O governo do Rio de Janeiro decretou luto oficial de tr�s dias
O corpo da jornalista Gl�ria Maria, morta nesta quinta-feira (2), em decorr�ncia de um c�ncer, est� sendo velado no Cemit�rio da Penit�ncia, no Caju, na zona portu�ria do Rio.
O movimento de carros transportando amigos e parentes � constante no local. A seguran�a foi refor�ada com uma viatura da Pol�cia Militar. Al�m disso, seguran�as do pr�prio cemit�rio impedem a entrada de pessoas n�o autorizadas. O vel�rio � restrito a parente e amigos.
O governo do Rio de Janeiro, estado onde Gl�ria nasceu, decretou luto oficial pela morte da jornalista.
Vestidas de branco, Laura e Maria, as filhas da jornalista, estavam acompanhadas no vel�rio pelo padrinho, o jornalista Bruno Astuto. A atriz Marina Ruy Barbosa tamb�m est� no vel�rio, bem como a socialite Narcisa Tamborindeguy e Roberto Marinho Neto, herdeiro da Globo.
"Ela foi uma excelente rep�rter que deixa um grande legado para o Brasil. Foi uma grande profissional que abriu muitas portas. Vai deixar muita saudade. ", disse Carlos Henrique do Nascimento, 54, enquanto segurava um cartaz em homenagem a jornalista em frente ao cemit�rio.
Ao longo de mais de cinco d�cadas de carreira, Gl�ria se notabilizou por ter sido pioneira em diversos momentos. Foi a primeira rep�rter a aparecer ao vivo e a cores na TV brasileira, ainda na d�cada de 1970, e a primeira a participar de uma transmiss�o em HD, em 2007.
Foi ainda a primeira a usar a Lei Afonso Arinos, contra a discrimina��o racial. Ela precisou acionar a Justi�a porque foi barrada em um hotel por ser negra.
A luta contra o racismo se tornou parte de sua biografia. Rep�rter negra em uma �poca de pouca diversidade na televis�o, ela chegou a sofrer racismo at� do presidente da Rep�blica, quando o general Figueiredo disse que n�o queria perto dele a "neguinha da Globo."
Apesar de tudo isso, Gl�ria sempre se manteve firme em seu prop�sito de levar informa��o aos brasileiros. Ela � considerada uma das respons�veis por revolucionar o jornalismo ao se colocar como personagem de suas reportagens. Isso em um per�odo em que rep�rteres buscavam n�o se envolver com as hist�rias que contavam.
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