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Estado de Minas M�SICA

Discos da 'camale�nica' Gal Costa se confundem com a hist�ria da MPB

Cantora defendeu obras-primas do Tropicalismo, chamou a aten��o do Brasil para Luiz Melodia, teve capa proibida pela ditadura militar e flertou com a eletr�nica


09/11/2022 13:43 - atualizado 09/11/2022 15:21

Capa do álbum de Gal Costa mostra os lábios dela
Capa do LP "Fa-Tal - Gal a todo vapor", �lbum ao vivo da cantora que se tornou cl�ssico da MPB (foto: Philips/reprodu��o)
 

 

Foi por sua pr�pria voz que a cantora Gal Costa, morta nesta quarta-feira (9/11), definiu os principais movimentos de sua discografia. Sempre lembrada pelo timbre agudo, a voz de Gal ora descia � placidez bossa-novista de Jo�o Gilberto, ora explodia, num canto para fora.

 

Em 1967, a cantora come�a sua trajet�ria com o �lbum "Domingo", em parceria com Caetano Veloso. Naquele momento, os jovens artistas ainda traziam a simplicidade interpretativa da bossa nova, em can��es como "Avarandado", "Zabel�" e "Cora��o vagabundo", todas elas recuperadas em tempos mais recentes.

 

A can��o "Baby", que se tornaria um dos seus maiores sucessos, apareceu dois anos depois, no disco que levava o nome da cantora. No mesmo trabalho, ela entoava outros sucessos de compositores da Tropic�lia, como "N�o identificado", de Caetano, e "Divino maravilhoso", de Caetano e Gilberto Gil.

 

Em 1971, Gal se torna um acontecimento na cultura brasileira com o disco "Fa-Tal Gal-a todo vapor", em que a cantora mostrou toda a pot�ncia vocal, num grito contra a repress�o da ditadura militar. O �lbum nasceu de uma s�rie de apresenta��es da cantora, no Teatro Tereza Raquel, em Copacabana, no Rio de Janeiro, que seria lembrada por gera��es de artistas brasileiros.

 

"Fa-Tal"se tornou relato pungente daquele momento, com can��es que n�o sairiam mais de seus shows, como "P�rola negra", de Luiz Melodia. Naquele momento de efervesc�ncia na cultura brasileira, Gal centralizou em sua voz algumas das melhores cabe�as pensantes de sua gera��o. No repert�rio de "Fa-Tal", constavam ainda "Mal secreto", de Jards Macal� e Waly Salom�o, e "Sua estupidez", de Roberto Carlos.

 

capa do disco India, de Gal Costa, mostra a artista de calcinha de biquini com cocar de palha à frente
Capa de "�ndia" foi proibida pela censura da ditadura militar (foto: Reprodu��o)
 

Sensualidade censurada

Na mesma d�cada, s�o lan�ados "�ndia", de 1973, cuja capa sensual foi censurada pela ditadura. No disco, ouvimos, al�m da faixa-t�tulo, "Da maior import�ncia" e "Relance". No ano seguinte, "Cantar" enfileira sucessos:"Barato total", "A r�".

"�gua viva", de 1978, trouxe a rom�ntica "Folhetim", sempre lembrada pelas r�dios, e "M�e", em que o vocalize de Gal assombrava, parecendo um instrumento de sopro ou uma guitarra plangente. Os anos 1980 seriam marcados por dois discos: "Fantasia", de 1981, com "Meu bem, meu mal" e "Profana", de 1984, com a c�lebre composi��o "Vaca profana", de Caetano Veloso.

 

Gal Costa sob luz vermelha na capa do disco A pele do futuro
Gal e seus eternos cachos na capa do �lbum "A pele do futuro" (foto: Biscoito Fino/divulga��o)
Durante a carreira, Gal se metamorfoseou por diversas vezes, mudando de estilos e abrangendo todos os g�neros. Em 2011, ela ressurgiu em ambi�ncia eletr�nica, mais uma vez entoando os poemas de Caetano, em "Recanto", que ganharia registro ao vivo um ano depois. J� em 2016, Gal lan�a "Estratosf�rica", seguido por "A pele do futuro", de 2018.


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