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Cena do filme de Elza Cataldo, sobre a viol�ncia contra a mulher no Brasil Col�nia, que ser� tema de debate nesta quinta-feira

Persona Filmes/Divulga��o


Diante do tem�vel inquisidor, mulher denuncia, no final do s�culo 16, a viol�ncia do estupro, a primeira registrada no Brasil Col�nia. Na vida real � Luiza D'Almeida, na fic��o � a personagem Leonor, do filme “As �rf�s da rainha”, que a diretora Elza Cataldo construiu a partir de documentos dos “Livros de denuncia��o”.
 
Inspirado na tem�tica sens�vel � situa��o feminina, o movimento mineiro Quem Ama N�o Mata promove sess�o comentada do longa nesta quinta-feira (18/5), �s 18h, no Cine Una Belas Artes (Rua Gon�alves Dias, 1.581 – Lourdes). O tema da noite ser� as origens da viol�ncia contra as mulheres no Brasil.

Encontro feminista

A sess�o comentada vai reunir tr�s mulheres ligadas ao feminismo mineiro: a pr�pria Elza Cataldo, que contar� como foi o processo de pesquisa para realiza��o do filme; Isabel Ara�jo Rodrigues, advogada especialista em direito das mulheres e presidente da Comiss�o Especial de Enfrentamento � Viol�ncia Dom�stica e Familiar da OAB/MG, que vai discorrer sobre a lei que legitimava a exist�ncia de "As �rf�s da rainha" no s�culo 16; e Elizabeth Teixeira Fleury, soci�loga e pesquisadora da Fiocruz/MG, que vai falar sobre o recrudescimento da viol�ncia contra as mulheres no contexto mineiro.

O filme traz a hist�ria de tr�s jovens portuguesas enviadas pela corte ao Brasil, nos anos 1500, com o prop�sito de povoar a col�nia. As tr�s enfrentam priva��es, maus-tratos e persegui��o de inquisidores. Neste roteiro, o momento pouco conhecido da hist�ria do pa�s e a fic��o contempor�nea se cruzam.
 
Elza Cataldo baseou seu longa em pesquisa que durou 10 anos. Consultou cerca de 300 livros e documentos, foi a Portugal e � Espanha desenvolver o trabalho. Tudo isso est� presente em cada detalhe do filme: nos acurados figurinos da �poca renascentista (demonstrando as contradi��es de vestu�rios europeus em um lugarejo embarreado do interior da Bahia), na trilha sonora, no design das joias, nos poucos e austeros m�veis e nos utens�lios  dom�sticos trazidos de Portugal.