'A roleta da morte', filme de Manolo Cardona, � adrenalina do come�o ao fim

Mais do que um ator vers�til, Manolo Cardona quer se provar como um diretor competente. Conhecido no Brasil por atuar nas s�ries “Quem matou Sara?” e “Narcos” (ambas da Netflix), o colombiano faz sua estreia na dire��o em  “A roleta da morte”, longa-metragem dispon�vel no servi�o de streaming Paramount+.

Como indica o nome, o espectador n�o encontrar� paz e tranquilidade ao longo do filme. Logo no in�cio, sete pessoas aleat�rias acordam com os bra�os e pernas amarrados em uma mans�o totalmente trancada, diante do oceano.

Sem entenderem o porqu� de estarem ali, eles s�o surpreendidos por um sistema de voz indicando as regras que devem seguir se quiserem sair dali vivos.

“A primeira � que voc�s ter�o de escolher um entre voc�s para morrer. A regra n�mero dois: o escolhido deve estar de acordo com a pr�pria morte. A terceira: ningu�m pode oferecer a si mesmo”, informa a narra��o enigm�tica, indicando ainda que os pobres ref�ns t�m apenas uma hora para chegar a uma decis�o.

 

 

A partir desse momento, o espectador se v� espelhado na claustrofobia que os personagens parecem viver, em meio a negocia��es e ao desenvolvimento das hist�rias de vida de cada um dos ref�ns. O diretor Manolo Cardona refor�a que essa sensa��o de encerramento foi proposital.

“Quer�amos que as pessoas dali nos levassem aos extremos, tanto para o bem como para o mal”, afirma. “Como precisava chegar a essa condi��o humana de necessidade m�xima de sobreviv�ncia, os personagens vivem essa paranoia que foi necess�ria para segurar todo o filme. O roteiro original (baseado em uma ideia de Frank Ariza) ajudou muito nisso.”

Al�m de dirigir “A roleta da morte”, Cardona atua como Pablo Vega, um dos enclausurados pelo vil�o da trama. Assim como Alex (seu personagem em “Quem matou Sara?”), ele parece ter o controle da situa��o e at� bebe o copo d'�gua dispon�vel no ambiente. 

“Voc� tem certeza de que beber� isso?”, questiona a ref�m. “Se quisessem nos matar, j� teriam feito isso”, rebate Pablo.

O colombiano experimenta �ngulos e mudan�as dr�sticas de c�mera, que casam bem com a intensidade da trama. “A vontade de dirigir estava comigo fazia tempo, dirigi um curta com meu irm�o e amei. Estava apenas em busca de uma hist�ria que eu queria contar, e agora deu certo”, comemora Manolo.

 

 

'A vontade de dirigir estava comigo fazia tempo, dirigi um curta com meu irm�o e amei. Estava apenas em busca de uma hist�ria que eu queria contar, e agora deu certo'

Manolo Cardona, ator e cineasta

Apesar de se mostrar um diretor habilidoso, ele n�o escapa de tamb�m ser notado como gal� em cena. Considerado “sex symbol latino”, t�tulo que ganhou do jornal colombiano El Mundo, Cardona trata os elogios a sua beleza com carinho, mas diz que n�o se importa muito com eles.

“Tive muitas influ�ncias em minha carreira como ator, e como as pessoas me catalogam, tanto faz. Respeito muito o que dizem por a�. S� quero seguir o caminho de quem me inspira criatividade”, garante ele, citando Daniel Day-Lewis e Klaus Kinski como refer�ncias.

• M�xico, 2023. Dire��o de Manolo Cardona. Com Manolo Cardona, Maribel Verd�, Adriana Paz, Tiago Correa e Carla Adell
• Filme dispon�vel na plataforma Paramount

 

 

Manolo Cardona j� fez novela e filme no Brasil. O gal� viveu Juan, o noivo colombiano de Lucena, personagem de Grazi Massafera na novela “Aquele beijo”, exibida em 2011 pela TV Globo. Ele tamb�m trabalhou no longa “Love Film Festival” ao lado de Leandra Leal, Nanda Costa e Du Moscovis. Dirigida por Manuela Dias, Juancho Cardona, Bruno Safadi e Vin�cius Coimbra, a trama conta a hist�ria de amor entre um ator colombiano, vivido por Cardona, e uma roteirista brasileira, papel de Leandra Leal.