Taylor Swift chega em novembro, mas a 'confus�o tour' j� estreou no Brasil

A chegada ao Brasil da “The eras tour”, sexta turn� da americana Taylor Swift, tem movimentado a internet nos �ltimos dias. Em um passeio por todas as fases de sua carreira, a cantora e compositora, de 33 anos, re�ne m�sicas que fizeram dela uma das estrelas do pop no s�culo 21.

Em 2020, a COVID-19 impediu Taylor de trazer pela primeira vez sua turn� mundial ao pa�s. Houve muita expectativa sobre a “estreia”, pois a cantora s� havia se apresentado por aqui em show fechado no Rio de Janeiro, em 2012. Finalmente, Swift desembarca em 18 e 19 de novembro, na capital fluminense, e nos dias 24, 25 e 26 do mesmo m�s, em S�o Paulo.

Ingressos para os tr�s shows inicialmente programados acabaram em 20 minutos. Com mais de 3 milh�es de acessos totalizados no site oficial de vendas, a cantora anunciou duas datas extras, em 19 e 24 de novembro, no Rio e em S�o Paulo. A pr�-venda, via cart�o C6 Bank Mastercard, come�a na segunda-feira (19/6), e a venda geral na pr�xima quinta-feira (22/6).

As vendas para os dias 18, 25 e 26, os tr�s shows inicialmente previstos, vieram acompanhadas de muita pol�mica envolvendo cambistas, mais de 500 pessoas acampadas em S�o Paulo em busca de ingressos e pedido de investiga��o do Minist�rio P�blico.

Houve confronto de cambistas e f�s para o acesso �s bilheterias. Atravessadores negociam, na internet, entradas por 10 vezes mais que o pre�o original, o que � proibido. A imprensa denuncia que plataformas chegam a oferecer um bilhete por R$ 12 mil – o pre�o oficial de entradas para shows extras vai de R$ 190 a R$ 1.050.

Pior: na internet, ingressos para espet�culos extras s�o oferecidos a pre�os exorbitantes, antes mesmo do in�cio da pr�-venda de bilhetes para esses shows.

 

Haja expectativa! Taylor Swift chegou a anunciar duas datas no Brasil em 2020. Com a “Lover fest”, turn� do �lbum de est�dio “Lover” (2019), ela iniciaria sua sexta temporada internacional e planejava se apresentar de abril a agosto daquele ano. Com ingressos quase esgotados, foi obrigada a cancelar todas as datas por causa da pandemia.

Tr�s anos depois, a diva pop iniciou a “The eras tour” em 17 de mar�o, no estado americano do Arizona. At� agora, ser�o 52 apresenta��es nos Estados Unidos e 12 na Am�rica Latina. Antes do Brasil, ela vai cantar de 9 a 11 de novembro, em Buenos Aires, na Argentina.

O repert�rio traz can��es dos �lbuns “Taylor Swift” (2006), “Fearless” (2008), “Speak now” (2010), “Red” (2012), “Reputation” (2017), “Lover” (2019), “1989” (2019), “Evermore” (2020), “Folklore” (2020) e “Midnights” (2022). Eles batizam os 10 atos em que o concerto � dividido.

No Brasil, a norte-americana Sabrina Carpenter vai para abrir os shows de Taylor. A cantora visitou o pa�s recentemente com a turn� de seu �ltimo �lbum, “emails i can’t send”, lan�ado em 2022. Foi atra��o do festival Mita em 28 de maio, no Rio de Janeiro, e em 4 de junho, em S�o Paulo.

A nova turn� de Taylor Swift tem mais de tr�s horas de show e 44 m�sicas – entre elas os hits “Blank space”, “I knew you were trouble”, “Shake it off”, “Cruel summer” e “cardigan”, al�m de surpresas a cada apresenta��o.

A estrela americana, que acumula 90 milh�es de ouvintes mensais no Spotify (ocupa o segundo lugar no ranking dos artistas mais ouvidos no mundo; o primeiro � The Weeknd, com 107 milh�es) pode transformar sua “The eras” na turn� mais lucrativa da hist�ria, com faturamento de mais de US$ 1 bilh�o.

