Jacyntho Lins, presidente da AML

"Decidimos lan�ar o Pr�mio AML para aumentar as rela��es com quem � externo � Academia", afirma Jacyntho Lins Brand�o, presidente da AML

Leandro Couri/EM/D.A.Press


A Academia Mineira de Letras (AML) recebe at� a pr�xima sexta-feira (30/6), de acad�micos da institui��o, indica��es de obras publicadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022 para concorrerem � primeira edi��o do Pr�mio AML.

A comiss�o julgadora do Pr�mio AML � presidida pelo secret�rio-geral da Academia, J.D.Vital, e composta por outros seis acad�micos da institui��o –  Angelo Oswaldo de Ara�jo Santos, Humberto Werneck, Maria Antonieta Antunes Cunha, Maria Esther Maciel, Olavo Romano, Wander Melo Miranda.

As publica��es escolhidas devem ser escritas por autores mineiros ou residentes h� pelo menos cinco anos no estado e devem ter sido publicadas, em primeira edi��o, no ano passado. As indica��es ser�o feitas exclusivamente pelos membros da AML que n�o fazem parte da comiss�o julgadora.

AGREGADOR

Segundo Jacyntho Lins Brand�o, presidente da AML, o pr�mio ser� importante agregador entre a sociedade e a institui��o. “Decidimos lan��-lo para aumentar as rela��es com quem � externo � Academia, com o mundo em que estamos inseridos. Essa tamb�m � a ideia da agenda de confer�ncias e cursos que n�s matemos”, diz.

Ainda de acordo com Lins Brand�o e especialista em letras cl�ssicas, outro ponto positivo � a visibilidade que pequenos autores podem ganhar. “O pr�mio � muito importante porque serve como ferramenta para firmar certos autores. � o caso do Lu�s Giffoni, que hoje � membro da Academia e no in�cio da carreira, nos anos 1990, ganhou o Pr�mio Belo Horizonte com ‘A �rvore dos ossos’”.

Com premia��o no valor de R$ 100 mil para o vencedor – R$ 60 mil destinados ao autor e R$ 40 mil � editora –, o Pr�mio AML foi criado com o objetivo de valorizar a diversidade da produ��o liter�ria e ensa�stica mineira.

N�o h� exig�ncia de que a editora seja mineira, dessa forma o livro pode ter sido publicado por editora de qualquer lugar. No caso de coautoria ou coedi��o, a quantia deve ser dividida entre os envolvidos, cabendo o mesmo montante a cada um deles.

EDITORAS 

Jacyntho Lins Brand�o afirma que a escolha de dividir a premia��o entre autor e editora foi pensada para reconhecer a import�ncia do trabalho de publica��o. “Existem muitas editoras novas no mercado, principalmente aqui em Minas Gerais. Inclusive, algumas que ganharam reconhecimento nacional, como � o caso da Quixote+Do, com o lan�amento de “Tudo � rio” (Carla Madeira). Foi um acontecimento para uma editora independente de Belo Horizonte.”

O presidente da AML reconhece que, atualmente,  existe um movimento editorial importante no pa�s. “H� cerca de 15 anos, a gente havia se reduzido a praticamente meia d�zia de editoras, j� que as grandes foram comprando as pequenas. Agora, n�s observamos um movimento de revers�o com o aparecimento de muitas outras editoras novas”, detalha.

G�NEROS LITER�RIOS 

Sem divis�o de categorias, o pr�mio abrange qualquer tipo de obra publicada, contemplando escritores de diferentes g�neros liter�rios, sem restri��o tem�tica. Podem participar publica��es de poesia, ensaio, cr�nica, conto e romance, entre outros. Entre as ressalvas, o pr�mio n�o pode ser cedido a nenhum membro da AML ou a algum de seus parentes at� o terceiro grau.

Lins Brand�o diz que a AML n�o descarta a possibilidade de eventualmente selecionar temas para as futuras edi��es. “N�s temos v�rias possibilidades que ser�o posteriormente aprofundadas a partir dessa nossa primeira experi�ncia, que est� sendo t�o ampla intencionalmente. N�o sei se temos f�lego para criar outros pr�mios, mas, eventualmente, em vers�es futuras, podemos estabelecer temas para cada uma das edi��es.”

VENCEDOR 

Ap�s a etapa de sugest�o das obras, que se encerra na pr�xima sexta, a comiss�o julgadora, posteriormente,  anunciar� os finalistas. O vencedor ser� revelado em solenidade aberta ao p�blico em 31 de agosto.

* Estagi�ria sob a supervis�o da subeditora Tet� Monteiro