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Estado de Minas M�SICA

Lu�s Filipe de Lima e Pedro Miranda contam (e cantam) a hist�ria do samba

Pesquisador e cantor se apresentam na manh� deste domingo (14/11) no Museu Hist�rico Ab�lio Barreto, durante o lan�amento do livro 'Para ouvir o samba'


14/08/2022 04:00 - atualizado 13/08/2022 02:18

À meia luz, no palco, Luís Filipe de Lima toca pandeiro e Pedro Miranda canta e toca violão
Lu�s Filipe de Lima e Pedro Miranda levam para o palco a paix�o pelo samba e suas varia��es (foto: Andrea Nestrea/divulga��o)

A partir de uma proposta da Funarte-RJ, o violonista, compositor, arranjador, jornalista e produtor Lu�s Filipe de Lima fez vasta pesquisa que resultou no livro “Para ouvir o samba”. Para o lan�amento, no in�cio deste ano, ele convidou o cantor e compositor Pedro Miranda para que, juntos, montassem um show ilustrativo do conte�do da obra.

No final da manh� deste domingo (14/8), a dupla se apresenta no Museu Hist�rico Ab�lio Barreto, em Belo Horizonte, como convidada do projeto M�sica no Museu. O repert�rio vai contemplar vertentes do samba surgidas em diferentes �pocas.

Do choro ao pagode

Lu�s Filipe e Pedro Miranda v�o passear pelo samba de terreiro, samba-choro, partido-alto, samba-can��o, samba-enredo, pagode dos anos 1980, samba de breque, sambalan�o, bossa nova e samba sincopado. O repert�rio abarca Z� K�ti, Ismael Silva, Noel Rosa, Dona Ivone Lara, Silas de Oliveira, Jovelina P�rola Negra, Chico Buarque, Tom Jobim e Ary Barroso, entre outros compositores.

“Al�m de contar a hist�ria do samba, o foco do livro � explicar para o p�blico leigo as diferen�as entre os diversos estilos que o g�nero abrange, porque n�o � uma coisa s�. Voc� tem sambas que atendem a grupos sociais, faixas et�rias e aspectos regionais que s�o muito diferentes entre si. No livro, separei por estilos, sublinhando com exemplos cada um deles. O roteiro do show segue essa proposta”, informa Lu�s Filipe.

O pesquisador recorreu a 315 grava��es – 210 s�o acompanhadas de an�lises que passam pela quest�o dos arranjos, particularidades das letras e hist�rias de bastidores das grava��es.
“S�o 23 ou 24 estilos diferentes de samba retratados no livro. Na hora de transpor para o palco, tivemos de sacrificar alguns para o show n�o ficar muito longo, mas a gente mostra desde o samba maxixado da Cidade Nova – contexto em que surgiu ‘Pelo telefone’, que n�o � o primeiro samba gravado, como ficou consagrado pelo senso comum – at� composi��es atuais, que apontam novos caminhos”, destaca o pesquisador. O bairro Cidade Nova, na �rea central do Rio de Janeiro, foi celeiro de talentosos sambistas.
 
Pedro Miranda observa que a sele��o de can��es do show foi orientada pelo desejo de simplificar o trabalho da dupla. “Como, em fun��o da pandemia, n�o hav�amos tido tempo de ensaiar e nem de elaborar muita coisa, pegamos m�sicas com as quais j� t�nhamos intimidade”, diz.

Ele assente que, da forma como est� estruturado, o show tem car�ter did�tico. “A gente mostra os diferentes subg�neros e a linha evolutiva do samba, porque uma coisa deriva da outra. Ent�o, � um panorama hist�rico do g�nero, bastante abrangente”, pontua.
 Lu�s Filipe ressalva que o didatismo n�o compromete a flu�ncia da apresenta��o. “A gente vai tentando contar a hist�ria de maneira mais leve. N�o � uma aula, n�o tem tom professoral. Tem, sim, casos que a gente vai lembrando ao longo do show”, adianta. “�s vezes o p�blico faz perguntas. O dif�cil � justamente falar pouco, porque s�o muitas hist�rias muito saborosas.”

A paix�o pelo g�nero � o lastro que lhe permite transitar com propriedade por esse campo, seja como m�sico ou como pesquisador, admite Lu�s Filipe.

Atuante na cena do samba h� mais de 35 anos, ao longo desse per�odo ele acumulou bibliografia robusta, que lhe permitiu dar cursos sobre o tema a partir do in�cio da d�cada de 2000, quando ministrou o primeiro de uma s�rie no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS), a convite da ent�o diretora da institui��o, Mar�lia Trindade Barboza.

M�sico, jornalista e doutor

Essa experi�ncia serviu de motiva��o para que Lu�s Filipe se dedicasse � pesquisa e � escrita de “Para ouvir o samba”. “Tenho forma��o como m�sico, depois me formei em jornalismo, segui fazendo mestrado e doutorado em comunica��o na UFRJ. Eu me distanciei do mundo acad�mico, fiz outras coisas, fui para o teatro, mas trabalhar com samba sempre foi uma constante”, destaca.

A lista de int�rpretes e compositores com quem atuou – seja tocando junto ou produzindo – inclui Elton Medeiros, Bezerra da Silva, Dona Ivone Lara, Luiz Carlos da Vila, Nelson Sargento, Noca da Portela e Monarco, entre outros.

“Tamb�m toquei muito na noite, por mais de 20 anos. Minha asma asma vem daquele tempo em que se podia fumar nos bares e casas noturnas. Passei a produzir discos, fazer dire��o musical e arranjos. Essa bagagem vem sendo acumulada desde o final dos anos 1980”, explica.
 
Lu�s Filipe submeteu o projeto do livro ao conselho editorial da Funarte e, mediante a aprova��o, dedicou-se integralmente ao projeto por quatro meses, entre o final de 2020 e o in�cio de 2021.

“O livro foi meu companheiro durante a pandemia. O que faz a diferen�a, no meu caso, � que, al�m da pesquisa, posso dar a vis�o de dentro, do m�sico que ajuda a construir a sonoridade e do produtor que j� trabalhou em mais de 30 discos de grandes nomes do samba”, destaca.

“PARA OUVIR O SAMBA

Show de Pedro Miranda e Lu�s Filipe de Lima. Neste domingo (14/8), �s 11h30, no Museu Hist�rico Ab�lio Barreto, Av. Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim. Entrada franca. Informa��es: (31) 3222-5271.




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