Show em BH homenageia a banda U2, que acaba de lan�ar 'Songs of surrender'

Ausente h� quase 10 anos de Belo Horizonte, a banda U2 Cover Brasil retorna neste s�bado (18/3) � cidade, trazendo ao Minascentro o espet�culo “U2 audiovisual experience – In concert”, in�dito na capital. Por coincid�ncia, o show � realizado na mesma semana em que a banda irlandesa voltou aos holofotes, com o projeto “Songs of surrender” e a perspectiva de novo �lbum de in�ditas.

Integrando a programa��o do 2º Festival Nacional de Bares e de Rock, a performance vai contar com grande estrutura multim�dia. Al�m da banda cover executando m�sicas de todas as fases do U2, h� proje��es em tel�es gigantes de LED, participa��o de orquestra e de bailarina de dan�a do ventre, al�m de equipamentos de som e ilumina��o de �ltima gera��o.

Fabio Dragonne, fundador e vocalista do U2 Cover Brasil, destaca que os v�deos interativos – muitos deles usados nas turn�s do pr�prio grupo formado por Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. – n�o apenas acompanham as m�sicas, mas complementam a viv�ncia imersiva do p�blico.

“Tem gente que coloca somente gr�ficos em shows, mas o nosso espet�culo n�o. S�o v�deos em HD, interativos, que t�m comunica��o de sentido. N�o existe intervalo entre as m�sicas, porque as imagens preenchem essa lacuna”, diz, citando como exemplo o v�deo usado por Mike Pellington para o clipe de “One”. “Esse dos b�falos tem o significado de voc� seguir sua vida sozinho, mas interagindo com as pessoas”, aponta.

Dragonne destaca, tamb�m, o trecho do c�lebre discurso de Martin Luther King, conhecido pela frase “I have a dream”, projetado durante a execu��o de “Pride (In the name of love)”. O vocalista sublinha que s�o imagens selecionadas com o intuito de passar uma mensagem.

“Costumo dizer que � uma sinergia audiovisual com integra��es sensoriais de banda ao vivo, orquestra, constru��o c�nica e proje��es de alta qualidade”, ressalta.

 

 

Criado h� 25 anos, o U2 Cover Brasil fez cerca de 2 mil shows em 18 estados brasileiros, alcan�ando p�blico estimado em 3 milh�es de pessoas, informa Dragonne. O espet�culo que chega a Belo Horizonte estreou h� quatro anos com o prop�sito de ampliar esses n�meros.

“Ele foi concebido praticamente com a mesma estrutura que o p�blico vai conferir no Minascentro. A novidade � a orquestra, que a gente est� inserindo agora”, aponta. Fabio Dragonne chama a aten��o para o fato de a forma��o local agregar elementos  ao espet�culo.

 

“� a Orquestra Barros, da fam�lia Barros, muito atuante em Minas Gerais. Estou sentindo nos ensaios uma coisa muito bonita, muito emocionante, porque tem toda essa tecnologia, todo esse desenho grandioso que remete �s produ��es do U2, mas com a presen�a de uma orquestra familiar, local, que d� tempero muito especial � apresenta��o”, destaca.
 

O repert�rio de “U2 audiovisual experience – In concert” � composto por m�sicas de todas as fases da banda irlandesa. Trata-se de uma viagem no tempo, diz o vocalista, passando pelos sucessos  “With or without you”, “Beautiful day”, “One” e “Every breaking wave”, entre outras m�sicas.

“A gente conta uma hist�ria com os hits e tamb�m incluindo os lados B para os f�s mais aficionados”, pontua.

O vocalista diz que as letras do U2 trazem mensagens sintonizadas com seu modo pessoal de sentir e pensar. “Tenho forma��o mais crist�, espiritualista, e sempre me identifiquei com os ideais do grupo, com m�sicas que t�m um tom de positividade e falam de Deus, ainda que dentro de margem grande de possibilidades de interpreta��o. S�o tem�ticas que v�o ao encontro da minha filosofia de vida”, afirma.

Movido por essa identifica��o, o vocalista pensou em criar projeto que prestasse rever�ncia ao U2, seguindo � risca as propostas da banda. “Existe diferen�a entre tributo, algo que eu poderia fazer sozinho, e cover, que tem a ver com imita��o mesmo, onde � tudo muito estudado, luz, performance, gestual”, explica.

