Rita Lee

Rita Lee foi a maior estrela do rock brasileiro e nome que despontou durante o tropicalismo com a banda Os Mutantes, na d�cada de 1960

Marco Senche/Wikimedia Commons
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) decretou luto oficial de tr�s dias, em todo o pa�s, pela morte da cantora Rita Lee.

Ela morreu nessa segunda-feira (8/5) aos 75 anos em sua casa em S�o Paulo. Reclusa nos �ltimos anos, a cantora recebeu um diagn�stico de c�ncer de pulm�o em 2021. Ap�s tratamentos, em abril de 2022, a doen�a teria entrado em remiss�o.

 

Rita Lee foi a maior estrela do rock brasileiro e nome que despontou durante o tropicalismo com a banda Os Mutantes, na d�cada de 1960.

 

 

"Rita Lee Jones � um dos maiores e mais geniais nomes da m�sica brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o t�tulo de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajet�ria", disse Lula, nas redes sociais.

 

O presidente disse ainda que Rita ajudou a transformar a m�sica brasileira com sua criatividade e ousadia.

 

"N�o poupava nada nem ningu�m com o seu humor e eloqu�ncia. Enfrentou o machismo na vida e na m�sica e inspirou gera��es de mulheres no rock e na arte. Jamais ser� esquecida e deixa na m�sica e em livros seu legado para milh�es de f�s no mundo inteiro. Meu abra�o fraterno aos filhos Beto, Jo�o e Ant�nio, familiares e amigos. Rita, agora falta voc�", completou.

 

 

 

O decreto do luto ser� publicado nesta ter�a no Di�rio Oficial da Uni�o, em edi��o extra.

 

O vel�rio ser� aberto ao p�blico, no Planet�rio do parque Ibirapuera. A cerim�nia est� marcada para quarta-feira, dia 10, das 10h �s 17h, informou a fam�lia por meio de uma publica��o na p�gina da cantora no Instagram.

Rita Lee

 

Rita Lee j� escreveu sobre sua morte, bem ao seu estilo: "Quando morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas r�dios tocar�o minhas m�sicas sem cobrar jab�. F�s, esses sinceros, empunhar�o meus discos e entoar�o 'Ovelha Negra', as TVs j� devem ter na manga um resumo da minha trajet�ria. Nas redes virtuais, alguns dir�o: 'U�, pensei que a v�ia j� tivesse morrido, kkk'."

O trecho faz parte de sua autobiografia, na qual relata no mesmo tom, sempre direto e reto, tanto passagens divertidas, a exemplo das travessuras na inf�ncia e na adolesc�ncia, quanto tr�gicas, como o abuso de �lcool e drogas e o estupro que sofreu aos seis anos por um t�cnico que foi a sua casa consertar uma m�quina.

 

Sem autopiedade, ela se refere a si pr�pria com bom humor e sarcasmo, assim como aos outros -um forte tra�o da constru��o de sua imagem como a maior roqueira do Brasil.

 

A experi�ncia art�stica n�o come�ou muito bem. Quando Rita tinha entre seis e sete anos, a conceituada pianista Magdalena Tagliaferro lhe deu aulas de piano em troca de um tratamento que fez com seu pai, Charles, dentista de origem americana. Em uma audi��o, a menina ficou t�o nervosa que fez xixi no banquinho do piano. A professora a aconselhou a n�o seguir na m�sica porque ela tinha medo de palco.