 

 

Taylo n�o � fen�meno apenas da m�sica pop. A americana est� entre os artistas mais lucrativos do mundo: o grupo Universal Music obteve 3% de suas receitas apenas com as can��es dela. Em 2022, a cantora vendeu US$ 50 milh�es s� em discos f�sicos. Em 2019, ela ocupou o primeiro lugar na lista dos artistas mais bem pagos do mundo.

Em 2022, ela foi a �nica mulher no ranking dos mais ricos, liderado pelo grupo Genesis e Sting. Ficou em nono lugar, com faturamento de US$ 92 milh�es naquele ano, segundo a revista Forbes.

 

Tamb�m est� em segundo lugar na lista das artistas mulheres mais ricas do planeta, com US$ 740 milh�es, superada apenas por Rihanna, com US$ 1,4 bilh�o. As duas “bateram” Madonna, Beyonc� e C�line Dion. Taylor venceu 12 vezes o Pr�mio Grammy.

 

No �ltimo dia de junho, foi iniciada a pr�-venda de entradas exclusivamente para f�s que assistiriam � turn� “Lover” no Brasil, em outubro de 2020. Em 9 de junho, clientes do C6 Bank Mastercard puderam adquirir ingressos em outra pr�-venda exclusiva. Eles se esgotaram em 37 minutos, somando 1 milh�o de acessos simult�neos no site da Tickets for Fun, produtora do evento.

Laura Dolabella, de 20 anos, penou antes de conseguir adquirir seu ingresso. “Sou muito f� desde pequena, escuto Taylor todos os dias. Sempre admirei a maneira como ela passou por cima de todos os problemas durante a carreira, isso fica claro nas m�sicas”, comenta a estudante.

“A primeira pr�-venda era exclusiva para quem comprou a ‘Lover’ em 2020. N�o consegui comprar na �poca, mas um amigo da minha m�e conseguiu e tentou comprar o ingresso agora para mim. N�o deu e fiquei bem triste”, revela.

Com muita f� e, claro, v�rios aparelhos conectados no site de ingressos, a mineira, que fez anivers�rio no dia anterior � venda, foi presenteada com a realiza��o de seu sonho de inf�ncia. “Pela C6 Bank, fiquei rezando o dia todo, tentei demais, abri 25 aparelhos, mas s� o da minha m�e deu certo. Ela conseguiu pegar o 2.779º lugar na fila, tinha mais de 1 milh�o de pessoas na espera, foi quase milagre. A� sim, chorei muito. � um sonho”, diz Laura.

No �ltimo dia 12, foi aberta a venda geral para os tr�s shows inicialmente programados. Nos primeiros minutos ap�s as 10h, quando os bilhetes ficaram dispon�veis, o site emitiu comunicado dizendo que “todos os ingressos se encontram em processo de compra”. Logo depois, f�s que estavam adiantados na fila anunciaram, via redes sociais, que todos os setores estavam indispon�veis.

Maria Eduarda Alexandre, de 19 anos, n�o teve a mesma sorte de Laura. “Tentei comprar com minha amiga, nos juntamos e acessamos o site em 10 telas diferentes. A melhor coloca��o dela na fila foi em torno de 96.000º, j� a minha era 165.000º. Foi muito estranho, participei de outras compras e nunca esgotou t�o r�pido assim. A abertura foi �s 10h e �s 10h11 j� tinha informa��o no site de que todos os ingressos estavam em processo de compra e s� os pacotes VIP ficaram dispon�veis”, relembra.

Na fila at� o meio-dia, ela tentou de tudo. “At� esse hor�rio, 'andaram' 4 mil n�meros, o que � esquisito, considerando a quantidade de pessoas que estavam l�. Minha senha s� entrou no site �s 14h, foi quando consegui abrir a aba de ingressos. S� tinha um tipo dispon�vel, para apenas uma data, todos os outros esgotados. Desconfio que tem algo a ver com os cambistas. Vou tentar de novo quando abrirem as vendas da data extra em S�o Paulo”, informa.