Dragonne considera que o esfor�o para ser o mais fiel poss�vel aos irlandeses tem garantido ao grupo ades�o cada vez maior dos f�s do U2 e a expans�o de seu raio de a��o. Todos os detalhes importam, explica. A come�ar pela semelhan�a f�sica dos integrantes do U2 Cover Brasil com os m�sicos da banda original.

“Comprei os �culos que Bono usa, da campanha Red, que ajuda pessoas com Aids na �frica. Tenho a mesma guitarra que Bono toca, verde, e a mesma roupa que ele usa, feita de couro sint�tico. Durante a passagem da turn� do U2 pelo Brasil, em 2011, ganhei da produ��o do show a r�plica de um pedestal de microfone feito especialmente para o Bono, que s� ele tem”, detalha.

A busca por tamanha semelhan�a d� trabalho. “A gente estuda, se encontra frequentemente para ver shows antigos e novos, inclusive com a equipe t�cnica, para mapear as marca��es de palco e a ilumina��o de cada m�sica. Ao longo da minha carreira, fiz prepara��o vocal voltada especificamente para interpretar U2”, finaliza Dragonne.

Bono Vox e companhia repassam a pr�pria trajet�ria � luz dos tempos atuais. A banda U2 acaba de dar a largada, nesta sexta-feira (17/3), no projeto “Songs of surrender”.

Trata-se de um compilado de 40 faixas do cat�logo do grupo, recriadas em tom intimista. A guitarra el�trica de The Edge – marca registrada do U2, assim como a voz de Bono – d� lugar a teclados, guitarra ac�stica e dulcimer, instrumento de cordas percutidas, de origem medieval.

 

De acordo com o site u2songs.com, as 40 m�sicas ser�o distribu�das em quatro �lbuns, tanto em vinil quanto em CD. Cada disco ter� identidade pr�pria, com cada “capa” apresentando um membro da banda.

Novas vers�es de “Beautiful day”, “Pride (In the name of love)”, “Sunday bloody sunday”, “Vertigo”, “Where the streets have no name” e “Two hearts beat as one” come�aram a ser elaboradas ap�s o t�rmino da turn� de 2019, quando o grupo passou por �sia, Austr�lia e Nova Zel�ndia. Elas foram conclu�das ao longo de 2020 e in�cio de 2021.

Em entrevista � ag�ncia de not�cias Associated Press, The Edge explicou que a motiva��o para “Songs of surrender” foi o desejo de moldar can��es compostas h� 40 anos ao que o U2 � hoje, com integrantes na faixa dos 61 e 62 anos.

No in�cio, as m�sicas eram compostas tendo em mente sobretudo a execu��o nos palcos, j� que o grupo irland�s tinha a necessidade de captar a aten��o das pessoas que assistiam ao show pela primeira vez.

“H� uma esp�cie de aspecto gladiat�rio para atua��es ao vivo quando se est� nessa situa��o. O material tem de ser bastante ousado e at� mesmo estridente, por vezes. Com essas recria��es, pensamos que seria divertido ver a intimidade como uma nova abordagem”, disse o guitarrista.

Foi ele, ali�s, quem conduziu, durante a pausa pand�mica, a maior parte do processo, inclusive cantando algumas m�sicas originalmente registradas na voz de Bono.

The Edge contou que, de in�cio, n�o havia propriamente o compromisso de apresentar aos f�s um novo projeto, e que ele foi tomando forma ao longo do processo.

“� medida que entramos numa rotina, come�amos realmente a apreciar o que estava sendo feito. Havia muita liberdade no processo, era alegre e divertido pegar essas can��es e pens�-las de uma outra forma.”

Com efeito, mesmo as letras chegaram a ser modificadas. Algumas mudan�as s�o sutis, mas not�veis: a substitui��o da frase “um homem tra�do por um beijo” por “um rapaz nunca ser� beijado” retira Jesus de “Pride (In the name of love)”.

 

H� a possibilidade de novo �lbum de in�ditas do U2, qui�� ainda este ano. The Edge disse que estava trabalhando em m�sicas novas, com “coisas fant�sticas em prepara��o, bem AC/DC”.

Em 2022, Bono revelou ao The New York Times Magazine que a banda trabalhava em novo �lbum “de guitarras barulhentas, intransigente e irracional”. No in�cio deste ano, a partir do an�ncio de “Songs of surrender”, no entanto, nada mais foi dito a respeito do registro de in�ditas.  (Com Associated Press)

U2 AUDIOVISUAL EXPERIENCE IN CONCERT

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