Kenneth Anger � um �cone do cinema de vanguarda
Reprodu��o
Kenneth Anger, �cone do cinema de vanguarda, faleceu aos 96 anos. A not�cia foi confirmada por Spencer Glesby, seu agente, � Associated Press na quarta-feira (24). Anger, que morreu de causas naturais em 11 de maio, em Yucca Valley, Calif�rnia, foi consagrado por desafiar tabus sexuais e religiosos em curta-metragens como 'Fireworks' (1947) e 'Scorpio Rising' (1963).
Al�m de sua carreira no cinema, Anger tamb�m � conhecido por escrever 'Hollywood Babylon', um livro que se transformou em um falso document�rio, revelando supostos esc�ndalos sexuais envolvendo celebridades como Marilyn Monroe, Judy Garland e Charlie Chaplin. A obra foi posteriormente desacreditada e proibida nos Estados Unidos pouco tempo depois de ser lan�ada.
A galeria de arte Spr�eth Magers, que representa Anger, tamb�m confirmou sua morte. Em comunicado, a galeria destacou o pioneirismo e a genialidade do cineasta: 'Seu g�nio cinematogr�fico e sua influ�ncia viver�o e continuar�o a transformar todos aqueles que encontrarem seus filmes, palavras e vis�o'.
Kenneth Anger teve grande impacto em figuras como Martin Scorsese, David Lynch e bandas como The Clash, Sex Pistols e Rolling Stones, gra�as �s suas t�cnicas inovadoras e ousadia art�stica. Nascido em Santa M�nica, Calif�rnia, em 1927, Anger produziu seu primeiro filme aos 10 anos e realizou mais de 30 curtas-metragens entre 1937 e 2013.
Conhecido por ser um dos primeiros cineastas abertamente gay, Anger ganhou destaque pela explora��o de temas er�ticos e a abordagem da homossexualidade. Chegou a ser levado a julgamento por obscenidade devido ao filme homoer�tico 'Fireworks'. A obra, considerada o primeiro filme narrativo gay produzido nos Estados Unidos, foi filmada na casa onde Anger cresceu em Beverly Hills, durante um fim de semana em que seus pais estavam ausentes.
No comunicado sobre o falecimento de Anger, a galeria Spr�eth Magers acrescentou: 'Anger considerava a proje��o cinematogr�fica um ritual psicossocial capaz de liberar energias f�sicas e emocionais. O artista via o cinema como nada menos que um meio espiritual, um transmissor de uma alquimia espetacular que transforma o espectador.'
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