 

Toda essa agita��o come�ou em 31 de maio, quando o jornalista Jos� Norberto Flesch, conhecido por anunciar em primeira m�o datas brasileiras de astros internacionais, informou que shows de Taylor Swift estavam prestes a ser confirmados no pa�s.

F�s logo prepararam as barracas em busca dos ingressos f�sicos da “The eras tour”, acampando em frente ao Allianz Parque, est�dio de futebol paulistano conhecido por receber atra��es internacionais.

Perto da abertura das vendas, j� havia por l� cerca de 500 barracas. Os acampados faziam rod�zio para n�o perder o lugar, alimentavam-se de pequenos lanches e utilizavam banheiros no com�rcio local.

Em 12 de junho, quando a venda geral foi aberta, houve brigas, gritos e furto de celulares. Espalhados entre os f�s, cambistas furavam filas, pulavam por baixo das estruturas de metal que organizavam os compradores e empurravam quem estava � frente. A pol�cia foi chamada.

O mesmo ocorreu no Rio de Janeiro. Os swifties, como s�o apelidados os f�s da cantora, desconfiam que cambistas tenham usado rob�s para conseguir os melhores lugares na fila. Nas redes sociais, muitos acusaram o site Tickets for Fun de antecipar vendas para pessoas “influentes”.

F�s relataram que pessoas no in�cio da fila, antes da 10.000ª coloca��o, foram surpreendidas com mensagens de que ingressos j� haviam acabado. “Minha senha � 2.241, eu t� em 1.523. Como � poss�vel que todos os ingressos estejam em processo de compra?”, relatou um internauta no Twitter.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) formalizou pedido de investiga��o ao Minist�rio P�blico. Na segunda-feira passada, o Procon-SP emitiu notifica��es judiciais para que a Ticket for Fun, respons�vel pela turn� no pa�s, explique o que ocorreu.

Segundo an�lise preliminar do �rg�o, as entradas se esgotaram rapidamente nos canais oficiais on-line e v�m sendo anunciadas e vendidas a pre�os muito maiores em sites paralelos, pr�tica que � ilegal e indica cambismo digital.

A Promotoria do Consumidor encaminhou ontem den�ncia sobre a atua��o dos cambistas para a �rea criminal do Minist�rio P�blico.

No Rio de Janeiro, o Procon-RJ notificou a plataforma que vende ingressos para o show a se explicar diante das den�ncias de irregularidades na comercializa��o dos bilhetes. O Procon quer saber sobre a organiza��o da fila virtual, se h� limites de n�mero de ingressos por comprador e as medidas adotadas para impedir a a��o de cambistas.

Enquanto isso, os swifties aguardam ansiosamente a abertura das bilheterias – virtuais e f�sicas – na pr�xima semana.

 

 

>> Cadeira superior leste e oeste: R$ 240 (meia-entrada) e R$ 480 (inteira)

>> Pista: R$ 325 (meia-entrada) e R$ 650 (inteira)

>> Cadeira inferior leste e oeste: R$ 375 (meia-entrada) e R$ 750 (inteira)

>> Pista premium: R$ 475 (meia-entrada) e R$ 950 (inteira)

>> Cadeira superior norte A e B: R$ 190 (meia-entrada) e R$ 380 (inteira)

>> Cadeira superior: R$ 250 (meia-entrada) e R$ 500 (inteira)

>> Cadeira inferior: R$ 375 (meia-entrada) e R$ 750 (inteira)

>> Pista premium: R$ 525 (meia-entrada) e R$ 1.050 (inteira)

• A pr�-venda via cart�o 6K Bank Mastercard come�a na segunda-feira (19/6), �s 10h

• A venda geral come�a na quinta-feira (22/6), �s 10h

• Informa��es: https://www.taylorswifttheerastour.com.br/