
Sete meses depois da estreia no Pal�cio das Artes, Caetano Veloso trouxe novamente a Belo Horizonte a turn� de “Meu Coco”, na noite deste s�bado (29/10).
No Expominas, na v�spera do segundo turno das elei��es e na capital que virou s�mbolo da disputa voto a voto na corrida presidencial, o cantor e compositor deixou que a m�sica falasse por ele. N�o se manifestou do palco como se esperava.
Mas falou muito, sempre sobre m�sica e aqueles que fizeram e fazem parte de sua hist�ria, como A Outra Banda da Terra e a Banda Nova.
O p�blico, tamb�m como esperado, manifestou-se em bloco a favor de Luiz In�cio Lula da Silva (PT), com os adesivos pregados no peito da maioria, com coros de apoio ao candidato petista e com os gritos de “Fora Bolsonaro”.
O repert�rio foi exatamente o mesmo da temporada de abril: 25 can��es, com a banda em que a estrela � a percuss�o do trio comandado por Pretinho da Serrinha.
A sequ�ncia de “Muito rom�ntico” (“Nenhuma for�a vir� me fazer calar”), seguida pela recente “N�o vou deixar” (“Apesar de voc� dizer que acabou/Que o sonho n�o tem mais cor/Eu grito e repito: eu n�o vou”) e encerrada por “You don’t know me”, can��o de abertura do �lbum “Transa” (1972), disse muito.
Caetano falou que neste momento n�o poderia deixar de cantar uma m�sica de “Transa”. O �lbum, um dos mais importantes de sua carreira, foi gravado em Londres, no ex�lio, durante a Ditadura Militar. Em 2022, completou 50 anos.
Passeando por boa parte de sua hist�ria na turn� no ano em que chegou aos 80 de idade, Caetano Veloso interpretou algumas de suas can��es mais populares: “Sampa”, “O Le�ozinho” e “Baby” entre elas.
Mas como��o mesmo veio com a dobradinha “Caju�na” e “Reconvexo”, quando o cantor estimulou a plateia a se levantar as cadeiras para cantar “a novena de Dona Can�”.
O show acabou �s 23h, mas n�o a noite de Caetano. Terminada a apresenta��o, ele voltou para o Rio de Janeiro. Sua produ��o preferiu alugar um avi�o para retorno imediato em raz�o da vota��o deste domingo.