Primeiro longa-metragem do cineasta recebeu os pr�mios de melhor dire��o e melhor ator coadjuvante para Walmor Chagas, no Festival de Bras�lia
Morreu nesta ter�a-feira (14/2) o cineasta e professor Djalma Limongi Batista, autor dos filmes "Asa Branca: Um Sonho Brasileiro", premiado no Festival de Gramado de 1981, "Brasa Adormecida", de 1986, e "Bocage: O Triunfo do Amor", de 1998, sobre o c�lebre poeta portugu�s.
A morte foi confirmada por um amigo pr�ximo do cineasta, que estava em S�o Paulo.
Tamb�m dirigiu o document�rio de curta-metragem "Porta do C�u", de 1973, e o experimental "Hang-Five", de 1975. Em paralelo, trabalha como fot�grafo e colabora com o diretor teatral Flavio Imp�rio na cria��o dos cen�rios para pe�as.
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Seu primeiro longa-metragem � celebrado com os pr�mios de melhor dire��o e melhor ator coadjuvante para Walmor Chagas no Festival de Bras�lia, al�m da estatueta de melhor ator para Edson Celulari, que fazia seu primeiro papel no cinema, como um jogador de futebol que sai de um pequeno time paulista e vai at� a Copa do Mundo.
Depois de "Brasa Adormecida" e antes de "Bocage, o Triunfo do Amor", Djalma dirigiu ainda, em 1991, sua vers�o da pe�a "Cal�gula", do franc�s Albert Camus, no teatro.
Confira o trailer de "Brasa adormecida", um dos filmes do diretor:
Inspirado na vida e na poesia do poeta portugu�s Manuel Maria de Barbosa du Bocage, o �ltimo longa de Batista foi rodado no Cear�, Amazonas, Rio Grande do Norte, Paran�, Para�ba e Portugal.
Sobre "Bocage", escreveu o cr�tico Jos� Geraldo Couto: "As imagens, captadas em cinemascope em praias do Cear�, na Amaz�nia, no Igua�u e em aldeias portuguesas, s�o de uma exuber�ncia avassaladora, mas n�o se esgotam no pict�rico: integram-se organicamente ao movimento dram�tico do filme."
"A liberdade narrativa � total. Uma personagem sai de um pal�cio e v�-se diante de uma tapera de pau-a-pique. Os continentes, cen�rios e paisagens misturam-se acintosamente, sem que se perca o fio da narrativa: o invent�rio sexual e afetivo do poeta", diz Couto em texto publicado neste jornal. "Os excessos aleg�ricos do filme n�o comprometem sua opul�ncia visual e sonora. Obra de paix�o transbordante, "Bocage" n�o recua nem diante do kitsch nem do obsceno. Poesia visual n�o-pasteurizada, enfim."
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