ganha de Silvio Santos a oportunidade de realizar seu sonho ao comandar um talk show que mesclasse entrevistas, m�sica e humor, inovando com vanguarda os finais de noite da TV brasileira, criando uma f�rmula inesgot�vel que at� hoje reflete-se em sucesso absoluto. Estava lan�ado ‘J� Soares Onze e Meia’.
Motivo de alfinetadas bem humoradas de J� quando o programa come�ava mais tarde, ‘J� Soares Onze e Meia’ foi ponto de encontro dos telespectadores com personalidades da hist�ria recente do Brasil, em todos os setores, de empres�rios a pessoas comuns, de artistas a desportistas, passando por integrantes da pol�tica de todo o Brasil e lan�ando talentos.
Quinteto e bord�o
Al�m dos convidados, o elenco formado pelo Quinteto Onze e Meia, os gar�ons Felipe e Alex, os c�meras Juquinha e Eddie Murphy, o contrarregra Ti�o e o maquiador Charly entravam nas tiradas bem humoradas do apresentador.
O bord�o “N�o v� pra cama sem ele” era o slogan de todo o brasileiro antes de se deitar, sendo obrigat�ria a passagem pelo SBT para saber quais eram os entrevistados da noite.
Durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994, comanda uma mesa redonda direto de Los Angeles batizada de ‘J� na Copa’, com a participa��o de ex-jogadores, celebridades e, inclusivo e antenado, convida pela primeira vez mulheres para debater a performance da sele��o.
Em 2000, J� retorna para a TV Globo, mantendo o estilo de talk show criado no SBT, em ‘Programa do J�’, permanecendo no ar at� 2016.
Paralelo a televis�o, fez sucesso nos palcos em shows de humor ao estilo “one man show”, shows tocando bong� ao lado do Quinteto Onze e Meia, na d�cada de 90, e escrevendo e dirigindo importantes espet�culos teatrais. Como escritor, lan�ou best sellers de fic��o como “O Xang� de Baker Street” e “O Homem que Matou Get�lio Vargas”.
J� fora casado com a atriz Thereza Austreg�silo, com quem teve o filho Rafael, falecido em 2014. Em 1987 casou-se com Fl�via Junqueira.
O SBT se solidariza com todo o p�blico, que tinha em J� Soares um grande amigo da televis�o, e particularmente deseja que Deus conforte seus familiares e amigos.