Livro de Rita Lee ser� adaptado para o cinema. Novo volume sai em no dia 22

Os dramas e as perip�cias da Rainha do Rock ser�o tema de um document�rio e um filme, inspirados nos relatos do livro "Rita Lee: uma autobiografia" (Editora Globo), lan�ado pela cantora e compositora em 2016. 

Idealizada por Patr�cia Andrade e Nelson Motta, a cinebiografia foi anunciada em 2018 e ser� produzida pela Bi�nica Filmes. Sem previs�o de lan�amento, as filmagens ainda n�o foram iniciadas e nem atores foram escalados.

Durante live no Instagram em 2020, Roberto de Carvalho, marido da cantora, compartilhou alguns detalhes das produ��es. De acordo com ele, o longa j� estava em fase de desenvolvimento, tendo o livro como fonte sobre as diferentes fases da trajet�ria de Rita, da inf�ncia at� os dias atuais. Isso exigir� mais de uma atriz para o papel.

“Quem vai fazer, eu n�o sei. A Mel Lisboa � uma forte candidata, sem d�vidas. Mas vai ter espa�o para v�rias Ritas. Crian�a, adulta”, afirmou Roberto.

Ele explicou que o filme ser� uma fic��o documental, ou seja, n�o abordar� os acontecimentos de forma estritamente cronol�gica, mas com liberdade para criar situa��es fict�cias.

A produtora planeja lan�ar primeiro o document�rio no cinema, j� que seu processo de elabora��o est� mais avan�ado do que o da cinebiografia. 

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Eterna

As produ��es da Bi�nica Filmes n�o s�o as primeiras a relatar a vida da cantora e compositora. Em 2007, foi lan�ado o document�rio “Rita Lee: Ovelha negra”. Com 100 minutos, traz relatos da pr�pria cantora, de Roberto de Carvalho e do amigo e compositor Tom Z�.

Dirigido por Roberto de Oliveira, o filme mostra Rita visitando sua antiga escola em S�o Paulo. A produ��o relembra os momentos iniciais da carreira dela, discute o Tropicalismo e sua participa��o nas bandas Os Mutantes e Tutti Frutti. O documet�rio est� disponivel na �ntegra no YouTube.

No teatro, Mel Lisboa fez o papel da cantora no musical “Rita Lee mora ao lado”. Isso ocorreu tamb�m no longa “Elis”, sobre a trajet�ria de Elis Regina.

Inicialmente, as duas n�o se davam, sobretudo por causa da m�sica baseada nas guitarras el�ticas que chamou a aten��o para Os Mutantes, proposta est�tica muito criticada por estrelas da MPB, como Elis.

Quando Rita, j� fora da banda, foi presa e acusada de usar drogas, Elis foi � delegacia, em S�o Paulo, deu uma bronca nos policiais e se solidarizou com a roqueira. Inclusive, exigiu que a alimentassem bem. 

Mel Lisboa, que havia manifestado interesse em interpretar Rita Lee novamente, homenageou a cantora e compositora em suas redes sociais. 

Dois livros de mem�rias

“Rita Lee: uma autobiografia”, foi lan�ado em 2016 e em quatro meses vendeu mais de 205 mil exemplares, tornando-se best-seller nacional.

“Achava que ningu�m ia ler esse livro”, comentou a autora em entrevista ao programa 'Conversa com Bial', em maio de 2017. “Comecei escrevendo como meu querido di�rio, e fui pegando gosto em lembrar das coisas gostosas. Exorcizei dramas, gargalhei das besteiras que fiz na vida e revivi tudo que lembrava. Foi bom”, relembrou Rita.

Com “honestidade brutal”, como afirmou Pedro Bial na conversa, o livro n�o poupou ningu�m, nem a pr�pria Rita, que, bem-humorada, disse que se "esculacha para chuchu” naquelas p�ginas. A obra fala de momentos divertidos e de dramas, como a viol�ncia sexual que a cantora sofreu aos 6 anos.

Guilherme Samora, bi�grafo e pesquisador da vida da cantora, afirmou: “Do primeiro disco voador ao �ltimo porre, Rita � consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, v�rias vezes temos a sensa��o de estar diante de uma bio n�o autorizada, tamanha a honestidade nas hist�rias.”

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Rita encerra desta forma suas mem�rias: “A sorte de ter sido eu, de ter sido quem eu sou, de estar onde estou, n�o � nada, se comparada ao meu maior 'Gol'. Sim, acho que fiz um monte de gente feliz.”

Em mar�o deste ano, ela anunciou o lan�amento de “Rita Lee: outra autobiografia". Programada para 22 de maio, a obra tem a capa pintada pela cantora, que escreve sobre sua luta contra o c�ncer de pulm�o.

* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria