Tadeu Schmidt diz que p�blico n�o quer ver pol�tica no 'BBB'
Apresentador do reality global pelo segundo ano consecutivo, o jornalista e ex-apresentador do "Fant�stico" conta como tem lidado com a mudan�a na carreira
Ex-apresentador do "Fant�stico", Tadeu Schmidt substituiu Tiago Leifert no "Big brother Brasil"
Paulo Belote/Divulga��o
O apresentador Tadeu Schmidt, que comanda o “Big brother Brasil 23", no ar desde a �ltima segunda-feira (16/1), afirmou, em entrevista, que a abordagem de pautas identit�rias no reality show espelha o momento da sociedade. Segundo o jornalista, ainda n�o h� uma resolu��o sobre esses temas.
"Levamos essa quest�o com muita naturalidade, eu particularmente acho muito importante todas essas lutas das minorias, acho que estamos no meio de um processo em que a nossa sociedade est� evoluindo, sendo menos preconceituosa", diz.
Ainda n�o haveria uma resolu��o da sociedade sobre as lutas identit�rias. Na vis�o de Schmidt, � normal os participantes terem comportamentos t�o d�spares como os de Lumena e Fiuk, ambos do “BBB 21”.
"Vai ter uma pessoa que vai fazer de um jeito, outra vai fazer de outro jeito, � um processo natural, exageros podem acontecer para l� ou para c�, mas � tudo um processo que a gente n�o pode demonizar, � um processo que a sociedade est� passando, e o ‘BBB’ � um retrato disso."
Sobre pol�tica partid�ria, Schmidt ecoa um pensamento parecido ao de Boninho, o diretor do programa. De acordo com o apresentador, cada participante � livre para falar o que quiser, mas ele acredita que o ‘BBB’ n�o � o lugar ideal para expressar prefer�ncias eleitorais.
"O participante faz o que achar correto, mas as pessoas n�o est�o querendo assistir ao ‘BBB’ para ver algu�m fazendo pol�tica", afirmou.
"As pessoas j� me conheciam de 14 anos de 'Fant�stico', de 20 e tantos anos de futebol. O que muda agora � a quest�o da 'torcida de futebol'. Durante o 'BBB', a pessoa se identifica com um participante e, se ela acha que eu n�o conversei direito com esse participante, ela fica com raiva de mim. Se bem que eu estava acostumado com essa coisa de time de futebol, mas agora tem um peso bem maior"
Tadeu Schmidt, apresentador
Contato do p�blico
� o segundo ano de Schmidt � frente do programa. Ele substituiu Tiago Leifert que, por sua vez, substituiu Pedro Bial. Agora, ele conta, parece estar mais h�bil sobre o funcionamento da casa, mas sua vida mudou muito desde que trocou o “Fant�stico” pelo principal reality show da TV brasileira. N�o pelos gritos de "ai, Tadeeeeeu", dos participantes eliminados nas din�micas, mas pelo contato do p�blico.
"As pessoas j� me conheciam de 14 anos de ‘Fant�stico’, de 20 e tantos anos de futebol. O que muda agora � a quest�o da 'torcida de futebol'. Durante o ‘BBB’, a pessoa se identifica com um participante e, se ela acha que eu n�o conversei direito com esse participante, ela fica com raiva de mim. Se bem que eu estava acostumado com essa coisa de time de futebol, mas agora tem um peso bem maior."
No ano passado, mais de 152 milh�es de pessoas assistiram ao “BBB”. A final teve recorde de vota��es entre todos os anos - foram 751 milh�es de votos. Nas redes, 88% das conversas sobre entretenimento foram sobre “BBB”. A m�dia de audi�ncia ficou, por�m, menor do que nos dois anos anteriores, marcando 22 pontos. Para Schmidt, o sucesso do programa acaba influenciando outros produtos da Globo, nesse processo de mudan�a na forma de consumir televis�o.
"Acho que o ‘BBB’ � um grande caso de sucesso, p�blico, audi�ncia, tem repercuss�o na sociedade e um sucesso comercial, � um exemplo para as pessoas, ent�o, se os outros est�o se espelhando no ‘BBB’, eu acho �timo."
Ao longo do tempo, o p�blico mudou de percep��o sobre o programa. Nos dias atuais, a cr�tica ao reality �, com frequ�ncia, associada ao elitismo. Schmidt acredita que Pedro Bial, ficando � frente de 16 edi��es, contribuiu para a mudan�a no estatuto do reality show.
"Acho que o pr�prio Pedro foi respons�vel por isso, com a carreira brilhante que ele teve, com o respeito que ele traz, quando ele veio para o ‘BBB’, trouxe uma credibilidade muito grande. E, ao longo do tempo, o ‘BBB’ foi mostrando que n�o era aquilo que os preconceituosos imaginavam, ent�o isso foi desmontando os preconceitos."
Jogo imprevis�vel
Para que uma edi��o fique emocionante, ele conta que tudo depende dos fatores encontrados na hora do jogo. Segundo Schmidt, � imposs�vel prever o que vai acontecer dentro da casa.
"Tem uma coisa do aleat�rio, das coisas que v�o acontecer ali, � muito inesperado, � dif�cil prever o que vai acontecer no ‘BBB’."
Um dos fatores que desestabilizam os participantes � a arquitetura da casa. Neste ano, o tema da decora��o � viagem, e tralhas se acumulam por todos os c�modos - suvenires, globos terrestres, um mapa-m�ndi-. As paredes todas s�o pintadas com cores bem fortes, em ambientes sem luz natural ou passagem de ar.
Schmidt diz que n�o sabe como a decora��o de cada edi��o � decidida, que isso fica a cargo dos produtores do programa. "A gente est� fazendo show, ent�o tem que ser bonito para se ver e para se mostrar."
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